“Tudo e todas as coisas “é uma história encantadora escrita por Nicola Yoon, e publicada pela Editora Novo Conceito.
A curiosidade por ler esta narrativa se deu através do lançamento do trailer do filme homônimo baseado nesta obra, e como bons leitores que somos, a Woo! Magazine foi a procura de sua origem e cá estamos para contar um pouquinho sobre esta experiência…
Uma narrativa descontraída e leve, que torna quase imperceptível suas mais de 300 páginas, já que desperta tanto o interesse, levando o leitor a devorar cada pedacinho como se fosse um delicioso brigadeiro (ou qualquer outro doce que preferir).
Conta a história de Madeline, ou simplesmente, Maddy, uma garota que acaba de completar seus 18 anos e vive com uma perturbadora doença imunodeficiente, a IDCG (Imunodeficiência Combinada Grave), conhecida também como “doença da bolha”, já que leva a pessoa portadora a ter que se excluir do convívio social. É o caso da personagem em questão, que vive trancada em seu grande quarto branco, com roupas, cama e mobília branca. Tendo como passatempo preferido a leitura de variados livros, todos detalhadamente desinfectados que é o que dá cor ao seu ambiente.
Seu círculo de relacionamento se resume basicamente à sua mãe Pauline e à sua enfermeira Carla. A história começa com Maddy narrando o dia de sua festa de 18 anos, um dia comemorado com a mesma rotina de todos os anos, o mesmo bolo, as mesmas diversões, os mesmos horários. Porém, algo a partir deste dia torna nossa heroína diferente: novas asas parecem surgir em suas costas, impulsionando-a a dar voos maiores e sair de sua redoma:
Maddy conhece um novo vizinho através dos vidros das janelas e portas de sua grande casa: Olly, um jovem com a mesma idade e em busca de novas aventuras em sua vida. Os dois se apaixonam e assim se inicia uma bonita história de amor, impossível como quase todas as primeiras paixões da vida.
Parece só mais um clichê de contos de fadas, em que a princesa fica presa em seu grande castelo, tendo tudo à sua volta, mas um vazio interior, à espera de um príncipe que chega pra mudar o rumo de sua vida, e o romance é impossível, até que os dois consigam viver felizes para sempre. Sim, não só parece, é mais um conto de fadas moderno, claro, sem final feliz!
A diferença está justamente na narrativa, que apesar de parecer previsível conta sempre com algo novo e por ser descontraída, dá a sensação de se estar “fuçando” um diário de adolescente trancado a sete chaves.
O que faz com que a leitura flua de forma natural e despretensiosa. Não é somente a forma da autora usar as palavras, traduzindo sentimentos profundo em palavras quase que mágicas, mas também as ilustrações presentes em várias páginas ao longo da narrativa.
O forma de lidar com a doença da personagem leva o leitor a perceber que é possível encarar a vida com novos olhares, e apesar de ser um romance dramático, não é uma história de drama completo que arranca lágrimas de horas a fio e nem um romance meloso e enjoativo, tudo é usado na medida certa, que dá mais encanto ao que se lê.
Eu queria apenas tocar o mundo e viver todas as coisas.
A autora soube retratar de forma simples a doença, os problemas familiares, um romance impossível e acima de tudo, levar o leitor a perceber e encarar o mundo com novo olhar, a perceber os grandes detalhes da vida que a tornam bela, é mais do que um romance, torna-se um livro de autoajuda, levando a longas reflexões e decisões de se seguir em frente firme e forte, apesar de toda e qualquer dificuldade.
Uma leitura apaixonante e fluída, impossível de se começar a ler e largá-la sem antes chegar ao final, e, quando se chega nele, é o tipo de livro que deixa saudades. Com certeza, recomendamos o livro. Mais do que uma história de amor e de drama, é uma aventura boa de se viver.
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