Woo! Magazine

Menu

  • Home
  • Editorias
    • Filmes
    • Séries/TV
    • Música
    • Geek
    • Literatura
    • Espetáculos
  • Especiais
    • SpotLight
      • Lollapalooza
      • D23
      • CCXP
      • Mostra SP
      • Festival do Rio
      • Rock in Rio
      • The Town
      • Bienal do Livro
      • Game XP
    • Entrevistas
    • Premiações
  • Streamings
    • Netflix
    • Amazon Prime Video
    • HBO Max
    • Disney+
    • Apple TV+
  • Listas
  • Colunas
    • Curiosidades
    • Terror
    • Internet
    • Business
    • Tecnologia
    • Esportes
    • Gravellizar

Siga nas Redes

Woo! Magazine

A imaginação ao seu alcance

Digite e pressione Enter para pesquisar

Woo! Magazine
  • Home
  • Editorias
    • Filmes
    • Séries/TV
    • Música
    • Geek
    • Literatura
    • Espetáculos
  • Especiais
    • SpotLight
      • Lollapalooza
      • D23
      • CCXP
      • Mostra SP
      • Festival do Rio
      • Rock in Rio
      • The Town
      • Bienal do Livro
      • Game XP
    • Entrevistas
    • Premiações
  • Streamings
    • Netflix
    • Amazon Prime Video
    • HBO Max
    • Disney+
    • Apple TV+
  • Listas
  • Colunas
    • Curiosidades
    • Terror
    • Internet
    • Business
    • Tecnologia
    • Esportes
    • Gravellizar
Instagram Tiktok X-twitter Facebook Pinterest
CríticaFilmes

Crítica: A Casa que Jack Construiu

Avatar de Rodrigo Chinchio
Rodrigo Chinchio
1 de novembro de 2018 3 Mins Read

AVISO: ESTA CRÍTICA CONTÉM SPOILERS

A Casa que Jack Construiu 10Lars Von Trier nunca foi um cineasta fácil, seus filmes seguem caminhos subjetivos que abrem discussões acaloradas de quem os defendem com aqueles que os odeiam. Porém, gostando ou não, obras como “Melancolia”, “Anticristo” e “Ninfomaníaca” são vistas como representações artísticas respeitáveis, levando em consideração suas inovações narrativas e estéticas. Von Trier usa elementos externos e, principalmente, internos para criar. O interno toma forma em uma situação ou personagem que são a essência de seu criador. Por isso, o novo “A Casa que Jack Construiu”, pode ser entendido como uma espécie de carta de arrependimento ou tentativa de redenção por tudo que Von Trier foi acusado nos últimos anos: o banimento do festival de Cannes por ter dito que entendia Hitler, as acusações de misoginia que muitos veem impressos em alguns de seus longas e os maus-tratos a algumas atrizes com quem trabalhou. Claro que outros diretores famosos já podem ter feito filmes como terapia, mas não de forma tão clara como cineasta dinamarquês fez aqui.

A trama segue Jack (Matt Dillon), um serial killer com transtorno obsessivo compulsivo por limpeza, que executa suas vítimas – em sua maioria mulheres – e as mantêm em uma câmara frigorífica como se fossem uma coleção pessoal, para depois posicionar os corpos e tirar fotos do resultado, instituindo o que chama de arte da destruição. Ele é convicto de que está em um processo criativo durante aqueles atos bárbaros. Sua justificativa é que, na decomposição, o material orgânico se transforma em carbono e volta ao ambiente para criar, no futuro, novos organismos. Ou a vida a partir da morte. Paralelamente ele projeta e começa a erguer o que diz ser uma casa perfeita, porém, nunca consegue avançar além da estrutura. Quando não é o material que o desagrada é o terreno que está fora do padrão ideal. Incapacitado de construir algo, ele precisa destruir (e achar que constrói no processo) para se realizar artisticamente. As vítimas são telas em branco que precisam ser trabalhadas.

A Casa que Jack Construiu 8

Jack narra toda a sua trajetória em um diálogo em Off com o poeta romano Virgílio, que não vê nas aberrações do assassino algo sequer que o aproxime de um artista, fazendo o clássico e pós-moderno entrarem em conflito. A narrativa é construída em cinco capítulos e um epílogo, sendo cada capítulo um assassinato. No meio dos capítulos há ilustrações para explicar algum ponto filosófico da discussão. O que torna “A Casa que Jack Construiu” tão magistral é a evidente transposição de Von Trier para a tela na pele de Jack.  Como exercício de autocrítica, os crimes pelos quais é acusado (injustamente ou não) são representados pela violência gráfica e ideológica. Mulheres sofrem cruelmente, a arte nazista/fascista é exaltada, a sua própria arte é julgada e destruída e, enfim, é enviado ao inferno, onde caminha junto de Virgílio, seu guia até as profundezas onde será  sua morada eterna. A câmera não tem vergonha da violência e registra tudo sem cortes. Movendo-se em seu eixo horizontal e dando zooms rápidos nos rostos dos atores, parece ansiosa por mais sangue derramado ao vislumbrar potenciais presas antes de abatê-las. Fotografado com a crueza da granulação, o filme possui explosões de cores ao mostrar o furgão e as peças de roupa do psicopata em vermelho intenso, na mesma proporção do que é visto no cenário dos crimes e no inferno.

Jack/Von Trier tenta fugir do inferno, mas acaba caindo no seu último nível, onde estão as almas que mais sofrem. A tela preta vem a seguir e com ela a música de Ray Charles enche as caixas de som do cinema com os refrães: ”Hit the road Jack and don’t you come back no more, no more, no more, no more…”, deixando a dica de um possível final da carreira do cineasta ou seu recomeço em um próximo filme mais otimista.

Esta crítica faz parte da cobertura da 42ª Mostra de Cinema de São Paulo

 

 

Reader Rating2 Votes
5.1
10

Quer estar por dentro do que acontece no mundo do entretenimento? Então, faça parte do nosso  CANAL OFICIAL DO WHATSAPP e receba novidades todos os dias.

Tags:

DicasDramaFestivalMostra SPSão Paulo

Compartilhar artigo

Avatar de Rodrigo Chinchio
Me siga Escrito por

Rodrigo Chinchio

Formou-se como cinéfilo garimpando pérolas nas saudosas videolocadoras. Atualmente, a videolocadora faz parte de seu quarto abarrotado de Blu-rays e Dvds. Talvez, um dia ele consiga ver sua própria cama.

Outros Artigos

apostolo 03
Anterior

Crítica: Apóstolo

Não Me Toque
Próximo

Crítica: Não Me Toque

Próximo
Não Me Toque
2 de novembro de 2018

Crítica: Não Me Toque

Anterior
1 de novembro de 2018

Crítica: Apóstolo

apostolo 03

Sem comentários! Seja o primeiro.

    Deixe um comentário Cancelar resposta

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

    Publicidade

    Posts Recentes

    Pedro Sampaio em evento do House of Mouse Tour, em seu setlist no Rio.
    House Of Mouse | Disney Traz Evento Ao Rio Com Pedro Sampaio e Uma Experiência Inesquecível
    Joanna Colaço
    Ator Ncuti Gatwa como o Doutor de "Doctor Who" em série revival de 2024. Ele está dando as mãos para o telespectador, com ela em destaque para câmera, com um sorriso, e uma espiral futurística atrás dele.
    Doctor Who | Ncuti Gatwa se Despede da Série Após Duas Temporadas
    Amanda Moura
    Ivana Baquero, atriz protagonista de "O Jogo da Viúva", em imagem de capa promocional para filme da Netflix. Ela está com o rosto encoberto pelos ombros de um homem, mão esquerda sobre ele, revelando a aliança, e um olhar enigmático. O homem está de terno e de costas.
    O Jogo da Viúva | Conheça a História Real Que Inspirou o Longa da Netflix
    Amanda Moura
    HUnter Schafer interpretando Jules em "Euphoria". Atriz está com braço direito levantado (nossa esquerda da tela), olhando diretamente para a câmera, semi-dobrado, segurando duas folhas douradas pendentes, e um sorriso mostrando parcialmente os dentes de baixo.
    The Legend of Zelda | Hunter Schafer Pode Interpretar o Papel-título no Live-action
    Amanda Moura
    Taylor Swift em um fundo completamente branco, sentada com blusa azul claro e jeans do mesmo tom, sorrindo, cercada por seus seis primeiros álbuns de estúdio, em anúncio da compra de seus direitos.
    Taylor Swift Compra Suas Masters de Volta; Fãs se Preocupam com Reputation TV
    Nick de Angelo

    Posts Relacionados

    Ivana Baquero, atriz protagonista de "O Jogo da Viúva", em imagem de capa promocional para filme da Netflix. Ela está com o rosto encoberto pelos ombros de um homem, mão esquerda sobre ele, revelando a aliança, e um olhar enigmático. O homem está de terno e de costas.

    O Jogo da Viúva | Conheça a História Real Que Inspirou o Longa da Netflix

    Amanda Moura
    1 de junho de 2025
    HUnter Schafer interpretando Jules em "Euphoria". Atriz está com braço direito levantado (nossa esquerda da tela), olhando diretamente para a câmera, semi-dobrado, segurando duas folhas douradas pendentes, e um sorriso mostrando parcialmente os dentes de baixo.

    The Legend of Zelda | Hunter Schafer Pode Interpretar o Papel-título no Live-action

    Amanda Moura
    31 de maio de 2025
    Elenco do filme francês "Entre Dois Mundos" (2022) sentado em um cais.

    Entre Dois Mundos | O Discreto Interesse Burguês Pela Limpeza de Privadas

    Rodrigo Chinchio
    29 de maio de 2025
    Jason Statham como Levon Cade, protagonista de "Resgate Implacável". Ele segura com as duas mãos uma grande marreta e está vestido com um colete. De cara séria, ele está de frente para câmera e de trás para uma janela em semicírculo com luz natural diurna passando pelo ambiente escuro.

    Resgate Implacável | Jason Statham Brincando de Liam Neeson em Filme de Ação sobre Resgate de Adolescente

    Roberto Rezende
    28 de maio de 2025
    • Sobre
    • Contato
    • Collabs
    • Políticas
    Woo! Magazine
    Instagram Tiktok X-twitter Facebook
    Woo! Magazine ©2024 All Rights Reserved | Developed by WooMaxx
    ECO SHOW AMAZON BANNER