Woo! Magazine

Menu

  • Home
  • Editorias
    • Filmes
    • Séries/TV
    • Música
    • Geek
    • Literatura
    • Espetáculos
  • Especiais
    • SpotLight
      • Lollapalooza
      • D23
      • CCXP
      • Mostra SP
      • Festival do Rio
      • Rock in Rio
      • The Town
      • Bienal do Livro
      • Game XP
    • Entrevistas
    • Premiações
  • Streamings
    • Netflix
    • Amazon Prime Video
    • HBO Max
    • Disney+
    • Apple TV+
  • Listas
  • Colunas
    • Curiosidades
    • Terror
    • Internet
    • Business
    • Tecnologia
    • Esportes
    • Gravellizar

Siga nas Redes

Woo! Magazine

A imaginação ao seu alcance

Digite e pressione Enter para pesquisar

Woo! Magazine
  • Home
  • Editorias
    • Filmes
    • Séries/TV
    • Música
    • Geek
    • Literatura
    • Espetáculos
  • Especiais
    • SpotLight
      • Lollapalooza
      • D23
      • CCXP
      • Mostra SP
      • Festival do Rio
      • Rock in Rio
      • The Town
      • Bienal do Livro
      • Game XP
    • Entrevistas
    • Premiações
  • Streamings
    • Netflix
    • Amazon Prime Video
    • HBO Max
    • Disney+
    • Apple TV+
  • Listas
  • Colunas
    • Curiosidades
    • Terror
    • Internet
    • Business
    • Tecnologia
    • Esportes
    • Gravellizar
Instagram Tiktok X-twitter Facebook Pinterest
Crítica de TeatroEspetáculos

Crítica: Eu (quase) morri afogada várias vezes

Lorena Freitas
6 de abril de 2017 4 Mins Read
17797896 1395006347233294 1710636084 o
Foto: Gabriela Isaías

Durante os meses de março e abril, a Sede das Cias vem sendo presenteada com boas doses de empoderamento e muita sororidade! O Coletivo “As Minas” apresentam seu espetáculo de estreia “Eu (quase) morri afogada várias vezes” até o dia 24 de abril.

O coletivo composto por atrizes com muitas histórias incríveis nós já conhecemos (se você perdeu essa parte dá uma conferida nas matérias “Coletivo As Minas- Parte 1“, “Coletivo As Minas – Parte 2” e uma do nosso #CarnaWoo!). E nesta segunda, dia 03, foi o dia de conhecer o resultado desse projeto inspirador.

A peça, escrita por Isadora Cecatto e Naara Barros, narra dramas vividos diariamente por mulheres dos nossos tempos. As esquetes e números musicais são guiados pelo fio condutor do crescente empoderamento que se revela possível na medida em que passa a haver união e causa.

O início do espetáculo mostra a grande mãe e a criação de todas as coisas. O equilíbrio entre feminino e masculino. Em uma cena plástica e crua. O texto narra os retrocessos que seguem ao longo dos séculos,  sobrepondo homens às mulheres, em um contexto novo de superioridade sem critérios,  medidas ou razão. A partir de então, passam a ser contadas histórias de situações rotineiras nas vidas da maioria das mulheres.

Diversos temas são tratados, inicialmente com ar natural, mas aos poucos o roteiro trata de desconstruir moldes que são impostos dentro da ideia de “desde que o mundo é mundo é assim”. As histórias contadas são, em sua  maioria, vivências das próprias atrizes interpretadas por parceiras de elenco, e narram toda sorte de abuso: pudores impostos em casa, assédio moral, violência doméstica, gordofobía, racismo, depressão, a opressão imposta pela indústria da moda, além, é claro, daquelas frustrações que envolvem a vida sexual (tão diferentes para moças e rapazes). Em uma narrativa hora delicada, hora escrachada, o universo feminino é revelado, desenhado para identificação, comoção e alerta.

A peça não tem pudores! Até porque de pudor já chega todos que a rotina social impõe. E é importante destacar que conseguem trabalhar a nudez de forma sensível e com forte propósito embutido. Coisa que nem sempre se observa. Falar sobre o corpo (especialmente o feminino) é um tabu, e, por isso, as linguagens, verbais ou não, empregadas ao longo do espetáculo para abordar a temática, são tão significativas: hora sutis e belas, hora com uma pegada “entrando com o pé na porta para ninguém fingir que não entendeu”, se desconstroem as imagens vis que rodeiam o corpo das mulheres há séculos. Essa sexualização que nos acompanha desde os primeiros passos da vida não pode ser vista com tamanha naturalidade, mas sim como parte de um contexto social doente. E uma vez que se assuma essa condição, se tem espaço para buscar mudanças. E, nesse aspecto, o coletivo foi muito feliz.

17778905 1395005737233355 1208818718 o
Foto: Gabriela Isaías

O trabalho dirigido por Brunna Napoleão alterna esquetes com números performáticos (dirigidos por Isabel Chavarri) e musicais (dirigidos por Maíra Garrido). A alternância entre as linguagens responde pelo ritmo harmonioso do espetáculo. Soma-se a isto, números que também alternam entre divertidos e densos. A peça é um pouco longa (cerca de duas horas) porém sem ser cansativa. E além de entreter, joga na cara do público a triste realidade do nosso país, descrita em números alarmantes, e o longo caminho que ainda existe pela frente. Contexto esse que destaca a importância de união do gênero em prol de demandas comuns, e demandas étnicas que precisam ser abraçadas por todas.

As atrizes desempenham um trabalho consistente, mas em diferentes níveis de maturidade. A maior parte canta, dança e atua ao longo do espetáculo, mostrando o potencial arrebatador do coletivo. Aqui também vale o destaque para as musicistas Marina chuva e Carol Mathias, que embalam todo espetáculo com uma trilha sensível e bem encaixada. As músicas autorais que são cantadas ao longo do espetáculo são um show a parte: dá vontade de poder levar pra casa e escutar em looping. A esfera musical também tem incontestável qualidade.

Em suma, o espetáculo trata as diversas dificuldades que envolvem as vivências femininas  (no geral e também as demandas específicas das negras), com as quais nós mulheres nos reconhecemos do início ao final. A água é o elemento que rege todos os contextos, no começo com alusão à repressão, e enfim, como parte da libertação que temos urgência de experimentar. E essa libertação vem da união, vem da descoberta de que mulheres são confiáveis, parceiras, e que qualquer coisa diferente disso é só imposição social. Descobrir a sororidade é um processo lindo, e o espetáculo evidência isso.

O feminismo é necessário! Sabemos disso a cada novo estupro, feminicídio, abuso doméstico…  Entender sua causa é bom, grátis e engrandecedor. Por isso, projetos como esse merecem todo apoio. É um trabalho lindo e sensível, que tocará mulheres em muitos níveis, e homens em tantos outros.


O projeto é independente, e para viabilizar sua realização as meninas desenvolveram um financiamento colaborativo (com recompensas incríveis). Para saber mais, clique no Link.

Para mais detalhes sobre as apresentações confira a nossa agenda.

* Esta matéria foi escrita em parceria com a linda Gabriela Isaías (@gabrielaisaiasfotos).

Reader Rating0 Votes
0
9

Quer estar por dentro do que acontece no mundo do entretenimento? Então, faça parte do nosso  CANAL OFICIAL DO WHATSAPP e receba novidades todos os dias.

Tags:

ColetivoTeatro

Compartilhar artigo

Me siga Escrito por

Lorena Freitas

Geógrafa por formação, bailarina por amor e crespa por paixão, Lorena é uma estudante carioca que passa a vida em busca de soluções capazes de melhorar a qualidade de vida. Como boa taurina: é boa de garfo (e como come!) e amante das artes. Por isso se aventura em danças e circos para deixar a vida mais leve! Tem uma cabeça grande que nunca para de trabalhar e divide aqui na WOO suas loucuras e delícias.

Outros Artigos

knc5vioffE11cUsL7TcBYPywdIi
Anterior

Crítica (2): Apesar da Noite

17793397 1448734231855884 1663968068 n
Próximo

TBT Rock in Rio #9: Muse e os riffs de guitarra do Matt Bellamy em uma noite estrondosa

Próximo
17793397 1448734231855884 1663968068 n
6 de abril de 2017

TBT Rock in Rio #9: Muse e os riffs de guitarra do Matt Bellamy em uma noite estrondosa

Anterior
6 de abril de 2017

Crítica (2): Apesar da Noite

knc5vioffE11cUsL7TcBYPywdIi

2 Comments

    Deixe um comentário Cancelar resposta

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

    Publicidade

    Posts Recentes

    Pedro Pascal com suéter de gola alta azul da cor do uniforme do Quarteto Fantástico, no filme de mesmo nome, 2025, onde interpreta o Senhor Fantástico. Ele está centralizado na tela, com um microfone em sua frente.
    Quarteto Fantástico | Último Trailer Promete Aventura Emocional com Riscos Imensos aos Heróis
    Roberto Rezende
    "Palco Apoteose" na Bienal do Livro Rio 2025, patrocinado pela Shell.
    Skeelo na Bienal Do Rio 2025 | O Estande Que Virou Ponto de Encontro Entre Leitores
    Joanna Colaço
    Protagonistas de "Kaoru Hana wa Rin to Saku", ou "The Fragrant Flowers Bloom with Dignity" caminhando na rua, um olhando para o outro, sorrindo.
    Guia de Animes da Temporada do Verão de 2025 (Julho) | Veja as Principais Promessas
    Nick de Angelo
    Colagem à esquerda com foto dos Mamonas Assassinas em bastidores posando para foto descontraída, e à direita com foto de seu único álbum de estúdio.
    30 Anos de Mamonas Assassinas | Da Utopia Ao Fenômeno
    Cesar Monteiro
    Montagem com colagem do busto de Julianne Moore e Sydney Sweeney como Kate e Claire Garrett em "Echo Valley" em um fundo, com elas semi-transparentes. Há uma paisagem de fim de tarde ao fundo delas.
    Echo Valley | Tão Confuso Quantos os Conflitos da Mãe Interpretada por Julianne Moore
    Roberto Rezende

    Posts Relacionados

    Donna, vestida com uma jardineira, e amigas no primeiro filme de "Mamma Mia", dançando pelas ruas acompanhadas de uma multidão.

    Por que “Mamma Mia!” Ainda Faz Tanto Sucesso (Mesmo Depois de Tantos Anos)?

    Joanna Colaço
    6 de maio de 2025
    Beth Goulart como Clarice Lispector na peça "Simplesmente Eu, Clarice Lispector", caracterizada como a autora, com um vestido vermelho, saia e sapatos escuros, pernas cruzadas, e segurando um cigarro.

    Simplesmente Eu, Clarice Lispector | Espetáculo Encerra Temporada e Já Tem Retorno Confirmado

    Joanna Colaço
    30 de abril de 2025
    Teatro lotado para apresentação da peça "É disso eu que tô falando", do humorista Marco Luque.

    Marco Luque: É Disso que Eu Tô Falando | Peça Resgata o Melhor da Carreira do Humorista em 4 “Atos”

    Roberto Rezende
    13 de março de 2025
    Foto de carro alegórico da escola de samba "Acadêmicos de Niterói", campeã da Série Ouro do Carnaval do Rio 2025. Há um galo gigante em destaque na frente.

    Carnaval 2025 | Acadêmicos de Niterói é a Campeã da Série Ouro do Rio de Janeiro

    Amanda Moura
    6 de março de 2025
    • Sobre
    • Contato
    • Collabs
    • Políticas
    Woo! Magazine
    Instagram Tiktok X-twitter Facebook
    Woo! Magazine ©2024 All Rights Reserved | Developed by WooMaxx
    ECO SHOW AMAZON BANNER