Um dos best-sellers do New York Times, “Uma chama entre as cinzas” é um livro que traz magia, luta, política, aventura, com referência à mitologia árabe e muito mais.
O livro conta a história de Laia e Elias, a primeira uma escrava que faz parte da resistência e o outro é Elias um soldado que tem muitas dúvidas do lugar que ocupa nessa sociedade bruta e má.
Suas vidas vão se cruzar e eles vão descobrir que lutam pela mesma coisa: liberdade, por mais que essa palavra tenha sentido diferente para cada um deles.
Já comentamos sobre “Uma chama entre as cinzas” em um post anterior, pois ele faz parte de uma série que até agora tem dois livros.
A narrativa
A narrativa é realmente cativante, a história é muito bem amarrada e é contada do ponto de vista dos dois protagonistas, seguindo sempre pela ordem cronológica dos fatos – o que é bom -, pois assim não temos a sensação de tempo perdido, como se uma mesma história estivesse sendo contada repetidas vezes.
Durante todo o tempo o livro é narrado em primeira pessoa, deixando tudo ainda mais interessante, fazendo com que nos sintamos parte da história. Além disso, a escrita é deliciosa de se ler, com ritmo rápido e inteligente, fazendo com que a gente não queira largar o livro.
Chega em alguns pontos do livro, que ocorre tantas coisas e o que está por vir pode ser tão doloroso que ao mesmo tempo que não desejamos seguir para próxima página, queremos mesmo assim saber o que finalmente vai acontecer. Pode parecer um pouco contraditório, mas é assim mesmo. Só lendo o livro para saber.
Com elementos intrigantes, temos Laia, uma menina que se faz escrava para ajudar a Resistência do lugar a lutar por liberdade, mas a sua real intenção é libertar o seu irmão da prisão – ou seja, ajudar a Resistência é uma consequência -, Laia que mesmo se achando fraca, encontra uma força sobrenatural para chegar ao seu objetivo.
Temos também Elias, um jovem que mesmo com a sua força e todo o treinamento que recebeu, se culpa pelas mortes que causou e mostra uma empatia com o próximo no meio de pessoas que parecem não a ter.
Capa e diagramação – o livro
Podemos dizer que a capa tem tudo a ver com a história, mostrando os muros de onde a maior parte da história se passa – bom isso foi o que nos deu a entender -. Mesmo com uma diagramação simples, ela é muito boa para ler e não cansa os olhos, mas é claro que a história também ajuda nesse quesito.
O livro tem 430 páginas com uma história muito bem distribuída, mesmo sendo grande, vale a pena ler. Não podemos deixar de falar sobre a produção editorial do livro, pois foi muito bem feita, com escolhas simples, mas que fizeram toda a diferença na leitura. O editor está de parabéns pela escolha.
A autora
Sabaa Tahir é jornalista e sempre gostou de ler, principalmente livros de fantasia. Talvez por isso, ela tenha começado a escrever e a motivou a se tornar jornalista.
Este livro foi escrito enquanto ela trabalhava como editora de um jornal, nos momentos em que tinha que virar a noite para terminar a edição do mesmo. E hoje, sabemos que valeu a pena.
Novidade
Pelo grande destaque de “Uma chama entre as cinzas”, os seus direitos autorais foram comprados pela Paramount Pictures. Assim, em um futuro próximo teremos essa história contada nas telinhas de cinema. E rezemos para que chegue no Brasil.
Não podemos deixar de citar que esta história tem continuação que é “Uma tocha na escuridão” que falaremos na próxima segunda.
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