Woo! Magazine

Menu

  • Home
  • Editorias
    • Filmes
    • Séries/TV
    • Música
    • Geek
    • Literatura
    • Espetáculos
  • Especiais
    • SpotLight
      • Lollapalooza
      • D23
      • CCXP
      • Mostra SP
      • Festival do Rio
      • Rock in Rio
      • The Town
      • Bienal do Livro
      • Game XP
    • Entrevistas
    • Premiações
  • Streamings
    • Netflix
    • Amazon Prime Video
    • HBO Max
    • Disney+
    • Apple TV+
  • Listas
  • Colunas
    • Curiosidades
    • Terror
    • Internet
    • Business
    • Tecnologia
    • Esportes
    • Gravellizar

Siga nas Redes

Woo! Magazine

A imaginação ao seu alcance

Digite e pressione Enter para pesquisar

Woo! Magazine
  • Home
  • Editorias
    • Filmes
    • Séries/TV
    • Música
    • Geek
    • Literatura
    • Espetáculos
  • Especiais
    • SpotLight
      • Lollapalooza
      • D23
      • CCXP
      • Mostra SP
      • Festival do Rio
      • Rock in Rio
      • The Town
      • Bienal do Livro
      • Game XP
    • Entrevistas
    • Premiações
  • Streamings
    • Netflix
    • Amazon Prime Video
    • HBO Max
    • Disney+
    • Apple TV+
  • Listas
  • Colunas
    • Curiosidades
    • Terror
    • Internet
    • Business
    • Tecnologia
    • Esportes
    • Gravellizar
Instagram Tiktok X-twitter Facebook Pinterest
CríticaFilmes

Crítica: É Apenas o Fim do Mundo

Avatar de Paulo Olivera
Paulo Olivera
20 de outubro de 2016 4 Mins Read
Lavando a roupa suja
 

04-e-apenas-o-fim-do-mundo-9-2“Ah, os filmes franceses…” – Dessa frase espera-se um suspiro ou uma bufada, afinal a oscilação de grandes obras à outras bem questionáveis já um uma marco comum no cinema francês, uma especie “ame ou odeie”. “É Apenas o Fim do Mundo” (Juste La Fin Du Monde), de Xavier Dolan, vencedor do Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes 2016, é um exemplar de ame, mesmo em silêncio, mesmo que não mereça, mesmo que machuque.

Se você já está habituado a filmografia do diretor, seis filmes ao todo, já percebeu que a famosa lavagem de roupa suja se tornou quase que um objetivo de vida, cada vez se superando por inúmeras qualidades, e nesse não seria diferente.

Após doze anos fora de casa, sem contato com seus parentes, o escritor Louis-Jean Knipper (Gaspard Ulliel) retorna a sua cidade natal, no interior da França, para um almoço em família onde aproveitaria para contar sobre sua morte iminente. Porém, ao se encontrar com sua mãe (Nathalie Baye), sua – praticamente desconhecida – irmã mais nova, Suzanne (Léa Seydoux), seu irmão, Antoine (Vincent Cassel), e sua cunhada, Catherine (Marion Cotillard), o ressentimento existente entre eles altera seus planos para aquele dia, despertando rixas antigas e seu breve convívio ali vai abaixo pela capacidade das pessoas de não ouvirem, nem amarem umas às outras, dando o lugar a solidão.

O roteiro, escrito pelo próprio diretor, adapta a peça homônima de Jean-Luc Lagarce e tem quase todo o desenvolvimento na casa onde Louis cresceu, resgatando memorias de momentos vividos ali e aumentando ainda mais o clima de tensão entre os familiares. Nele percebemos o quão poético e contraditório podem ser as relações humanas, construídas por segredos e por aqueles que resolveram se calar, pois, ainda que possua diálogos arrebatadores, é a omissão que dá o tom certo para esse drama.

Dolan, que se fez multiuso nesse projeto (produtor, diretor, roteirista e montador) acerta em grande parte de seu trabalho, menos na montagem. Ele consegue adaptar bem o espetáculo, desenvolve uma direção envolvente, extrai de seus atores cenas belíssimas, com atuações estonteantes, mas sua montagem oscila. É interessante perceber que ficamos tão entretidos e envolvidos com a história daquela família que do nada saímos dela, como um estalo, devido a condução, para depois voltarmos a orbita. Em alguns momentos, existe um distanciamento pessoal para com o que está sendo exibido, não por não nos identificarmos ou não gostarmos, mas por faltar algo que nos instigue a continuar ali. Com isso, entramos e saímos da narrativa algumas vezes.

Algo que nos induz a permanecer presentes é a escolha da trilha sonora, cheia de sucessos populares, como Dolan gosta de fazer em suas obras. Ela é inserida de forma bastante natural aos acontecimentos, soando quase que como uma outra presença, um personagem onírico para a vida deles.

ngCkX82tbmMXQ2DhP9vqZbtSume

Casando as trilhas e suas ocasiões vem a Direção de Fotografia de André Turpin que aposta em cores vivas, ainda possuam aparência de “velhas e empioradas”. Tal colorida proposta dá uma vida a morte e ausência de afeto, tornando o superficial em algo profundo e, em sua maioria, sombrio. Mesmo as cenas mais emocionantes, que se poderia abusar das cores, há uma sobriedade nelas e uma ousadia de múltiplos planos para compor a linguagem visual.

Ainda que os personagens sejam basicamente unilaterais e sigam perspectivas pré-estabelecidas, como o solitário escritor, a mãe descolada, a irmã meio rebelde, o irmão briguento e a cunhada submissa, não podemos de maneira alguma não aplaudir as atuações. As explosões de Cassel são tão palpáveis, que pode vir à nossa mente, com facilidade, um parente; Léa Seydoux que inicialmente não mostra o motivo de estar ali, ganha força e tem uma forte presença quando se aproxima do final, conquistando o público; enquanto Léa Seydoux, como a mãe, é o a única perda ali, afinal ela é uma atriz incrível e fica relativamente subaproveitada.

Gaspard Ulliel, usa do rosto de bom moço a seu favor atraindo a atenção para ele. Seu trabalho como ator baseia-se na vulnerabilidade da omissão, por acreditar que seja a melhor postura e consegue passar sua mensagem. Porém, mais uma vez, Marion Cotillard é um orgasmo. Assisti-la sendo a submissa e silenciosa Catherine é de arrepiar. A forma como ele conduz seu olhar, narra sua construção através da postura e, nos poucos momentos em que sua voz é ecoada, é literalmente um banho de interpretação e inspiração, ousando dizer que Cotillard é a melhor atriz francesa desses últimos anos.

Se as relações familiares são um clichê cinematográfico nós já sabemos, mas não esperávamos tanto frescor vindo de um filme francês. O amor em sua plenitude faz de “É Apenas o Fim do Mundo” uma obra de reconhecimento pessoal, libertador em suas vulnerabilidades, mas acima de tudo, uma reflexão do que deixamos marcado na vida das pessoas que nos rodeiam. Maravilhoso.

Reader Rating0 Votes
0
9.2

Quer estar por dentro do que acontece no mundo do entretenimento? Então, faça parte do nosso  CANAL OFICIAL DO WHATSAPP e receba novidades todos os dias.

Tags:

CannesCinema FrancêsLéa SeydouxMarion CotillardVincent Cassel

Compartilhar artigo

Avatar de Paulo Olivera
Me siga Escrito por

Paulo Olivera

Paulo Olivera é mineiro, mas reside no Rio de Janeiro há mais de 10 anos. Produtor de Arte e Objetos para o audiovisual, gypsy lifestyle e nômade intelectual. Apaixonado pelas artes, workaholic e viciado em prazeres carnais e intelectuais inadequados para menores e/ou sem ensino médio completo.

Outros Artigos

jogo de cena woo 1.1
Anterior

Para Rever: Jogo de Cena

Festival do Rio 5 of 31
Próximo

Ana Maria Moretzsohn fala sobre o trabalho do escritor

Próximo
Festival do Rio 5 of 31
21 de outubro de 2016

Ana Maria Moretzsohn fala sobre o trabalho do escritor

Anterior
20 de outubro de 2016

Para Rever: Jogo de Cena

jogo de cena woo 1.1

Sem comentários! Seja o primeiro.

    Deixe um comentário Cancelar resposta

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

    Publicidade

    Posts Recentes

    O assassino de "O Telefone Preto" (2022) com sua máscara, The Grabber/O Apanhador (Ethan Hawke).
    O Telefone Preto 2 | Que Medo! Filme Ganha Primeiro Trailer
    Nick de Angelo
    Aves de Rapina Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa 3
    Tela Quente | Saiba Qual É o Filme Desta Segunda-feira (2/6)
    Amanda Moura
    Mike, de "Stranger Things", com os braços abertos para trás segurando um grupo de cidadãos, majoritariamente crianças, no sétimo episódio da 5ª temporada da série. Todos estão assustados, e a mãe de Will (Winona Ryder) está presente também.
    Stranger Things | 5ª Temporada Tem Trailer e Data de Estreia Divulgados
    Amanda Moura
    Pedro Sampaio em evento do House of Mouse Tour, em seu setlist no Rio.
    House Of Mouse | Disney Traz Evento Ao Rio Com Pedro Sampaio e Uma Experiência Inesquecível
    Joanna Colaço
    Ator Ncuti Gatwa como o Doutor de "Doctor Who" em série revival de 2024. Ele está dando as mãos para o telespectador, com ela em destaque para câmera, com um sorriso, e uma espiral futurística atrás dele.
    Doctor Who | Ncuti Gatwa se Despede da Série Após Duas Temporadas
    Amanda Moura

    Posts Relacionados

    O assassino de "O Telefone Preto" (2022) com sua máscara, The Grabber/O Apanhador (Ethan Hawke).

    O Telefone Preto 2 | Que Medo! Filme Ganha Primeiro Trailer

    Nick de Angelo
    2 de junho de 2025
    Aves de Rapina Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa 3

    Tela Quente | Saiba Qual É o Filme Desta Segunda-feira (2/6)

    Amanda Moura
    2 de junho de 2025
    Ivana Baquero, atriz protagonista de "O Jogo da Viúva", em imagem de capa promocional para filme da Netflix. Ela está com o rosto encoberto pelos ombros de um homem, mão esquerda sobre ele, revelando a aliança, e um olhar enigmático. O homem está de terno e de costas.

    O Jogo da Viúva | Conheça a História Real Que Inspirou o Longa da Netflix

    Amanda Moura
    1 de junho de 2025
    HUnter Schafer interpretando Jules em "Euphoria". Atriz está com braço direito levantado (nossa esquerda da tela), olhando diretamente para a câmera, semi-dobrado, segurando duas folhas douradas pendentes, e um sorriso mostrando parcialmente os dentes de baixo.

    The Legend of Zelda | Hunter Schafer Pode Interpretar o Papel-título no Live-action

    Amanda Moura
    31 de maio de 2025
    • Sobre
    • Contato
    • Collabs
    • Políticas
    Woo! Magazine
    Instagram Tiktok X-twitter Facebook
    Woo! Magazine ©2024 All Rights Reserved | Developed by WooMaxx
    ECO SHOW AMAZON BANNER