Atormentando sua rodinha de amigos com animes cult
Aquele conhecido tem agido estranho, falado de animes da década de 60, não aceita suas recomendações de shounen de pancadaria e está convencido que “Berserk” é o nirvana da arte pós-moderna? Tome muito cuidado: você está diante de um “otacult”.
Como passo lógico da entrada dos animes no gosto popular, o otacult rejeita o mainstream e abraça suas alternativas mais “cabeça” e que oferecem, segundo ele, alguma experiência ímpar e transformadora sobre ser humano. Talvez ele seja um cinéfilo frustrado (redundância), ou só queira impressionar alguma garota, mas seja como for, agora você sabe como se prevenir.
Ao que tudo acima seja uma grande brincadeira (ou não), selecionamos 10 animes cult para você se jogar de corpo inteiro (e descobrir um novo lado seu), ou fingir que assistiu para tentar ser o cool da rodinha — o que, convenhamos, é uma grande besteira; que buraco você está se enfiando para querer impressionar logo otacults?
Serial Experiments Lain
Ano: 1998/Verão
Episódios: 13
Estúdio: Genko, Pioneer LDC
Classificação: 17+
“Present day… heh… Present time! Hahahahahahaha!”
Para muitos, “Serial Experiments Lain” é uma obra profética sobre o desenvolvimento da computação e seus impactos em nossas vidas, de forma que (re)assistir o título talvez traga um sabor amargo. Este é um anime experimental de se assistir com a cabeça aberta e que provoca nossas ideias pré-estabelecidas sobre existência.
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Sinopse: Lain Iwakura é uma adolescente apática com a tecnologia, isto é, até ela receber um e-mail misterioso de uma colega que há pouco é sabido ter se tirado a própria vida. Embarcar na enrola seu pescoço aos poucos em mistérios muito maiores que si, atraindo a atenção de uma organização secreta que, por alguma razão, sabe muito a seu respeito.
Shoujo Kakumei Utena
Ano: 1997/Primavera
Episódios: 39
Estúdio: J. C. Staff
Classificação: 13+
Conhecida por uma narrativa novelesca e que se emaranha no que ocorre dentro e fora da protagonista, “Utena, a Garota Revolucionária” é um título imperdível não só para quem quer conhecer shoujo, mas para quem quer curtir uma história que é construída debaixo de seus olhos.
Sinopse: Utena Tenjou é uma jovem inspirada por um misterioso príncipe em sua infância, que deseja se tornar um príncipe por si mesma. Ao ingressar na Academia Ootori, ela se envolve em duelos contra membros de uma sociedade secreta que lutam pelo “noivo da Rosa”, Anthy Himemiya, uma garota misteriosa com ligação ao poder de “revolucionar o mundo”. À medida que os duelos prosseguem, Utena questiona as normas de gênero, o significado de amor e poder, e descobre os segredos obscuros que cercam a academia e sua própria busca por identidade e justiça.
FLCL
Ano: 2000/OVA
Episódios: 6
Estúdio: Gainax, Production I. G.
Classificação: 13+
Ao longo de seis episódios muito malucos podemos ter uma vaga ideia do porquê “Fooly Cooly” tem esse nome. Sua estrutura abstrata faz o telespectador questionar o que ele está fazendo na sua vida, porque não é certamente nada do que se espera.
Sinopse: Conheça a vida de Naota Nandaba, um garoto comum cuja vida muda radicalmente quando ele encontra Haruko Haruhara, uma excêntrica mulher de cabelo rosa que chega à sua cidade montada em uma Vespa e empunhando uma guitarra elétrica. Após Haruko atingi-lo na cabeça, Naota começa a manifestar eventos bizarros, incluindo robôs gigantes emergindo de seu crânio, enquanto se vê envolvido em uma batalha cósmica entre forças misteriosas.
Akira (1988)
Ano: 1988
Duração: 124 minutos
Estúdio: Tokyo Movie Shinsha
Classificação: 18+
O sobrenome de “Akira” é avant-garde, e isso se vê no cuidado com criar um filme que não se tem igual. A quantidade de quadros animados à mão por segundo (cerca de duas a três vezes maior que a média) e o uso recorde de cores não são o único atrativo. E não, não estamos falando da cena de moto, parodiada à exaustão (e que é ótima!), mas sua trama e visuais deram o nome para o que é cyberpunk antes e depois de seu lançamento.
Sinopse: Na distópica Neo-Tóquio, uma metrópole futurista construída após a destruição de Tóquio por um cataclisma, acompanhamos Kaneda, líder de uma gangue de motoqueiros, e seu amigo Tetsuo, que desenvolve poderes psíquicos devastadores após um acidente envolvendo um experimento secreto do governo. À medida que Tetsuo perde o controle, seu poder ameaça destruir a cidade novamente, enquanto Kaneda tenta salvar seu amigo e desvendar os mistérios em torno de Akira, uma entidade poderosa e enigmática ligada ao desastre original.
Versailles no Bara
Ano: 1979/Outono
Episódios: 40
Estúdio: Tokyo Movie Shinsha
Classificação: 13+
Antes de você, existiram pessoas que captaram com sensibilidade a beleza do milagre humano. E depois de você isso continuará a se repetir.
“A Rosa de Versalhes” é nosso clássico dos clássicos e anime favorito de todos os tempos por uma razão: do início ao fim, não há pontas soltas ou barrigas desagradáveis. Essa é uma adaptação difícil, da maestral Riyoko Ikeda, de um dramalhão improvável a ressoar tanto como ressoa com a modernidade. E se Clarice Lispector e Haruki Murakami tivessem um filho em forma de anime/mangá? Sem mais detalhes!
(Já falamos que a abertura é genial?)
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Sinopse: Após várias tentativas de ter um herdeiro, o general Reynier decide criar sua sexta filha como homem para sucedê-lo na carreira militar. Oscar de Jarjayes cresce uma guerreira hábil, e de rígido código moral, mas que tem que se provar a todo momento pelo seu sexo. Oscar é eventualmente designada, à contragosto, como guarda particular da futura rainha francesa Maria Antonieta, por quem começa a se afeiçoar. Porém, com o iminente estourar da revolução, Oscar deve escolher entre sua lealdade à rainha, ou se juntar à resistência contra as injustiças da nobreza.
Perfect Blue (1998)
Ano: 1998
Duração: 81 minutos
Estúdio: Madhouse
Classificação: 18+
E se seus piores pensamentos intrusivos se tornassem animação? “Perfect Blue” é um dos melhores registros sobre paranoia e angústia, não por acaso caiu nas graças do público de todo o mundo e virou até inspiração para “Cisne Negro” (2010). Dá para falar mais sem dar spoilers?
Sinopse: Mima Kirigoe é uma jovem idol que abandona sua carreira musical para se tornar atriz. À medida que tenta se reinventar em papéis mais ousados, Mima enfrenta críticas de fãs e colegas, enquanto lida com um perseguidor obsessivo e um site que documenta sua vida em detalhes perturbadores. Gradualmente, a linha entre realidade e ilusão começa a se desfazer, levando Mima a questionar sua sanidade e identidade.
Shinsekai yori
Ano: 2012/Outono
Episódios: 25
Estúdio: A-1 Pictures
Classificação: 17+
Quem vê a animação da “Shinsekai yori” (lit. “Do Novo Mundo”) nem imagina que é o mesmo estúdio de “Magi” ou “Shigatsu wa Kimi no Uso”. Sem abertura, com trilha desconcertante e feérica, nos sentimos desconcetantemente presos no vale da estranheza, porém sempre conectados com nosso grupo de protagonistas: os vemos crescer, brincar, e amadurecer. O que nos faz humanos, afinal? Shinsekai yori tenta responder de forma muito bonita.
Sinopse: Mil anos no futuro, em um mundo onde humanos desenvolveram habilidades psíquicas conhecidas, conhecemos Saki Watanabe e seus amigos enquanto crescem em uma sociedade aparentemente utópica, mas que esconde segredos perturbadores, incluindo rígidos controles sociais e a verdade sobre os humanos sem poderes. Ao explorar a história de sua civilização, os jovens descobrem as consequências sombrias do uso do poder, as injustiças do sistema e as ameaças representadas por criaturas chamadas queerats.
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Yojouhan Shinwa Taikei
Ano: 2010/Primavera
Episódios: 11
Estúdio: Madhouse
Classificação: 17+
Ao que a história seja da mais banal, o que torna “Tatami Galaxy” especial é a sensibilidade em propor reflexões diferentes a partir da inovação do seu formato: cada episódio compõe uma espécie de antologia com história maior por trás, recorrendo à diálogos inteligentes e montagens fora da caixinha para nunca te deixar prever o próximo passo.
Sinopse: Preso em um ciclo repetitivo, em busca de uma vida universitária perfeita, um estudante sem nome explora diferentes clubes e amizades em cada episódio, apenas para enfrentar decepções semelhantes e chegar à conclusão de que suas escolhas não são tão importantes quanto sua perspectiva sobre a vida. Acompanhado por personagens excêntricos, como o misterioso Ozu, seu amigo manipulador, e a enigmática Akashi, ele aprende a valorizar o presente e a assumir responsabilidade por sua própria felicidade.
Aria
Ano: 2005/Outono
Episódios: 52+4 OVA (divididos em 3 temporadas + especiais)
Estúdio: HAL Film Maker
Classificação: Livre
Frequentemente mencionado como uma referência dos “animes de cura” (iyashikei), a série “Aria” busca um retorno a uma vida mais simples, até idílica, para não só relaxar, mas nos lembrar de coisas simples que, pela vida corrida moderna, talvez tenhamos esquecido.
Sinopse: No século 24, na pacífica cidade de Neo Venezia, um local inspirado em Veneza, situado no planeta terraformado Aqua, antiga Marte. A história segue Akari Mizunashi, uma jovem aprendiz de gondoleira, ou ‘undine’, que trabalha na Aria Company e aspira se tornar uma undine profissional. Ao lado de suas amigas e mentoras, Akari descobre as belezas simples da vida cotidiana, os mistérios encantadores de Neo Venezia e a conexão única entre as pessoas e a cidade.
Ping Pong The Animation
Ano: 2014/Primavera
Episódios: 11
Estúdio: Tatsunoko Production
Classificação: 13+
Se você gosta de shows como “Eizouken”, em que o que importa é menos qual a história, mas como se conta, “Ping Pong The Animation” oferece uma perspectiva frenética ao tênis de mesa, em que a personalidade dos personagens transborda na representação e ganhamos de bônus um divertido conto sobre amadurecimento.
Sinopse: Dois amigos de infância, Peco e Smile, cujas personalidades opostas os levam a jornadas distintas no mundo do tênis de mesa competitivo. Enquanto Peco busca recuperar sua paixão pelo esporte após um momento de crise, Smile luta para equilibrar seu talento excepcional com sua falta de ambição.
10 Animes Cult que Você Vai Amar; “Rosa de Versalhes”. Imagem Destacada: Divulgação/Manga Entertainment US (via TMDB)
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