“Acredito que uma forte emoção, até mesmo nascida do medo e da ansiedade, seja bem melhor que uma vida de banalidades.”
Muitas vezes pegamos um livro apenas para passar o tempo, e foi exatamente o que aconteceu com esse livro. A leitura de “A Lista de Brett” foi totalmente despretensiosa, mas no decorrer do livro aprendemos lições, passamos por situações inusitadas e fazemos boas descobertas com a personagem principal: Brett.
Brett Bohlinger tem um ótimo emprego, pois é diretora executiva de publicidade da empresa da família, tem um namorado e uma família que ama muito. Mas a sua vida simplesmente desmorona com a morte de sua mãe, que foi muito rápida depois da descoberta de seu câncer. Brett ficou a todo momento ao lado de sua mãe, fazendo com que essa perda fosse muito maior.
No dia da abertura do testamento de sua mãe, os seus dois irmãos mais velhos recebem a sua herança, sua cunhada e braço direito de sua mãe ganha o que seria seu por direito – a chefia da empresa –, e Brett não recebe nada, a não ser uma lista de desejos que ela mesma escreveu quando tinha apenas 14 anos e que sua mãe quer que ela realize em um período de 1 ano para poder receber a sua parte da herança.
“-Não quero metas, mãe; Eu mudei.
O sr. Midar lê:
É claro que você mudou.
Arranco a carta da mão dele.
-Ela disse isso mesmo?”
A jovem fica despedaçada e traída pela mãe, uma vez que aquela lista hoje em dia – com 34 anos – não tem nada a ver com ela, e quando descobre que a mãe mandou com que a sua cunhada – Catherine – a demitisse da empresa o seu mundo acaba de desabar. Com isso, a personagem resolve ir atrás do que é seu e tenta concluir as metas, porém uma é mais difícil do que a outra.
No decorrer de um ano, tentando atingir suas metas, Brett se descobre uma nova pessoa, muito mais carinhosa, caridosa e preocupada com quem está ao seu redor, e nós – como leitores – nos transformamos também. Essa é uma história que nos faz parar para pensar qual rumo estamos dando à nossa vida.
Assim, nos incita uma ótima reflexão e até uma mudança interior. Principalmente porque a narrativa tem como pano de fundo uma sociedade superficial e extremamente materialista e a jornada que a personagem faz tem como objetivo se conhecer novamente. Mostrando os anseios verdadeiros da personagem, o que dá força para que ela lute pelos seus sonhos e consequentemente que nós lutemos pelos nossos também.
Em “A Lista de Brett” temos uma protagonista forte que ao mesmo tempo nos mostra todos os seus medos e inseguranças – e que são muitas –, mas aos poucos, mesmo com suas inseguranças e pré-julgamentos, ela traz um novo molde à sua personalidade.
A capa no seu tom de verde e com o desenho de uma mulher lendo junto a uma mesa e o seu cachorro nos mostra um pouco da personalidade da personagem, uma pessoa que mesmo com muitos anseios é calma e ainda tem esperança.
A narrativa é bastante simples e é contada tudo do ponto de vista Brett. Em alguns momentos a autora, Lori Nelson Spielman, nos engana quando a personagem segue uma direção, mas do nada ela muda. E a lista que Brett tem que completar acaba se tornando um bote salva-vidas para a personagem a transformando completamente. Se ela recebe a sua herança ao cumprir todas as metas de sua lista só lendo o livro para saber, mas pode ter certeza de que cumpridas ou não vale a pena embarcar nessa viagem de conhecimento e reflexão.
“[…] saiba que o amor é a única coisa sobre a qual você nunca deve chegar a um meio-termo.”
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