Diversão e Romance na Austrália
Em “Todos Menos Você”, Bia e Ben, se encontram fortuitamente em um café (onde mais nesses tempos corridos?) e por uma gentileza dele, os dois tem uma noite de agradável conexão e diversão, porém sem sexo.
E justo por uma atitude impensada, por um impulso de insegurança, o que começou com a alegria do primeiro encontro, se tornou ranço.
Mas essa é a magia das comédias românticas, pois daí surgem os atos fortuitos de encontros, desencontros e armações em que todos sabem como vai terminar, mas mesmo assim acompanham para no final, se surpreenderem.
Filme do diretor Will Gluck, que em 2011 já havia dirigido outra comédia romântica, Amizade Colorida com Milha Kunis e Justin Timberlake com mais ou menos os mesmos ingredientes: cenas de nudez insinuadas, palavrões e cenas constrangedoras inusitadas e divertidas.
É diferenças da maioria das comédias românticas do final dos anos 90 e começo dos 2000, em que eram bem mais “comportadas”.
O frescor dessa nova empreitada está no casal protagonista: Sydney Sweeney, jovem atriz em ascensão, inclusive na estreia da semana, Madame Teia e Glen Powell, egresso do mega sucesso Top Gun: Maverick e protagonista da continuação do noventista Twister.
Ela muito jovem e expressiva, ele um pouco mais maduro, com charme e sem se levar a sério, o que é muito importante no clima de farsa que o projeto demanda.
Uma comédia romântica não depende somente dos protagonistas e é tão boa quanto seus coadjuvantes e essa tem alguns com os usuais clichês do “maluco beleza”, o “fortão bobão”, os pais super protetores e intrometidos, mas também uma bem vinda surpresa que é Bryan Brown, um veterano ator australiano da velha guarda que divertiu muita gente nos anos 80 em filmes como F/X – Assassinato sem Morte e Cocktail com Tom Cruise.
Ele é o típico tiozão sincerão e não do pavê, que vê a situação exatamente como é e nas horas em que é necessário, traz palavras sábias sobre amor e relacionamentos.
Há também o clichê de que tudo se passa durante um casamento, com o plano de fazer inveja aos dois ex dos protagonistas que foram convidados, mas nada que seja tão indigesto, considerando a escassez do gênero que há muito tempo não traz os investimentos monetários e de publicidade de outrora, que ultimamente estava reservado para o(a)s assinantes de streamings, principalmente na Netflix.
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O que também é muito importante no gênero é o cenário e ao invés dos majestosos arranha céus e ruas de Nova York, o interior da Inglaterra ou alguma cidade interiorana, temos a maravilhosa Austrália, misturando cenários bucólicos com o mar e a imponente Ópera de Sidney, cartão postal que atrai por ano, mais de 8 milhões de pessoas e gera um retorno de 520 milhões de euros, tamanha sua fama.
Resumindo, há clichês de sobra e variados no filme que são contornados pelo charme do elenco, algumas piadas meta como o momento “Titanic”, e tudo dentro daquela grande farsa de amor-ódio-amor, em que tudo termina como deveria ser.
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