Um final tão esperado por aqueles que acompanharam as aventuras de Emily Dismorri e os seus amigos.
A série “O Medalhão Mágico” trouxe muitas aventuras e uma história em que nos faz pensar um pouco sobre a essência do mal. Em, “O Medalhão Mágico: A Nova Era”, Emily Dismorri se junta a grande vilã da série que conhecemos em “O Medalhão Mágico: O Reino de Damanthian” – Amyla.
Agora já sabemos que Emy não é uma adolescente qualquer, que faz parte de uma grande profecia e que, na verdade, ela não pertence ao nosso mundo, mas sim a um mundo não só repleto de magia, mas também com pessoas que precisam ser derrotadas para que todos vivam em paz.
É nesse livro também que conhecemos a origem do Medalhão Mágico e o quanto o seu poder é perigoso, uma vez que um dos principais poderes do medalhão é poder criar um novo mundo, mas quem o cria leva para esse mundo não só as suas qualidades, como também os seus medos mais profundos. Assim, nesse livro, podemos parar para refletir nas consequências que teremos devido às nossas atitudes e aos nossos anseios mais profundos. Pois, não se enganem, todos nós temos o nosso lado bom e lado ruim, e mesmo a nossa protagonista tendo ido atrás de acabar com a figura do mal no Reino esquecido de Endora, a essência do mal continua vivo.
“Call não conseguiu fechar a boca. Sphink deu um gritinho agudo e se agarrou a Hank que precisou semicerrar os olhos. Do outro lado do portal reaberto por Amyla, reinava a mais escura noite, com raios e trovões violentos riscando os céus e um vento gélido soprava tão forte na direção deles, como se o objetivo fosse sugá-los para dentro do tronco da árvore”.
O final da história de Emy é o que se espera de uma ótima história. Porém, isso não quer dizer que ela não sofre. Há uma perda muito grande de um dos personagens mais queridos de toda a série, nos fazendo também refletir de que não somos imunes a perdas.
Não podemos deixar de falar sobre a capa do livro, que nesse último volume, traz a torre de Londres em destaque e um fundo mostrando a floresta mágica. O que faz todo o sentido a partir da história que temos, uma vez que uma das partes principais de “O Medalhão Mágico: Uma Nova Era” ocorre uma boa parte em Londres.
Além disso, percebemos um amadurecimento na escrita de Mariana Lucera. Pois, no primeiro livro, víamos às vezes uma descrição cansativa e um pouco confusa dos lugares e sobre o que estava acontecendo. Nesse volume, temos ótimas descrições, pois conseguimos enxergar exatamente o que está acontecendo durante as batalhas e sobre como os personagens estão agindo a todo momento.
A escrita está bastante fluida, bem escrita e interessante. Além disso, a história trilha um caminho, por muitas vezes, inesperados pelo leitor. Isso porque pessoas que são consideradas más, ajudam as pessoas que desejam se salvar de um mal muito maior de forma genuína. No entanto, ao ser deixado de lado esse mal se volta se volta contra eles novamente. Algo que nos faz pensar que ninguém é completamente bom e ninguém é completamente ruim. Pois, se assim fosse viveríamos em um mundo sem nenhum problema e com pessoas que sempre estariam se ajudando.
Assim, percebemos que a série “O Medalhão Mágico” é uma busca para acabar com o mal, mas é impossível acabar com ele enquanto esse mal estiver dentro de nós mesmos. Ou seja, é uma série de livros que mesmo falando sobre magia e na criação de novos mundos, é também um meio de nos fazer refletir sobre as nossas atitudes e no mundo que temos e que queremos para o nosso futuro.
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