O mundo é cheio de opiniões, e a desse redator ranzinza é só mais uma questionável. Esses sete animes dessa lista encontram-se bem colocados no famoso ranking, por voto popular, de melhores animes do MyAnimeList. No entanto, por uma razão ou outra, este quem vos fala acredita que talvez eles não sejam essa coca cola toda — o que não quer dizer que sejam ruins de verdade!
Disclaimer: se um anime mais bem posicionado não foi mencionado é possível que não tenha assistido para desenvolver opinião a respeito — alô, Frieren, ou simplesmente tenha preguiça demais para elaborar — isto é para você, One Piece. As posições no ranking levam em consideração a data da escrita, além de considerarem a melhor colocação em caso de múltiplas temporadas.
Fullmetal Alchemist Brotherhood
Posição no ranking MAL: #2
A joia da coroa dos animes, reinante absoluto e tido por muitos como o melhor anime de todos os tempos. Forte, não é? Essa não é uma opinião tão impopular assim, o que pode estar ligado a esse status, as vezes até “cult” que a série ganhou com o passar dos anos: há tanta expectativa e uma premissa tão boa que receber menos que uma experiência catártica e transformadora de vidas pode ser decepcionante.
Seguindo com mais fidelidade a trama do mangá, em oposição ao anime de 2003 que teve que divergir por ter alcançado antes da hora os capítulos do material original, FMAB é tido como referência em como se adaptar uma obra, como fazer shounen, mulheres fortes, etc. Em comparação com seu antecessor, por exemplo, o anime de 2009 fez menos justiça à apresentação do sistema mágico e dos heróis principais em contato com a alquimia.
Em um plano maior, há ideias muito interessantes sendo trabalhadas aqui, desenvolvimentos de personagens bem trabalhados como raramente se vê e um universo delicioso de ser explorado — retomamos ao ponto do último parágrafo. O que talvez deixe as pessoas se levarem um pouco além da conta é que, embora tenha simbolismos interessantes, a filosofia da série não é tão profunda como costumam dizer por aí — e está tudo bem com isso!
Shingeki no Kyojin (Attack on Titan)
Posição no Ranking MAL: #5
Mal sabíamos onde estávamos nos metendo naquele fatídico dia de abril de 2013 quando Shingeki no Kyojin veio às telinhas pela primeira vez. Dessa vez, não nos prolonguemos muito: Shingeki é um queijo-suíço e o próprio autor tem ciência disso.
Não se engane pelos belos visuais, uma trilha sonora impecável e abordagem de temas tão profundos. Shingeki vira inimigo de si mesmo e não consegue sustentar no próprio argumento. O resultado? Uma trama confusa e que se apoia em valor de choque, apologia àquela palavra com g, e um protagonista insofrível.
Falar de temas mais “adultos” e contemplativos está longe de ser sinal de qualidade, e isso serve para outros dessa lista.
Fruits Basket (2019)
Posição no Ranking MAL: #13
Arrancador de suspiros, Fruits Basket/Furuba está em toda lista de shoujo que se deve assistir. Um clássico que conseguiu a difícil glória de ser ressuscitado após uma adaptação incompleta (2001). Para além de visuais fofinhos e trilha sonora que te faz querer viajar para dentro da tela, é difícil como cético aguentar 63 episódios de chororô de ponta a ponta.
Não leve a mal: Fruits Basket é bom e cumpre o que promete entregar, mas apele demais tentando a todo momento te fazer chorar, diálogos pouco convincentes e uma fórmula que se repete à exaustão. Particularmente, embora não deva pesar na análise, a protagonista também é difícil de engolir (e o mesmo para Yuki Soma).
Violet Evergarden
Posição no Ranking MAL: #66
Ainda mais drástico que Furuba é a encarnação da Síndrome de A Dani Senta Com Carinho; é possível aproveitar a mesma formula todo episódio e se safar porque tem visuais bonitos? — e, sendo sincero, genéricos — Caso encerrado.
Vinland Saga
Posição no Ranking MAL: #34
Não mexa com os fãs de seinen: eles só conhecem três animes.
Está bem, brincadeiras a parte. Vinland Saga é bom em sua proposta, mas é mal compreendido. Quando estreou, Vinland recebeu comentários muito elogiosos de sua narrativa sombria e cínica, o que mudou com o fim do prólogo, rumo a um tom mais contemplativo. Nesse meio de tempo, alguns fãs pularam do barco, sem perceber (ou percebendo e achando um tédio) a crítica da obra.
Feita essa reserva, Vinland Saga é excessivamente arrastado, tanto prólogo quanto após, e se não entrega nas batalhas — que não são o foco — você ainda pode esperar meia dúzia de episódios por alguma migalha de desenvolvimento de personagens. Na dúvida? É melhor ler o mangá.
Kimetsu no Yaiba (Demon Slayer)
Posição no Ranking MAL: #41
Esta não é uma opinião tão impopular. Demon Slayer é um excelente arroz com feijão, embora fazer seu trabalho bonitinho como shounen possa dar a impressão que ele é mais do que realmente é — e quem há de duvidar que sua animação não é daquilo que há de mais extravagante na indústira? Kimetsu é bom, possui uma trama redonda e não vira vítima de sua própria pretensão. Talvez por isso, por não mirar voos mais altos, também lhe falte um tempero além de “bom shounen”.
Mo Dao Zu Shi
Posição no Ranking MAL: #180
Nem tão conhecido, nem tão popular, nem japonês. Mo Dao Zu Shi adapta o romance danmei de mesmo nome, por Mo Xiang Tong Xiu. Tanto a adaptação quanto a série original sofrem com questões envolvendo a censura, embora sob toda dúvida, consulte o material original, que é mais potente. MDZS está aqui por, em primeiro lugar, ser morno e, em segundo, não fazer justiça ao texto de MTXT.
Vale dizer pesando a mão na crítica: se você já leu uma das histórias de MXTX, você já leu todas, e MDZS é o xiaxia prototípico.
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