A 2ª Guerra Mundial mais uma vez em foco.
Da década de 50 para cá, diversos títulos foram produzidos, dentro e fora de Hollywood, tendo como base histórica a 2ª Guerra Mundial. Seus acontecimentos foram dissertados das mais diversas formas e mais uma vez sua execução é presenciada e questionada com o longa “O Filho de Saul (Saul Fia)”.
A trama se passa em 1944, no campo de concentração de Auschwitz, durante a Segunda Guerra Mundial. Saul, interpretado pelo ator Géza Röhrig, é um judeu obrigado a trabalhar para os nazistas, sendo um dos responsáveis em limpar as câmaras de gás após dezenas de outros judeus serem mortos. Em meio às tensões da tarefa atribuída e às dificuldades inerentes à ela, em um determinado dia um garoto sobrevive, mas é morto por um oficial. Então Saul o “reconhece” como seu próprio filho e começa uma jornada para dar-lhe um sepultamento digno.
O longa, dirigido pelo estreante László Nemes e escrito por Clara Royer, estreou mundialmente no Festival de Cannes, no ano passado, levando o Grande Premio do Júri, venceu o Premio de Melhor Filme Estrangeiro no Globo de Ouro e é o grande favorito ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
Além do tema, outros fatores que levam “Saul Fia” a ser o grande favorito ao Oscar é a capacidade de colocar o publico além de mero espectador, transformando-os, em diversos momentos o próprio Saul; a limitação do enquadramento, com a câmera sempre na mão, causa um clima levemente claustrofóbico para a abordagem daquela realidade e a Hungria não ganha o premio desde 1982, onde faturou sua única estatueta com o filme “Mephisto”, dirigido por István Szabó.
Seu lançamento nacional aconteceu no dia 04 de fevereiro e em sua primeira semana foram vendidos 19.522 ingressos pelo Brasil. Confira o trailer abaixo que vá ao cinema mais próximo para assisti-lo.
Paulo Olivera é mineiro, Gypsy Lifestyle e nômade intelectual. Apaixonado pelas artes, Bombril na vida profissional e viciado em prazeres carnais e intelectuais inadequados para menores e/ou sem ensino médio completo.
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