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CríticaFilmes

Crítica: Animais Fantásticos e Onde Habitam

Paulo Olivera
16 de novembro de 2016 7 Mins Read
A magia está de volta
 

afeoh-30Eis que a espera de três anos, desde o anúncio da produção, acabou e “Animais Fantásticos e Onde Habitam (AFEOH)” chegou aos cinemas nacionais, expandindo o universo mágico que foi acompanhado veementemente por crianças, jovens e adultos em longos anos, com os livros e adaptações literárias de Harry Potter. Essa “continuidade” universal é oriunda de um dicionário de criaturas mágicas catalogadas por Newt Scamander, ex-aluno de Hogwarts, usado pelos famosos bruxos da escola.

Iniciando essa nova saga, pois serão cinco filmes ao total, Scamander (Eddie Redmayne) chega à Nova Iorque com sua pequena maleta, trazendo nela um número enorme de criaturas, que conheceremos no decorrer do longa. Ao caminhar pela cidade, ele se depara com um aglomerado de pessoas que se intitulam a “New Salem” (Nova Salem) e pregam uma nova caça às bruxas, tendo como líder Mary Lou Barebone (Samantha Morton), uma mãe que se mostra abusiva com seus filhos adotivos, entre eles Credence (Ezra Miller). No meio do aglomerado, a mala de Sacander é trocada inconscientemente, dentro de um banco, com o no-maj – como são chamados os não-bruxos nos Estados Unidos – Jacob Kowalski (Dan Fogler), que acaba liberando sem querer uma das criaturas, o Pelúcio, que rouba tudo o que brilha. Depois de uma grande confusão no local, Jacob, sem saber, acaba liberando outras criaturas pela cidade, que terão que ser capturadas o quanto antes com a ajuda das irmãs Queenie (Alison Sudol), que pode ler os pensamentos das pessoas, e Porpentina Goldstein (Katherine Waterston), que é uma ex-aurora da MACUSA (Congresso Mágico dos Estados Unidos da América), e tenta recuperar a confiança de seus superiores, Percival Graves (Colin Farrell) e Seraphina Picquery (Carmen Ejogo).

Situado 70 anos antes da história do bruxo que vimos crescer e trazendo um enredo nunca antes lido ou exposto, o filme vem com inúmeras surpresas boas apesar da apreensão existente sobre o que poderia se esperar da obra. Quem cresceu com o universo mágico recebe agora uma obra adulta, afinal, os fãs também cresceram – ou já eram grandinhos, com um bom balanceamento entre os gêneros (aventura, drama e comédia) e camadas a serem destrinchadas, não só pelas citações de personagens famosos, mas pelo contexto sócio-político-econômico em que se encontrava aquele país nos anos 20.

Marcando sua estréia como roteirista, a autora J.K. Rowling mais uma vez provou o porquê de seu universo lúdico ser tão rico. Em sua lucidez, ela impregna o texto com situações cotidianas, trazendo vertentes históricas. Em uma América pós-Primeira Guerra e pré-depressão, temos um país em construção, fundamentalista, impregnado de preconceitos sociais, onde a presidente da MACUSA é uma mulher negra. Temos ainda a “proibição” de uma relação entre um bruxo e um no-maj, já que era proibida a união entre pessoas de tons de pele diferentes, a clandestinidade do álcool, devido à sua proibição, a influência da política (que deve crescer nos próximos filmes) sobre a conduta humana e, por fim, o temível bruxo Grindelwald (Johnny Depp), que vive fugindo e quer que aconteça uma guerra entre os povos para que haja uma supremacia mágica, muito familiar com a proposta da Segunda Guerra Mundial. Nesse último ponto, ainda temos que destacar que, no breve momento quem que aparece, vemos uma figura de pele branca, quase albina, loira e de olhos azuis, muito parecida com a pré-concebida concepção dos arianos.

Para apresentar seus personagens, J.K. resolveu não revelar muito sobre o passado de Newt Scamander, tendo poucas inserções históricas sobre ele, dando a possibilidade de crescer a magia de seus personagens na América. As irmãs Goldstein são transformadas em personificações complementares onde uma representa muito o que a outra guarda de si, ou seja, as duas podem ser uma única persona, mas se expõem de maneiras complementares. Por sua vez, o núcleo organizacional bruxo faz-se sombrio e por vezes duvidosa, mas não quanto ao fanatismo anti-magia – que nos remete aos preconceitos religioso, racial e sexual – pregado nas ruas da cidade, impregnado de automutilação, submissão e remorso.

Mas, afinal, estamos falando de um universo mágico e cadê as criaturas? Ainda no contexto social, mas já aderindo aos animais, J.K. usou uma tensão social causada por um ser mágico para dar início à saga. Com a fuga dos animais da maleta de Newt, aos poucos somos apresentados a eles e começamos a ter um afeto tão inconsciente e inocente pelas criaturas, como temos com os nossos pets. Desde os pequeninos, como Tronquilho, uma esperta e sentimental plantinha, e Gira-Gira, um tipo de mariposa que rende um dos melhores momentos em 3D, a criaturas maiores como a Occami, uma cobra/pássaro, e o imponente Pássaro-Trovão.

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Para a narrativa visual da obra, David Yates, que dirigiu os últimos quatro filmes da saga Harry Potter, voltou para dar a veracidade à produção, buscando balancear tenuamente uma aura dourada e paralelamente sombria. Embora não possamos considerar que houve uma boa direção de atores, uma vez que soa que os próprios são os responsáveis pela condução de suas personas, Yates conhece a magia de J.K. de tal maneira que nos transpassa a tela, através de seus planos e o formato como conduz a história. Porém, ainda que seja um filme introdutório, a direção sofre com a montagem de Mark Day demorando muito a pegar o ritmo necessário e abusando um pouco das despedidas finais.

AFEOH apresenta um casamento perfeito, quase irretocável, entre as áreas técnicas. A direção de fotografia de Philippe Rousselot – também diretor de fotografia em Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas – é de deixar qualquer um impressionado com sua tamanha facilidade em trabalhar com uma enorme paleta de cores, sem deixá-las exacerbar e angariando referências cinematográficas ao seu trabalho. Junto a ele, a equipe de efeitos visuais, CGI, mais uma vez mostra competência não só para reproduzir os elfos domésticos, dessa vez boêmios e mafiosos, como na construção, texturização, coloração e movimentação dos, literalmente, animais fantásticos.

Ainda dentro da estética, o departamento de Arte, que não podemos citar por se enorme, trabalhou numa construção real para o lúdico, trazendo referências do cinema mudo, noir, e até mesmo da Era de Ouro de Hollywood, que aconteceria anos mais tarde. Em vez de termos ambientações e roupas diferentes, tudo é muito palpável e associado a imagens corriqueiras, como o relógio da MACUSA, que marca a intensidade da vulnerabilidade entre a descoberta dos no-maj sobre os bruxos, nos lembrando, de maneira onírica, o relógio do Grand Central Terminal NYC. Isso sem falar na indumentária dos figurinos, que caem como uma luva em seus personagens e são um reflexo direto da época e de suas personalidades, transgressoras para a época ou não.

Embora a introdução com as notas da famosa melodia do tema original da saga antecessora, composto por John Williams, nos remeta a uma breve nostalgia juvenil, a trilha original de James Newton Howard vem com um primor incrível para selar a condução aventureira do filme. Sem tendências para nenhum gênero de história, dos que foram mencionados no início desta crítica, as músicas conseguem captar a perplexidade das situações, atenuando de maneira correta a dramaticidade sem cair na mesmice.

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Mas de nada adiantaria tantos artefatos se o elenco não fosse bom, não é mesmo? Eddie Redmayne, embora não tenha nenhuma surpresa em sua construção, conduz de maneira interessante o peculiar Newt que, junto a Dan Fogler, forma uma dupla cômica, no estilo O Gordo e O Magro, de forma menos exagerada, mas mais amistosa e leve. Dan por sua vez é o destaque do filme, não só por ser o único personagem com raízes verdadeiramente cômicas, mas Jacob Kowalski é uma representação do público/fã desse universo, que se vê no emaranhado de intrigas e aventuras com uma percepção de apego e deslumbre.

Katherine Waterston, que não se apresenta muito carismática, usa a sua identidade a seu favor para o desenvolvimento de Porpentina, mas ainda assim consegue cativar o espectador quando vem à tona o interior de sua personagem. Assim, de maneira oposta como havíamos falado acima, Alison Sudol traz uma Queenie sedutora ainda que, por vezes, ingênua, que conquista nossa atenção e aproveita para expandir sua representatividade com ao lado de Dan.

Com a breve passagem de Johnny Depp pela trama é um pouco difícil “qualificá-lo”, uma vez que seus últimos personagens, sendo um cópia do outro, e sua imagem como pessoa ficaram recentemente comprometidos. Mas deixando de lado o pessoal, essa pequena degustação pode vir a se tornar um grande ápice para a história, pelo menos é o que esperamos. Já a passagem de Colin Farrell, como o sombrio Percival Graves, tem um tom regular, onde o charme do próprio ator, configura uma presença única para seu personagem.

Finalizando a centralização dos personagens em destaque, temos uma representatividade e força absurdas com as aparições de Carmen Ejogo, como a presidente da MACUSA, Seraphina Picquery. Por outro lado, a abominável presença de Samantha Morton, dando vida a Mary Lou Barebone, nos impregna o peito de indignação pela forma coma suga a energia das crianças que a rodeiam, através da violência e dominação, como faz com Credence, de Ezra Miller.

Após assistirmos “Fantastic Beasts and Where to Find Them” – título original em inglês – temos que aceitar que os dramas familiares e de amadurecimento ficaram para trás e agora, mesmo de maneira fantástica, precisamos enxergar o mundo de forma real, cruel e palpável. Com o amadurecimento do público, não é de se espantar que o mesmo tenha acontecido com o novo filme, ousando dizer aqui, que o longa é de longe melhor que o melhor filme do Harry Potter, dada a maior autonomia de J.K. Você ri, se emociona e sai do cinema com vontade de ter a mala de Newt e replicando a fala do no-maj Jacob: “Sabe como sei que não estou sonhando? Eu jamais teria imaginação para isso”.

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AçãoAnimais Fantásticos e Onde HabitamAventuraColin FarrellComédiaDramaEddie RedmayneEzra MillerHarry PotterHumorJohn WilliamsKatherine WaterstonMagiaWarner

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Paulo Olivera

Paulo Olivera é mineiro, mas reside no Rio de Janeiro há mais de 10 anos. Produtor de Arte e Objetos para o audiovisual, gypsy lifestyle e nômade intelectual. Apaixonado pelas artes, workaholic e viciado em prazeres carnais e intelectuais inadequados para menores e/ou sem ensino médio completo.

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