Somos todos geeks? Nerds? Posers?

Com o dia do Orgulho Nerd chegando, (caso não saiba, poupe seu Google: é dia 25 de maio) é impossível não parar para refletir o que é ser geek ou nerd. Sim, este será um post num tom mais pessoal, mas a única forma de refletir sobre isto é contando minha experiência para defender este ponto de vista: ser geek ou nerd quase que depende de cada um. Quando você começa a escrever sobre esse universo, é comum passar pela cabeça: “será que sei o bastante? Preciso engolir uma enciclopédia de Star Wars?”

Eu sabia que podia compartilhar a paixão pelo video game e sua capacidade de ser uma obra de arte, tanto quanto as outras que conhecemos. Também poderia fazer o mesmo sobre Stephen King, sagas, filmes… Mas e se você não se sente realmente “fã” de muita coisa?

A gente se depara com o ensinamento de que ser fã é aquela coisa de esperar ansiosamente por cada lançamento, é conhecer cada vírgula que há para saber sobre aquela saga e saber a data de nascimento de cada autor e ator, é detestar que mexam na história que conheceu originalmente, mas é adaptada, remasterizada, reformulada… No entanto, conforme nossas vidas avançam, alguns mantém (e até aprimoram) esta “capacidade enciclopédica”. E outras pessoas não. O amor ainda está ali, mas a vida ganha uma nova dinâmica.

Quanto a alguém que é um “poser” (aquele que se diz fã, mas não é)… Esqueça um pouco “A Marcha Imperial” e coloque “We Are The World” para tocar agora: não devemos nos irritar e julgar o coleguinha…Talvez possamos simplesmente chegar juntos e ensinar. Não tem nada melhor que passar aquelas horas trocando ideias, ou somente ouvindo sobre aquele filme, aquele jogo! E pessoalmente, por favor. Infelizmente na internet as pessoas parecem perder noção de valores e simplesmente começam a trocar ofensas.

Temos lá nossas cotas de “nerdices”, e se nem isso faz o requisito, talvez tudo isto seja simplesmente sobre não se importar. Já vesti minha camisa da Irmandade do Aço para um concerto de trilha sonora de videogame. Não tenho nenhuma coleção realmente sólida, além de livros do Stephen King. Posso jogar Pokémon até hoje (saudades dinheiro para comprar “Sun & Moon”), mas não é possível aturar aquele anime forçado, e só jogo o TCG online. Não tenho toda aquela finalidade com HQ’s, mas forcei a barra pra ler “Saint Seiya: The Lost Canvas” porque precisava saber o final, depois do cancelamento do anime.  

Estes exemplos pessoais devem servir de exemplo para você analisar os seus, de acordo com sua vida: ser geek ou nerd é meramente ser condicionado ao consumo de algo? À memorização de algo? Ao tempo que você dedica? Certamente as suas nerdices, fazendo “o requisito” ou não, devem ter construído muitas das melhores lembranças suas. Talvez façam até parte de sua personalidade! E essas são coisas que não podem ser medidas por ninguém.

Provavelmente muita gente por aí sinta vergonha de vestir a camisa, porque se sente intimidado pelos “verdadeiros fãs” daquela saga. Outras pessoas completamente “fora do meio”, vão te achar um nerd pelos seus gostos mesmo assim. No final das contas, embora pareça um papo de Miss Universo (ou de Lady Gaga), você precisa ter orgulho do que você realmente é. Certa vez num mundo fictício, um sábio Lannister disse algo sobre vestir um rótulo “como uma armadura”.  Vai lá curtir seu livro, seu jogo, fazer sua maratona favorita, porque eu já fui!