O oitavo episódio da oitava temporada de “The Walking Dead”, intitulado “How It’s Gotta Be” (Como Deve Ser), poderia ter tomado outro rumo, mas apostando em causar a morte de um personagem importante – e querido pelo público – o roteiro se perdeu. Ficou curioso? Continue lendo o review. Mas espere, pois a série entra agora na mid-season e só retorna no ano que vem.
Atenção: a matéria possui spoilers do oitavo episódio da oitava temporada de “The Walking Dead”. Leia os outros reviews aqui.
Se a expectativa estava grande para a morte de um personagem no episódio da mid-season, conforme já havia sido especulado por sites específicos da série, esqueça. Pois nem assim os roteiristas parecem ter se esforçado para reconquistar a audiência perdida durante essa temporada.
Deixando a curiosidade – e o spoiler – para o final, começamos o episódio dando continuidade ao anterior, onde Negan (Jeffrey Dean Morgan) retornou ao Santuário e começou a se preparar para um contra-ataque ao grupo de Rick (Andrew Lincoln). Mas antes disso efetivamente acontecer, temos algumas cenas que levantam pequenas dicas sobre o final do episódio. Previsível? Talvez.
Para quem já cantava vitória antes mesmo do fim de tudo, ver Negan e Os Salvadores ressurgindo não é um choque. Afinal, o marketing em cima do personagem sempre foi muito grande e, nos HQs, a narrativa já está muito mais avançada. Mas, no episódio, a surpresa vem para quem estava em Alexandria: Daryl (Norman Reedus), Michonne (Danai Guirira), Carl (Chandler Riggs), Rosita (Christian Serratos) e Tara (Alanna Masterson). Sobe a liderança do filho do xerife, eles se organizam para por em ação planos paralelos e ganhar tempo.
E, como já esperado quando falamos dos capangas do grande vilão, os outros personagens ainda podem esperar por surpresas. Maggie (Lauren Cohan) e Jesus (Tom Payne) são surpreendidos por Simon (Steven Ogg), que está com Jerry (Cooper Andrews) como refém. Mas não é só Alexandria e Hilltop que vão sofrer consequências, o Reino, que por enquanto continua a lidar com a frustração de Ezekiel (Khary Payton), é dominado pelos Salvadores, que exigem que os moradores entreguem o antigo rei.
Novamente em Alexandria, temos um breve diálogo, mas de muita importância, entre Carl e Negan, onde o jovem diz ao vilão que para poupar os outros, ele pode matá-lo. O que é visto inicialmente como um grande ato de heroísmo é explicado mais tarde, e o discurso do jovem permite um ganho de tempo para a execução dos outros planos. Um desses planos envolve Daryl, Tara, Rosita e Michonne, que com a ajuda de Dwight (Austin Amellio), dá certo. Contudo, o disfarce do loiro é descoberto. No Reino, temos a primeira aparição em público de Ezekiel, que reage junto aos moradores, mas acaba se sacrificando por Carol e pelos outros, sendo capturado pelos Salvadores que o exigiam.
O momento muito esperado pelo público acontece, o confronto entre Negan e Rick, mas que é executado de maneira tão displicente que nem impressiona. Temos também uma das poucas cenas de ação protagonizadas por Danai Gurira nessa temporada (por conta de Pantera Negra ou por conta da insistência da série em deixar mulheres em segundo plano?). E chegamos ao momento mais aguardado: a morte de Carl Grimes.
O filho de Rick Grimes protagonizou o episódio e liderou Alexandria enquanto o pai não estava. Carl conseguiu salvar à todos, mas acabou com um destino sem graça: mordido por um zumbi. O menino já sabia que iria morrer de qualquer forma, pois na verdade foi mordido ao tentar ajudar Siddiq, no episódio seis. Vale lembrar que todos os momentos apresentados nos oito episódios até agora acontecem, na cronologia da série, em poucos dias. Isso explica porque Rick estranha Siddiq ao reencontrar seu grupo, que está escondido dos Salvadores.
O personagem de Chandler Riggs era a grande aposta dos fãs para dar continuidade a história, que ainda precisa apresentar Os Sussurradores na trama, uma vez que Carl é de grande importância nos quadrinhos. Agora, com a morte do jovem, as esperanças se depositam em Daryl. Ainda assim, é um tanto relaxado da parte do roteiro colocar Carl para morrer com uma mordida, uma vez que o menino cresceu nas oito temporadas em contato direto com os walkers e amadureceu muito, além de sempre ter sido cotado pelo público como o sucessor de Rick.
Ainda não é fácil dizer o que esperar do retorno de “The Walking Dead”, mas mesmo com a morte de Carl, o episódio não impressionou. Na verdade, o oposto aconteceu, e a morte do personagem vem sido criticada massivamente nas redes sociais. Não era pra menos, afinal, muitos outros ali não significavam e nem acrescentavam pra história como o primogênito do xerife. Mas, esquecendo o personagem (porque precisamos esquecer), ainda podemos esperar pela vingança de Rick, que pela promo do nono episódio, pode talvez trazer novos ares a série.
“The Walking Dead” entra em sua mid-season e retorna no ano que vem, em fevereiro. Fique de olho na Woo! Magazine para os próximos reviews.
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