Banda apresentou a turnê de seu novo álbum, mas empolgou mesmo com as músicas já conhecidas
A banda inglesa Bastille é, aqui no Brasil, mais um daqueles casos em que todo mundo conhece a música mas não sabe de quem é. Por isso, embora tivesse um número até expressivo de fãs em frente ao Palco Mundo na hora da apresentação, a maioria era formada por fãs que aguardavam Coldplay e até mesmo Camila Cabello, e curiosos. Mas conforme os hits foram se sucedendo, o público que não era íntimo da banda ia ligando o nome à pessoa.
O show visto no Rock In Rio faz parte da turnê do álbum “Give Me the Future”, lançado em fevereiro desse ano. Essa tour traz como temática um sistema operacional futurista chamado Future Escape. Entre uma música e outra, o telão exibe uma mensagem de “carregando a experiência”.
A primeira música é também a faixa que abre o disco, “Distorted Light Beam”. A terceira faixa, “Good Grief”, do segundo álbum “Wild World”, já teve uma recepção bastante calorosa.
Simpático e carismático, o vocalista Dan Smith se desculpou por seu português ser “uma merda”. O segundo hit da banda a emplacar, “Flaws”, do primeiro disco, “Bad Blood”, ganhou uma belíssima versão no violão e piano, com o acompanhamento da competentíssima backing vocal da banda, Bim, que era sempre muito aplaudida quando ganhava destaques ao longo da apresentação.
“Happier”, colaboração do Bastille com Marshmello (que esteve no RIR uma semana antes), como se esperava, levantou a plateia, que sacolejava e cantava o refrão “I want you to be happier, I want you to be happier”. Nessa hora Dan desceu para um contato bem próximo de quem estava no gargarejo.
Houve espaço até para um momento nostalgia da dance music dos anos 90 em “Of Night”, que consiste em um cover de “Rhythm Is a Dancer” do Snap!, emendado no outro sucesso das pistas da época, “Rhythm of the Night”, que era cantado pela brasileira radicada na Itália Corona.
O maior hit do Bastille ficou para o final. “Pompeii”, sucesso instantâneo do primeiro álbum era onipresente em sua época de lançamento e ninguém ficou parada com sua batida potente.
O Bastille fez um show empolgante, mostrando não ser refém de um hit só, e parece ter caído no gosto da plateia do RIR, embora tenha um perfil que se aproxima mais das atrações do Lollapalooza. Poderiam, inclusive terem entrado logo antes do Coldplay, não fariam feio e renderia uma boa coesão.
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