Qualquer adulto sabe que uma das melhores partes da infância era assistir aos desenhos animados, após o café da manhã ou antes de dormir. Esse hábito, na maioria das vezes, cresce com o passar dos anos e faz com que as crianças deixem de alcançar somente desenhos, para também incluir filmes e séries.
Ainda assim, a televisão aposta bastante em fazer seriados infantis, onde substituem os desenhos pela atuação de crianças, fazendo um grande sucesso com adultos também. Prova, assim, que não há idade para assistir uma boa trama que ainda tem como adicional uma dose de fofura infantil.
Na realidade, assistir a seriados infantis é esquecer-se um pouco dos problemas acumulados. Os episódios, curtos e independentes, funcionam quase como as séries de comédia para adultos. Porém, as histórias apresentam uma certa previsibilidade, afinal, é feito para crianças. Mas não é por isso que não deveria ser privilegiado por adultos, pelo contrário.
Um dos maiores seriados infantis, que continua a marcar gerações, foi Castelo Rá Tim Bum. A criação de Cao Hamburguer passava na TV Cultura, contando a história de Nino e seus amigos. Nino (Cássio Scapin) era um rapaz de 300 anos, sobrinho da feiticeira Morgana (Rosi Campos) e do bruxo Doutor Vitor (Sérgio Mamberti). Sentindo-se sozinho, Nino enfeitiça a bola de Zequinha (Freddy Allan), e atrai ele e seus amigos Pedro (Luciano Amaral) e Biba (Cinthya Rachel) para o castelo.
O antagonista, por sua vez, é o vilão Doutor Pompeu Pompílio Pomposo, mais conhecido como Dr. Abobrinha (Pascoal da Conceição), que deseja comprar o castelo e o transformar em um prédio de cem andares. Com seus inúmeros disfarces, ele sempre tenta enganar Nino e o pessoal o castelo, porém é quase sempre desmascarado.
Castelo Rá Tim Bum é nostálgico, assim como seus personagens secundários que, de back up, não tinham nada. A índia Caipora (Patrícia Gasppar), que cuidava das matas, aparecia sempre que alguém assobiava e contava histórias da floresta para as crianças. O alienígena Etevaldo (Wagner Bello) mostrava a diferença de culturas, como todas podiam se completar, pois em seu planeta as coisas aconteciam de maneira diferente. A repórter Penélope (Ângela Dip), que apresentava o jornal local, era a paixão secreta de Nino, e sempre procurava ensinar questões éticas para os outros. Além desses, o programa possuía diversas atrações, e também fazia uso de bonecos para simular os animais que habitavam o castelo.
Ainda na TV Cultura, outro programa de muito sucesso foi “Mundo da Lua”, que tinha como protagonista um rapaz chamado Lucas Silva e Silva (Luciano Amaral). Ao completar dez anos, Lucas ganha de seu avô um gravador. Através dele, ele grava as situações que acontecem em sua vida, como elas poderiam ser, deixando sempre sua imaginação rolar.
Atualmente, o canal transmite “Quintal da Cultura”. No quintal, moram Ludovico (José Eduardo Rennó), sua irmã Dorotéia (Helena Rizzo) e Osório (Jonathan Faria). Assim como no Castelo, também existem bonecos para personificar animais. No programa, os atores promovem histórias, brincadeiras clássicas e educativas. Para criar histórias de ficção, dentro do programa havia um quadro chamado “Era Uma Vez No Quintal”, que contava as aventuras de Dorotéia e Ludovico com outros personagens e um vilão diferente a cada episódio.
Em “Que Monstro Te Mordeu”, a abertura do programa já mostra sobre o que ele é: toda vez que uma criança desenha um monstro, o mesmo ganha vida no monstruoso mundo dos monstros. Assim, Lali Monstra (Daphne Bozaski), é a única ali que é metade humano e metade monstro. É a filha de Dr. Z e criada por ele e por seu assistente Morgume.
No programa, todo dia um novo monstro é desenhado e passa a habitar o monstruoso mundo dos monstros. Esses monstros costumam morder Lali e seus amigos Gorgo, Dedé e Luísa, causando situações inusitadas e, no final, sendo catalogados por Dr. Z.
Na televisão fechada, o Gloob parece investir muito em seriados para crianças. Um de seus grandes sucessos é “D.P.A – Detetives do Prédio Azul”, recém transformado em um longa-metragem. Em D.P.A, três crianças moram em um prédio azul e criam um clube secreto para desvendar os mistérios e situações inusitadas que acontecem por ali.
Essas crianças são Tom (Caio Manhente), Mila (Letícia Pedro) e Capim (Cauê Campos). Cada um possui uma capa de uma cor, sendo Tom verde, Mila vermelha e Capim amarela. O antagonismo fica por conta da bruxa e síndica do prédio Leocádia Leal (Tamara Taxman), que embora deteste as crianças, por muitas vezes parece zelar por eles. Quem protege mesmo as crianças é o porteiro Severino (Ronaldo Reis) e o bruxo Teobaldo (Charles Myara). Na sétima temporada, Tom, Mila e Capim se despedem da trama e abrem espaço para detetives novatos: Pippo (Pedro Henriques Motta), Sol (Letícia Braga) e Bento (Anderson Lima), que protagonizam o filme.
A nova trama do Gloob é “Valentins”, que teve sua estreia há um mês atrás. Na história, os irmãos Betina (Rebecca Solter), João (Arthur Codeceira), Lila (Duda Wendling) e Theo (Otávio Martins) precisam entender o que aconteceu para seus pais, Alice (Cláudia Abreu) e Artur (Guilherme Weber), desaparecem misteriosamente. O antagonismo fica por conta do vilão Randolfo (Luis Lobianco), que transformou Alice e Artur em ratos.
Mesmo com a previsibilidade dos seriados infantis, a verdade é que prestigiá-los é notar o quão sensível é um programa voltado para crianças. No final, que é sempre feliz, é importante notar que ainda existe a ideia de estimular a imaginação e a criatividade com tanta tecnologia. Então, por que não se permitir um momento de voltar a ser criança? A televisão só mostra como continua a acertar quando o assunto é ser nostálgica.
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