Jack Quaid sofre por amor em, mas sem dor nessa comédia inusitada, “Novocaine”
Imagina ter um filme em que se sabe pelos trailers, sinopses e comentários que o protagonista não sente e dor e os créditos começam com a música “Everybody Hurts” da banda américa REM…
Pois é, lendo a tradução da canção e nesse clima hilário é que começa “Novocaine: À Prova de Dor”, mais um filme estrelado por Jack Quaid (“Acompanhante Perfeita” e da série de sucesso “The Boys”), o típico carinha americano, boa praça, com emprego estável, jogador de vídeo game, sem traquejo social, nem conversa ou aparência que se destaque a não ser pela sua condição de saúde, que o impede de sentir dor.
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O roteiro tem o cuidado e a sacada de colocá-lo como um homem cheio de cuidados com sua condição, a ponto de cronometrar as funções mais básicas de uma pessoa normal, sob pena de sofrer danos internos que podem comprometer sua saúde e funções básicas.

É a senha para um gênero de filme que apreciadores de tosqueiras curtem como qualquer cinessérie de splatter, como por exemplo “Evil Dead”, cenas de violência com um certo sadismo e aquela aflição de como os personagens aguentam tanto sofrimento.
Não que o filme dirigido por dirigido por Dan Berk e Robert Olsen, escrito por Lars Jacobson seja tão explícito, mas são divertidas as cenas de contusões que o atrapalhado e bem intencionado protagonista se submete ao tentar salvar seu objeto de paixão, que é sequestrada por assaltantes do banco onde ele é sub-gerente e fazem com que aquele pacato cidadão se torne uma força imparável da natureza.
Dentro da proposta, que lembra literalmente um vídeo game com Nathan Caine, o personagem principal, passando de lutas e situações malucas de uma para outra até chegar no estágio final, pode ressoar de forma mais palatável à audiência que, pela quantidade de pessoas que jogam algo mesmo que no celular, conseguem reconhecer a estrutura e se adaptar mesmo que por osmose à proposta do filme que é clara desde o início.
Claro que ter um ator relacionável, competente e carismático como Jack Quaid ajuda, tanto quanto sua paixão do trabalho a enigmática Amber Midthunder (de “Predador, A Caçada”), mas dos coadjuvantes só Betty Gabriel como uma investigadora mantém uma certa dignidade, o restante como o insuportável e repetente Jacob Batalon, que faz sempre o mesmo papel independente da obra em que atue, e o vilão final muito exagerado em suas caras e bocas, destoam entre os atores.
O que sobra são mesmo a diversão de cenas de ação e violência que trazem comicidade, um certo sadismo aflitivo e uma reviravolta que faz todo sentido na trama, tirando-a um pouco, mas só um pouco do lugar comum e chacoalha um protagonista que, embora seja imune a dor, pode sofrer por amor.
Uma proposta que inverte de forma divertida o gênero de pessoas com condições especiais com picos de ansiedade que, aos invés de permanecerem vítimas, partem para a luta que, mesmo em sua proposta contida, é um pequeno sopro de criatividade em filmes pop que tanto ansiamos nas telas do cinema.
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O filme se contenta em criar momentos de violência gráficas e momentos engraçadinhos e, olha, às vezes é o bastante.
Imagem Destacada: Divulgação/Paramount

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