“The Lost Sister”, em tradução “A Irmã Perdida”, é o sétimo episódio da segunda temporada de Stranger Things. O público avaliou o episódio como fora do eixo, pois focou na história de Eleven (Millie Bob Brown) e na busca por sua irmã, mesmo depois do final no episódio seis. O episódio sete, como já reafirmado pelos criadores, buscou abrir novos arcos para o desenvolvimento de uma próxima temporada.
Atenção: o conteúdo abaixo possui spoilers do sétimo episódio da segunda temporada de Stranger Things. Leia os outros reviews aqui.
O episódio foca inteiramente em Eleven, que assume seu verdadeiro nome (que é Jane) e parte em busca de sua mãe após uma briga com Hopper (David Harbour). Terry, a mãe de El, depois de ser submetida a diversas torturas físicas e psicológicas incluindo o roubo de sua filha, se encontra em um estado permanente de choque, no qual passa o dia a repetir algumas palavras: “Respirar. Girassol. Arco-íris. Quatro e cinquenta. Três para a direita. Quatro para a esquerda”. Ao longo do episódio é explicado o motivo de Terry passar os dias a repetir especificadamente essas palavras, e todas têm a ver com o roubo de Eleven.
Eleven vai a seu encontro para descobrir a verdade, além de assumir seu verdadeiro nome, Jane. É conversando com sua mãe por meio do sinal da televisão que ela descobre a sua irmã perdida. Essa menina é Kali (Linnea Berthelsen), ou Oito. Ela é a menina do episódio piloto que junto com seu grupo cometem crimes e, no final da cena, seu nariz sangra, da mesma forma como El quando usa seus poderes. Porém, pouco ficamos sabendo de Kali, apenas que ela também foi roubada e que, no presente, procura se vingar de todos que faziam parte do Laboratório de Hawkins e compactuaram com o que ela passou ali. Ah, antes de sermos apresentados à irmã perdida, dois easter eggs podem ser percebidos em momentos diferentes: um oito na televisão de Terry e outro pintado numa bola oito, na parede do galpão onde Eleven a encontra.
No melhor estilo “Orphan Black”, ou seja, vamos lutar para que ninguém mais tenha controle sobre nós, é que Kali resolveu seguir sua vida junto de seu grupo. Eles fazem justiça com as próprias mãos e claro, com a ajuda do poder de Oito, que é diferente do poder de Eleven. Kali consegue fazer com que as pessoas vejam o que ela deseja, com isso o grupo sempre consegue escapar da polícia. Então, ela convence a pequena Jane a participar dessa vida, o que ela aceita durante algumas horas, até ir ao confronto de um de seus inimigos. Kali ensina à Eleven como controlar seus poderes e de onde tirar força para intensificá-lo, e a forma é a mesma de sempre: tire seu poder da sua raiva.
O grupo resolve se vingar de um dos ex-funcionários do laboratório, por acaso é o mesmo que torturou sua mãe e a faz repetir constantemente “quatro e cinquenta”. Porém, após começar a sufocá-lo é que El percebe um porta retrato no chão. O homem, que até então estava tendo sua garganta sufocada, tem filhos e assim como todos os outros ali é uma pessoa. Assim, El não consegue concluir o plano. E claramente essa atitude gera o questionamento se a personagem de Millie conseguiria ir até o fim.
Apesar do episódio ter focado apenas em Eleven e na sua história pessoal, o final foi essencial para desenvolver o restante da história proposta pela segunda temporada e não merece as inúmeras críticas que vem recebendo. Talvez não deveria ter se prolongado tanto ou ter apresentado Kali ao público de maneira mais informal, mas vale abrir para as perguntas que indagam onde estão as outras irmãs, se existem.
“The Lost Sister” é um episódio normal, feito para abrir ganchos de uma futura temporada. Porém, a escolha em colocá-lo no meio da temporada faz com que o mesmo seja menos relevante, principalmente com o episódio que vem em seguida, o oito, com certeza um dos melhores episódios da temporada.
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