A primeira temporada de “Jurassic World: Acampamento Jurássico” se mostrou uma grata surpresa aos fãs da franquia “Jurassic Park/World”. Trazendo uma história canônica aos filmes, a trama tem é paralela aos acontecimentos de “Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros”, e traz fatos novos e complementares a franquia, agora pela Netflix. E, apesar de ser um seriado infantil, encontrou boas saídas pra atrair como entretenimento tanto os adultos, quanto as crianças.
A segunda temporada estreou com expectativa de manter a qualidade apresentada nos primeiros 8 episódios. Vale ressaltar que a mesma, assim como a terceira temporada já estavam prontas quando a primeira estreou, ou seja, os criadores já possuíam uma história fechada e continua já elaborada. Mas, quebrando expectativas, a segunda temporada apresenta algo mais episódico do que complementar a franquia, pouco acrescentando em alguns aspectos em que era esperado desenvolvimento.
Após serem abandonados na ilha, e com uma baixa no grupo, os adolescentes do “Acampamento Jurássico” precisam encontrar uma forma de enviar um sinal para serem resgatados. Contudo, alguns perigos imprevistos surgem no caminho e não apenas para as crianças, mas também para os dinossauros. Além disso, alguns mistérios nas instalações do “Jurassic World” continuam intrigando os campistas.
Apesar dos dois episódios inicias promissores, a segunda temporada de “Acampamento Jurássico” se mostra mais frágil e rasa que a anterior. Mesmo existindo um desenvolvimento relevante dos personagens, o desenvolvimento do roteiro em relação a história fica inferior ao esperado. Perde-se o foco em algumas questões que poderiam ser mais interessantes, como as empresas que queriam espionar o Jurassic World e também as atividades secretas de Henry Wu, assuntos melhores abordados na primeira temporada e sobre o qual haviam expectativas de aprofundamento nesta segunda parte. Mas, ao invés de trabalhar esses aspectos, a produção deu preferência em acrescentar novos vilões clichês e rasos, além de funcionarem de forma episódica.
No entanto, as questões positivas continuam a ser destaque na série. Entre as quais podemos destacar o aproveitamento dos dinossauros em cena, com várias situações que geram cenas tensas e para que isso funcione, existem boas saídas para criar o clima tenso em uma série que é dedicada ao público infantil. E, mesmo existindo todos os exageros e cenas mirabolantes que qualquer animação pode apresentar, estás se tornam razoáveis dentro do roteiro.
A qualidade do traço é outro ponto importante a ser ressaltado. Os dinossauros tem designes bem acurados e a suas características ficam muito claras. Assim como toda a ambientação da ilha, que é apresentada com a mesma fidelidade ao que vimos nos filmes.
Por fim, apesar de apresentar aspectos destoantes da primeira temporada em história, “Jurassic World: Acampamento Jurássico” acaba sua segunda temporada com um gancho que pode render um parte 3 melhor e com mais influência sobre os fatos que veremos nos cinemas em “Jurassic World: Domínio”. Pelo menos essa é a promessa do diretor do filme e produtor executivo da série, Colin Trevorrow.
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