Na última semana, “O Rei Leão” se tornou a sétima maior bilheteria da história do cinema
Contemplem a savana africana. Vossa majestade, Mufasa, continua imponente, e do alto da pedra do reino continua incontestável. O jovem príncipe, Simba, nasce com a missão de cumprir seu papel no grande ciclo de vida. Como é bela a história que encantou toda uma geração de crianças e continua até hoje encantando e fazendo novos fãs.
Quando a Walt Disney Studios começou a recriar seus principais clássicos de animação em versões live-action, o sucesso comercial e a qualidade surpreenderam. Contudo, o bom “Mogli: O Livro da Selva“, a interessante releitura da história da bela adormecida sob a perspectiva da vilã, em “Malévola“, sem contar no clássico refeito sob a ótica de Tim Burton, “Alice no País das Maravilhas”, em uma época que o cinema carece de novidade trouxeram ótimas produções que, no entanto, são mais do mesmo. E, nesses casos, isso se mostrou rentável – seja pelo apego do público a nostalgia ou por serem produções do maior estúdio cinematográfico no momento e que tem cacife, para fazer de suas produções populares.
A versão original de “O Rei Leão”, mais que um filme, se tornou um marco das animações da Disney, o longa original encantou criança de gerações, assim como seus pais e até hoje continuava a encantar um grande público. Isso, por si só, já garantiu o sucesso de bilheteria do live-action, mas não conseguiu esconder de olhos atentos como uma readaptação com foco em lucrar, pode ser ruim para o cinema.
O longa se mostra sem alma, não consegue impactar, tão pouco emocionar – a falta de expressividade é gritante- não chega perto da energia que o original transmitiu. O único ponto destoante positivamente é o realismo gráfico, contudo não é apenas disso que se vive uma obra cinematográfica.
Agora, se tornando a sétima maior bilheteria da história, fazendo de 2019 um ano espetacular para a Walt Disney Studios, “O Rei Leão” também explicita a falta de criatividade atual ou o medo dos estúdios (principalmente os gigantes) em apostar no novo, em obras originais. Enquanto a arte não vista perde espaço para o lucro, a experiência do público é resumida em estatísticas de bilheterias. Mas, o que fazer se todos consumimos satisfeitos e lotamos salas de cinema para ver e rever o mais do mesmo?
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