No dia 5 de março de 1887, nascia Heitor Villa-Lobos e, justamente pelo nascimento do maestro, a data é o Dia Nacional da Música Clássica. Para comemorar os 130 anos de nascimento de um dos expoentes da música erudita brasileira, uma série de eventos e homenagens estão acontecendo em todo o Brasil.
Além disso, o resgate de diversas obras de Villa-Lobos estão acontecendo. Recentemente, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) executou e registrou a “Sinfonia nº 2 – Ascensão”, a fim de completar o acervo de gravações integralmente brasileiro.
Um pouco sobre Villa-Lobos
Dono de um espírito irrequieto e criativo, típico da vanguarda modernista, Villa-Lobos é conhecido também por sua ironia. Quando perguntado, certa vez, se foi uma “criança-prodígio”, respondeu que era, “sim, um velho prodígio”. E foi um pouco desse espírito impetuoso que Zelito Viana revelou em seu filme “Villa-Lobos”, de 2000.
Suas obras refletem o rompimento com o academicismo vigente no século XIX e uma brasilidade ainda inédita na música clássica. Mesmo com a educação musical europeia, que é óbvia em suas obras, o som da mata, dos índios e do espírito brasileiro também são evidentes.
Músicas como “O Canto do Cisne Negro”, “Trenzinho do Caipira” e “Melodia Sentimental” são algumas que merecem atenção, especialmente para quem vai conhecer agora o compositor.
Na intenção de criar música de qualidade inspirada em grandes compositores como Bach, é que o maestro brasileiro criou a série “Bachianas Brasileiras”, uma série de nove composições realizadas entre 1930 e 1945 que fundem música caipira com a estética europeia.
Confira um pouco da qualidade da música de Villa-Lobos executada pela respeitadíssima Filarmônica de Berlim.
https://www.youtube.com/watch?v=maQ8t8mJkTM
Por Thais Isel
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