O curta “Mergulho” foi exibido no Festival do Rio
Um drama de emoções afloradas. “Mergulho“, curta-metragem dirigido por Marton Olympio e Anderson Jesus, traz uma família que vive um conflito, quando um dos filhos chega, após dez anos.

A obra, traz alguns planos fotográficos mais trabalhados, contudo, na maior parte, a dinâmica da fotografia acompanha o viés conflituoso do curta. E, a edição embarca na tensão crescente. Assim, quando chegamos no ápice atrito entre filho e pai, tudo ocorre com cortes muito rápido, tudo salta a tela.
Por sua vez, as atuações caminham entre momentos bons e instantes mais robotizados. Contudo, nas cenas que mais exigem expressividade de sentimento o resultado é satisfatório.
No entanto, não é algo que pode-se dizer sobre a narrativa. Ela é razoavelmente boa, até o ápice. A ideia de trazer um personagem que guarda seu sentimento e está perto a estourar, e outro que está tentando se adaptar novamente ao ambiente, enquanto se sente um estranho no ninho, funciona e causa empatia. Mas, o corte para o fim é inesperadamente abrupto e deixa um imenso abismo sobre o que ocorreu até ali.

Vale ressalta o bom trabalho sonoro do curta. O sons são funcionais para intensificar o que se ver em tela.
Por fim, “Mergulho” é agradável em sua maior parte. Mas, para quem prefere uma história onde a narrativa conte tudo, essa trama pode não agradar muito. Você chegará a um final onde só parte do caminho esteve em tela, o resto, você terá liberdade para interpretar como ocorreu.

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