Selecionado para o Cannes Classics e concorrendo ao L’Œil d’or
O novo longa de Eryk Rocha foi selecionado para o Festival de Cannes 2016, sendo apresentado na seção Cannes Classics, parte da seleção oficial do festival que é voltado para filmes clássicos e do patrimônio do cinema mundial com cópias restauradas, além de filmes que homenageiam o cinema.
“Em 2004, apresentei em Cannes o curta “Quimera”, que participou da Competição Oficial. É uma grande alegria voltar a Cannes 12 anos depois para apresentar o documentário “Cinema Novo”. Acredito que esse é um momento pertinente para o nascimento desse filme, que traz a força, a poesia e a política desse movimento que fecundou e inventou uma nova forma de fazer cinema no Brasil. Uma geração que imaginou o cinema inserido num projeto maior de país. O desejo do filme foi mergulhar na aventura da criação dos seus autores e suas poéticas. Lançar o Cinema Novo no presente, em pleno movimento, e perceber como esses filmes seguem ecoando e dialogando visceralmente com o Brasil contemporâneo. Uma das matrizes que o filme quer revelar é a interrupção que o movimento sofreu a partir do golpe civil-militar de 1964, e o trágico desdobramento do Ato 5, em 1968. Nesse momento, estamos vivenciando um iminente risco de golpe institucional e novamente, uma interrupção. Apesar de serem contextos históricos distintos, há graves semelhanças entre esses dois processos.” – Eryk Rocha (Cineasta/Diretor).
O filme “Cinema Novo” é um ensaio que investiga poeticamente o principal movimento cinematográfico latino-americano, através do pensamento dos seus principais autores: Nelson Pereira do Santos, Glauber Rocha, Leon Hirszman, Joaquim Pedro de Andrade, Ruy Guerra, Cacá Diegues, Walter Lima Jr, Paulo César Saraceni, entre outros. Ele concorre ao prêmio L’Œil d’or (Olho de Ouro), entregue ao Melhor documentário do Festival de Cannes, escolhido a partir de todos os documentários selecionados em todas as mostras, oficiais e paralelas.
Segundo o diretor, o projeto nasceu em uma conversa com o Canal Brasil e o produtor Diogo Dahl, se tornou um grande parceiro nessa caminhada uma vez que ele possui uma ligação afetiva muito grande com o tema. Composto de múltiplos fragmentos de filmes e arquivos, “Cinema Novo” é fruto de um extenso processo, com nove meses de montagem, que contou o com trabalho do montador Renato Vallone. Além disso, a participação das famílias dos autores foi de suma importância para construir o filme.
Ainda não há data de lançamento para o documentário no Brasil, então só nos resta aguardar e torcer para que um produto nacional possa levar o prêmio L’Œil d’or no 69° Festival de Cannes 2016, que ocorrerá do dia 11 à 22 de maio.
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