Com estreia em 6 de novembro, “Arcane” é a série sobre o universo de “League of Legends” em parceria com a Netflix. Sendo originalmente planejada meio aos anúncios de comemoração de dez anos do jogo, mas adiada devido à pandemia, Arcane teve uma estreia explosiva, com três episódios disponibilizados de uma vez e promoção massiva, o suficiente para desbancar a também queridinha e sucesso instantâneo “Round 6”, alcançando o 1º lugar em 38 países.
O lançamento de uma série de League of Legends já era aguardado há muito pelos jogadores, levando em conta o material de sobra da história do jogo para a criação de um drama épico. E a própria Riot Games sempre alimentou os jogadores com essa esperança, lançando cinemáticas promocionais para ocasiões especiais, como início de uma nova temporada; é o caso de “Warriors” (2020).
Poderia se associar esse fenômeno puramente com o marketing pesado da Riot Games para alavancar a sua mais nova jóia da coroa, afinal, no dia do lançamento, a Riot apostou em livestreams em seus canais oficiais e de parceiros valendo prêmios, um spin-off para celular “Hextech Mayhem”, uma visual novel — também oferecendo benefícios in game (e vale lembrar que League é o jogo mais jogado do planeta) — e propagandas não somente na internet como pôsteres nos grandes centros urbanos pelo mundo, fáceis de se encontrar em um passeio pelo metrô de São Paulo, por exemplo. Entretanto, dias após o lançamento, a repercussão continua firme e forte, ainda tendo pendentes os lançamentos de outros seis episódios divididos entre os dias 13 e 20 de novembro. A razão para isso? Talvez uma espiadinha no conteúdo seja mais que suficiente para entender o porquê.
A animação foca o enredo no núcleo de Piltover — a dita “cidade do progresso” — e Zaun, uma cidade permeada pela criminalidade no subterrâneo de Piltover. Nessas realidades tão diferentes, jovens inventores prodígio estão escrevendo a história que irá transformar suas vidas e o mundo para sempre. Para os já familiarizados com a história do jogo, poderão conhecer um pouco mais e entender as origens, por vezes até então obscuras, do passado de personagens como Jinx, Vi, Heimediger, Caitlyn, Viktor, Jayce e outros. A narrativa, porém, é competente em apresentar todo contexto necessário a um público leigo, ao mesmo passo que a todo momento entrega, aos fãs antigos, referências sobre os contos/lore de League — sem estragar a experiência de nenhum dos lados, seja subestimando a inteligência do telespectador ou sendo excessivamente didática.
Arcane traz as explicações para perguntas que há muito tempo eram feitas pela comunidade, como “por que Jinx se tornou quem é”. E, ainda que seu destino já seja conhecido, a série mostrou-se, em três episódios, muito capaz de entregar o divertimento não através do fim, mas de como a trama é conduzida. A aqueles espertinhos, vale uma (re)visitada à trama do jogo e mesmo a “Get Jinxed” (2013), afinal, anos depois de escritas, algumas falas e versos finalmente fazem sentido.
Ainda não se sabe quão longe a série abordará as questões do universo, como sobre a verdadeira origem dos “Cristais Hextech”, ou se as teorias que estão transbordando nas redes sociais irão se confirmar nos próximos capítulos, mas o sucesso estrondoso já acende as expectativas de uma sequência focando em outras regiões do universo de Runeterra. Uma coisa é certa: Depois de anos de espera, o trem do hype descarrilou e está completamente sem controle.
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