Remoção dos Baús causou revolta na comunidade de League of Legends e campanha de boicote
A Riot Games anunciou nesta quarta-feira voltando atrás na decisão de remover os Baús Hextech de League of Legends. O anúncio veio em um Dev Update com os rioters Meddler (Andrei van Roon) — diretor do League Studio e vice-presidente sênior da Riot — e Pabro (Paul Bellezza) — produtor executivo — endereçando a questão em um vídeo de 4 minutos.
Segundo eles, a partir da próxima atualização, que chega semana que vem junto com o Segundo Ato da Temporada, os jogadores poderão ganhar até 10 baús por Ato, totalizando 20 por Temporada e 60 por ano. Seu retorno se deveria a um erro de avaliação deles, que não teriam percebido a importância deles para a comunidade, como uma forma dos jogadores se sentirem recompensados e progredindo.
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O sistema foi implementado em 2016 e permitia que jogadores recebessem prêmios cosméticos como skins de campeão todos os tiers, emotes, e skins de sentinela, disponíveis de outra forma apenas pela moeda pega, Riot Points (RP), além de campeões, disponíveis gratuitamente por essência azul — em um sistema aleatório que o jogador poderia escolher ativar ou não o fragmento recebido, tendo que escolher “desconstruir” alguns dos prêmios para receber outras moedas que permitiriam pagar pelo prêmio desejado, cujo preço variava dependendo da raridade.
A remoção gerou revolta na comunidade e os posts e reações de redes sociais têm sido desde então inundados com protestos pelo retorno dos baús, com alguns desses sido até trancados para conter a reação dos jogadores. Mais cedo no mês, dia 7 de fevereiro, os mesmos rioters anunciaram que a empresa não mudaria de postura e que a playerbase deveria se acostumar com as mudanças, tendo em vista que, segundo eles, dar skins de graça teria se tornado insustentável para manter o jogo.
Os motivos para retaliação são vários. A chegada do sistema de Baús Hextech alterou a moeda gratuita do jogo de Influence Points (IP) para Essências Azuis (EA) e modificou sua taxa de ganho para partida, tornando mais difícil ganhar pontos apenas por jogar partidas, mas facilitando o ganho de campeões através dos baús. Com a remoção, não apenas os cosméticos acessórios foram prejudicados, como também a possibilidade de adquirir gratuitamente campeões; contas novas teriam que jogar por muitas horas ininterruptas todas as semanas para chegar parto de destravar um novo personagem, o que tornaria ainda mais desbalanceada sua gameplay com jogadores antigos.
Além disso, a comunidade vêm reclamado da qualidade dos novos cosméticos lançados, seja pelo preço, que subiu muito nos últimos anos, como pela qualidade, com acusações do uso de inteligência artificial para produzir novas skins — a partir daí se popularizou na comunidade o termo “mulher/homem League of Legends”, em referência a como os campeões tornaram-se indistinguíveis.
Controlada pela chinesa Tencent, conhecida na internet por aplicar práticas predatórias em outros jogos — como Pokémon Unite — a Riot Games tem aplicado algumas das estratégias que se tornaram comuns no mercado, a despeito de campanhas de boicote por parte dos jogadores, como o uso de gacha — mecânica semelhante a caça-níqueis em que jogadores compram um item aleatório sem garantia de recebê-lo — e um novo tier, criticado também pela qualidade, de skins, “Transcendent”, que chegou a custar 1400 reais no Brasil; na época, jogadores se mobilizaram para banir a campeã Ahri de todas as partidas para não promover sua venda.
Imagem Destacada: Divulgação/League of Legends
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