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Espetáculos

Por dentro do gênero stand-up comedy

Stand-up comedy

Muitas pessoas confundem comédia de gênero Stand-up Comedy com Improviso.

Comédia stand-up (do inglês stand-up comedy) é um termo que designa um espetáculo de humor executado por apenas um comediante, que se apresenta geralmente em pé (daí o termo ¨stand-up¨), sem acessórios, cenários, caracterização, personagem ou o recurso teatral da quarta parede, diferenciando o stand up de um monólogo tradicional.

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O próprio material tem uma metodologia própria de organização, em tópicos, não obstante sendo bastante factual. O estilo é também chamado de humor de cara limpa, termo usado por alguns comediantes.

Ainda há confusão na diferenciação do humorista stand up e de outros estilos, como o contador de piadas, o monólogo de humor, o “one man show”, gênero semelhante, mas que permite outras abordagens (interpretação de personagens, músicas, cenas). O humorista stand up não conta piadas conhecidas do público (anedotas). O texto é sempre original, normalmente construído a partir de observações do dia a dia e do cotidiano. Ainda, as habilidades necessárias para ser um stand-up comedian são diversas.

O stand-up tem suas raízes em variadas tradições do entretenimento popular americano do final do século XIX, incluindo o vaudeville, (teatro de revista) e monólogos humorísticos. A maioria dos comediantes era meramente vista como contadores de piadas que esquentavam a plateia com um número de abertura, ou mantinham o público entretido durante os intervalos. Os pais da comédia stand-up eram os mestres de cerimônia, como eram chamados na época de ouro do rádio, Jack Benny, Fred Allen e Bob Hope, que vieram do vaudeville e geralmente abriam seus programas com monólogos ou números cômicos. Ser um comediante era considerado um degrau para uma carreira verdadeira no show business.

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Os “mestres de cerimônia” começaram a aparecer em clubes noturnos apresentando grandes bandas e abrindo shows de outros artistas. Os tópicos se caracterizavam por improvisações e discussões sobre qualquer coisa, desde os últimos filmes até um aniversário esquecido. Era comum que os programas de televisão de variedades se dividissem entre esses monólogos de abertura, números musicais seguido de quadros e esquetes. Os convidados eram variados e incluíam outros comediantes do rádio da época, como George Burns e Grace Allen. Com a fama e o sucesso desses humoristas, o público começa a frequentar os clubes apenas pelas aberturas cômicas e logo os apresentadores se tornam o próprio show.

Projeção na TV e no cinema

Programas como Saturday Night Live e The Tonight Show lançaram carreiras de outras tantas estrelas de stand-up. Richard Pryor, George Carlin e Lenny Bruce se transformaram em ícones da contracultura. Steve Martin e Bill Cosby tiveram nível similar de sucessos com números mais suaves. Muitas estrelas do stand-up obtiveram grandes contratos com a televisão e também com estúdios de cinema, como Chris Rock, Robin Williams, Eddie Murphy e Billy Crystal. Há uma nova explosão de locais para comédia, espaços para artistas locais e até para comediantes em turnê por várias cidades.

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Nos anos 80 com o advento da HBO (que pode apresentar os comediantes sem censura) e outros canais a cabo como o Comedy Central contribuíram para o boom do stand-up comedy.

Ressurgimento

Por volta de 1990 a comédia stand-up parece entrar em declínio. O mercado é inundado por comediantes considerados medíocres, muitos trabalhando em função do conceito de que o sucesso no stand-up pode abrir as portas para outras áreas como música, atuação em tv e filmes de cinema. Mas alguns humoristas conseguem reerguer o gênero, trazendo seus temas particulares para programas de TV de incrível sucesso popular e reconhecimento normalmente inacessível em circuitos de clubes de comédia. Exemplos disto incluem Jerry Seinfeld, Ellen DeGeneres, Roseanne, Tim Allen, Chris Rock e Ray Romano.

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Com o novo século, a comédia stand-up é oxigenada, graças ao surgimento de novas mídias como a internet e canais de tv a cabo como o Comedy Central. Por todo o mundo houve um interesse no stand-up comedy e fazendo com que ocorresse crescimento na cena cômica no Canadá. Inglaterra, Portugal, Irlanda e Países Baixos e agora no Brasil.

No Brasil

José Vasconcellos

José Vasconcellos

José Vasconcellos

O gênero do “one man show” que é semelhante, mas permite outras abordagens (interpretação de personagens, músicas, cenas) foi introduzido no Brasil por José Vasconcellos(foto), na década de 60.
 
Aproximando-se mais ainda do estilo americano, Chico Anysio(foto) e Jô Soares mantiveram o gênero – principalmente em seus shows ao vivo, e geralmente, na abertura de seus programas – se aproximando da comédia stand up como vemos hoje.
 

 

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Chico Anysio

Chico Anysio

Chico Anysio

Chico Anysio fazia o seu número também no Fantástico… Jô Soares fez uma série de shows no formato que lotavam o Teatro de Cultura Artistica … antes deles, o pioneiro dos pioneiros, José Vasconcelos fez stand up em 1959. Mas as características que fizeram a geração dos anos 2000 serem mais lembrados como os pioneiros do stand up vem do fato que esses grandes comediantes não seguiam ao pé da letra o que mandava o figurino da comédia em pé: eles usaram efeitos de luz, personagens, ternos e smokings.
Zé Vasconcelos ficava sozinho no palco, em frente a um microfone como qualquer estreante hoje em dia faz em seus open mics … mas no fosso, uma orquestra com 30 figuras musicavam a comédia do veterano.

Fique por dentro

Open Mic: O Open Mic (microfone aberto) é o momento do show onde um iniciante ou aspirante tem direito a 3 minutos de apresentação, para testar seu material. O termo ‘open mic’ acabou por designar também todo comediante que está amadurecendo e estudando o stand up.

MC ou Mestre de Cerimônias: É o humorista, ator ou celebridade convidado para apresentar o show. Ele aquece a noite e tem o dever de deixar o público a vontade, geralmente faz perguntas ao público como ‘quem conhece stand up?’, ‘quem já veio nesse show?’. Faz mais de uma entrada no palco e apresenta os comediantes da noite.

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Canja: Pequena participação de um humorista já profissional mas que não faz parte do grupo fixo ou da noite de comédia. A participação pode durar até 8 minutos para testar seu material.

Solo: Apresentação de um único humorista durante todo a noite. Geralmente tem duração de 40 a 60 minutos.

Punch ou Punchline: A resolução da piada, o que dá graça ao texto. É o final inesperado que dá o tom humorístico ao setup.

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Setup: A preparação da punchline. É a história que o humorista conta para dar base à puchline.

Call Back: É quando um humorista usa um tema anterior do seu texto quando já está falando sobre outro assunto. É um recurso humorístico muito usado e eficaz.

 Por André Lamare

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