Os detratores podem dizer tudo sobre Martin Scorsese, mas o que não podem acusá-lo é de ser covarde. Como prova, basta voltar a 1988, quando o mestre lançou seu “A Última Tentação de Cristo”, gerando polêmicas em torno da forma como retratou Jesus, interpretado por Willem Dafoe.
Scorsese apresentou um Cristo cheio de dúvidas, angústias e conflitos internos, incluindo uma sequência onde Jesus imagina uma vida com Maria Madalena. Essa abordagem mais humanizada provocou reações fortes de grupos religiosos conservadores, que consideraram o filme blasfemo e uma afronta à fé cristã.
A coisa foi tão feia que houve manifestações em todo Estados Unidos, com protestos organizados por líderes religiosos e grupos conservadores, que pediam o boicote ao filme e até mesmo ameaçavam boicotar outros trabalhos de Scorsese
Agora, Scorsese vai fazer um novo filme sobre Jesus, mas dessa vez tem ao seu lado o líder supremo da igreja católica, o Papa Francisco. Segundo o cineasta, em entrevista a Variety, foi do próprio Papa a ideia depois que eles se encontram na Itália:
“Respondi ao apelo do Papa aos artistas da única maneira que sei: imaginando e escrevendo um roteiro para um filme sobre Jesus”
O fato é que seria interessante se seguisse a premissa de “A Última Tentação de Cristo”, que é um exemplo marcante de como a arte pode gerar polêmicas profundas quando desafia crenças arraigadas e aborda questões religiosas sensíveis.
Não se sabe, contudo, quando ele começará a filmar, mas com toda a pressão de uma ordem papal, não pode demorar muito.
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