Você entra na sala escurinha, senta na sua poltrona, olha para o telão e saca sua pipoca quentinha. É uma hora sua, de paz, de tranquilidade, de fugir da realidade. De viver outra história, rir, chorar com as personagens, torcer para o casal romântico ficar junto e se emocionar com o beijo final.
Quando vamos ver um filme, vivemos isso com toda naturalidade e não imaginamos que estamos vivendo a mágica da sétima arte e nem pensamos em qual foi a história do cinema. Curioso para saber como surgiu esse entretenimento que já embalou tantos beijos românticos, uniu tantos casais, distraiu tantos ansiosos e preencheu o tempo de alguns solitários?
Foi em 28 de dezembro de 1895, no salão Grand Café, em Paris na França, que os irmãos Louis e Auguste Lumière fizeram a primeira exibição de algumas cenas geradas no seu invento – o cinematógrafo. O primeiro documentário se intitulava “Sortie de L’usine Lumière à Lyon” (Empregados deixando a Fábrica Lumière), e tinha 45 segundos de duração. Neste mesmo ano, Thomas Edison projeta seu primeiro filme Vitascope.
Mas foi o ilusionista francês Georges Méliès que começou a exibir filmes em 1896, quando ganhou uma “filmadora”. Ele foi pioneiro em alguns efeitos especiais. Seu filme “Le Voyage dans la Lune” (ou “Viagem à Lua”) de apenas 14 minutos é muito famoso pela imagem de um foguete atingindo o “olho” da lua. A história de Georges Méliès foi lindamente contada no filme Hugo Cabret (com boas doses de livre ficção).
No Brasil, a primeira exibição foi feita em 08 de julho de 1896, na Rua do Ouvidor, Rio de Janeiro, pelo belga Henri Paillie. Foram projetadas algumas cenas de cidades europeias, para a elite carioca da época. Em 1897, o Rio de Janeiro já possuía sua primeira sala de projeções, o Salão de Novidades de Paris, de Paschoal Segreto.
Já no século XX, década de 10, a Itália fez os famosos “Quo Vadis?” (filme italiano de 1913) e “Cabiria” (filme italiano de 1914), este último com 123 minutos de duração.
Nos EUA, Thomas Edison queria comprar os direitos do cinematógrafo e alguns produtores independentes resolveram sair de Nova York e ir para o outro lado do país, para um pequeno povoado chamado Hollywoodland.
Até a primeira guerra, a Europa, especificamente França e Itália, dominava a indústria do cinema, mas arrasada economicamente com o conflito, deu lugar ao avanço dos Estados Unidos e foi aí que Hollywood passou a ser a meca do cinema. Em 1929 foi criado o prêmio Oscar, considerado hoje o maior prêmio do mundo do cinema.
Há mais de cem anos a sétima arte vem fascinando todos que a admiram e respeitam. Ela traz para nós mundos e histórias que talvez nunca viveríamos ou teríamos contato. Arranca lágrimas, provoca risadas, cria suspense e nos faz feliz, pelo menos durante aquela horinha em que estamos no escurinho do cinema!
Por Silvia Ferrari
Quer estar por dentro do que acontece no mundo do entretenimento? Então, faça parte do nosso CANAL OFICIAL DO WHATSAPP e receba novidades todos os dias.