O Brasil tem investido muito em seus produtos para exportação. E isso não fica exclusivo apenas ao mundo da Agropecuária ou Agronomia. Produtos audiovisuais brasileiros estão ganhando espaço em outros países. Isso acontece muito com novelas, que também se tornam sucesso em outros países. Atualmente, filmes e séries estão sendo produzidos com o pensamento de irem para além do Brasil. E, isto acaba trazendo uma melhoria na produção e investimento.
No festival do Rio de 2016, noventa minutos durante a Premiere Brasil foram repletos de tensão assistindo a história de um hospital público. O sucesso do filme “Sob Pressão”, de Andrucha Waddington gerou diversos comentários e atenção ao sistema público de saúde no país, principalmente, na cidade do Rio de Janeiro. Continuando investindo na narrativa, nesta terça-feira (dia 25) a Globo, em uma coprodução com a Conspiração Filmes, lançou a série, com o mesmo nome.
Baseado no livro “Sob Pressão – A Rotina de Guerra de um Médico Brasileiro”, escrito pelo Dr; Marcio Maranhão, vai relatando a rotina dos centros médicos municipais e estaduais do Brasil. Retomando um pouco a história, o filme apresentou ao público a história do Dr. Evandro (Júlio Andrade) trabalhando no hospital da Santa Casa de Misericórdia, em Cascadura. Ele e sua equipe, que conta também com doutor Paulo (Ícaro Silva) e Carolina (Marjorie Estiano), enfrentando mais um dia de tensão no hospital. Um tiroteio na favela próxima, traz pacientes para três cirurgias muito complexas em jogo: de um traficante, um policial militar e um menino. O desenrolar da história dos três é bem interessante e nos coloca como espectador com a adrenalina sumindo.
A série continua a se passar nesse mesmo universo. O roteiro está nas mãos de Jorge Furtado, quem assina a redação final, escrevendo ao lado de Lucas Paraizo, Antonio Prata e Márcio Alemão, criando os episódios. Os capítulos trazem um pouco de romance (algo que não houve durante o filme) entre a vida dos personagens principais, o cirurgião chefe Dr. Evandro e a cirurgiã vascular Dra. Carolina. A vida de ambos é acompanhada pelo peso de suas histórias do passado e, nesse clima de romance, encontram no outro muito mais que um ombro amigo, mas uma cura para suas lembranças ruins. Além disso, podemos perceber muitos embates entre o ceticismo do médico e a fé como válvula de escape da doutora .
Os médicos possuem o mesmo desejo: continuar salvando vidas. Mas, essa tarefa, mesmo não sendo fácil de cumprir, pode ser muito mais complicada sem os devidos equipamentos, requisitos e condições que a saúde público possui. No meio de tantos desafios, podemos esperar pela aproximação do casal protagonista.
Para além do surgimento do amor entre Evandro e Carolina, há outros personagens na série que também terão os holofotes voltados para eles. Até porque, como uma equipe médica, o trabalho de cada um deles é imprescindível. A trama traz Samuel (Stepan Necerssian) diretor do hospital, o clínico geral Décio (Bruno Garcia), o neurocirurgião Rafael (Tatsu Carvalho), o anestesista Amir (Orã Figueiredo), o residente Charles (Pablo Sanábio), a enfermeira Jaqueline (Heloisa Jorge) e a técnica de enfermagem Kelly (Tatila Castro).
Lendo assim, pode logo vir a sua cabeça séries como “ER”, “House” e “Greys Anatomy”. São os formatos que já conhecemos e tanto gostamos, cada episódio um caso médico que a equipe quebrará sua cabeça para solucionar. E todos os núcleos de histórias por fora, com muito drama na vida. Foram produções que serviram de inspiração para a série brasileira “Sob Pressão”. Dito pelo próprio ator Júlio Andrade, o Dr. Evandro vai se mostrar quase como um MacGyver. Isto porque ele lida com diversas situações que muitos desistiriam e esperariam a morte do paciente.
O primeiro capítulo da série mostrará uma situação dessas. No meio de uma cirurgia, o doutor Evandro precisa de um dreno para usar no paciente. No entanto, é informado a ele que o dispositivo acabou. Rapidamente, tentando pensar em uma solução, o médico sai correndo da sala. Improvável mas dá certo, Evandro utiliza pedaços cortados de uma mangueira, que são devidamente desinfetados. Pode parecer muita coisa de ficção, mas o ocorrido foi real. É um dos casos relatos no livro, que aconteceu no Maranhão.
Nas propagandas da série na programação da Globo, há o escrito “É impossível não se envolver quando a vida está em jogo”. Já mostra que podemos esperar muitas boas histórias e casos no hospital público. E sempre torcendo para que a equipe médica consiga salvar cada um dos pacientes.
Por Gabi Fischer
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