Demos uma pausa breve na nossa trilogia A.G.HOWARD (O lado mais sombrio e Atrás do espelho) porque em tempos frios de agosto (tá gelado!), com a chegada da queridíssima Bienal do Livro, e com a recente estreia de “Annabelle 2: A criação do mal”, resolvemos nos aventurar por mares, sim, já antes navegados, mas que infelizmente não são tão bem explorados.
Exaltado em muitos filmes de sucesso – outros nem tanto – o gênero Terror (ou Horror, como rege a nomenclatura) funciona muito bem quando transpassa o script e vai sem escala para as telonas. No entanto, o que é válido ressaltar, é que até a década de 60, por exemplo, o gênero era mal visto. Chegava até mesmo ser renegado pelos ditos intelectuais da época.
Mas tudo que é realmente bom acaba transpondo as críticas e colocando a cara para bater, e foi assim que nomes como Edgard Allan Poe e Stephen King se consagraram tanto nas telonas quanto na Literatura. Aliás, a Inglaterra também já mostrava como se fazia o dever de casa. E não só serviu de inspiração para as histórias macabras, como diversas vezes também foi o palco de muitas delas.
Mas e o Brasil? Pois é… “farinha pouco, meu pirão primeiro”. O que nós temos para mostrar quando o assunto é medo(!) ? Infelizmente ainda estamos muito aquém do que o gênero realmente é considerado. Mas isso não significa que as coisas não possam mudar. A temática vem crescendo e alguns nomes se destacam nessa névoa sombria que é nossa literatura do Horror.
De cara temos André Vianco. O cara é o primeiro na sucessão ao trono. Esse aí conseguiu fazer seu nome nesse mar de difícil navegação. Fã assumido dos autores já citados acima, Vianco resolveu encarar a dificuldade e já é um dos autores mais conhecidos quando o assunto é terror.
Mas ainda tem uma galera que busca seu lugar ao sol. E em apoio a essa ascensão será lançado na Bienal do Livro desse ano o livro “Narrativas do Medo”, onde nada mais, nada menos que 17 novos escritores se reúnem e contam a mais nova Literatura do Terror a la Terra Brazilis.
O livro será lançado pela editora Autografia – através do seu novo selo Neblina – e promete reinventar o cenário nacional. Sem contar que obra deu espaço para autores novos, que têm nessa compilação a oportunidade de mostrar o quanto são bons quando o assunto é terror.
Nomes como Cesar Bravo, que é o mais novo escritor da Editora Darkside Books – uma das maiores do gênero -, Rô Mierling, uma mulherona da po*** esfregando na cara da sociedade que o terror não tem lados, e Marcus Barcelos, o cara quando se trata do terror sobrenatural.
Outros nomes independentes e menos conhecidos também engendram o enredo. E assim, a passos lentos – mas sem deixar de andar – mostramos que não deixamos nada a desejar quando o assunto é colocar medo “nos amiguinhos”.
É importante ressaltar, deixar claro mesmo, que esse ainda é um mercado em crescimento. E que muitos e muitos autores talentosos estão por aí esperando uma única oportunidade de mostrar que podem deixar nossos companheiros ingleses no chinelo.
Ainda falta investimento, afinal, a indústria literária é um veículo por si só, caro. E algumas editoras tornam esse processo de publicação mais difícil. Se ao analisarem um livro, e ele, por alguma razão não for “vendível”; a obra acaba voltando para gaveta. E nós, leitores, perdemos a oportunidade de conhecer mais um novo talento.
Como tudo no Brasil, temos que lutar contra os preconceitos e com a não-aceitação do trabalho alheio. O Terror é um gênero que merece seu respeito. Porque senão, corre o risco dele puxar seu pé à noite enquanto você dorme.
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