Woo! Magazine

Menu

  • Home
  • Editorias
    • Filmes
    • Séries/TV
    • Música
    • Geek
    • Literatura
    • Espetáculos
  • Especiais
    • SpotLight
      • Lollapalooza
      • D23
      • CCXP
      • Mostra SP
      • Festival do Rio
      • Rock in Rio
      • The Town
      • Bienal do Livro
      • Game XP
    • Entrevistas
    • Premiações
  • Streamings
    • Netflix
    • Amazon Prime Video
    • HBO Max
    • Disney+
    • Apple TV+
  • Listas
  • Colunas
    • Curiosidades
    • Terror
    • Internet
    • Business
    • Tecnologia
    • Esportes
    • Gravellizar

Siga nas Redes

Woo! Magazine

A imaginação ao seu alcance

Digite e pressione Enter para pesquisar

Woo! Magazine
  • Home
  • Editorias
    • Filmes
    • Séries/TV
    • Música
    • Geek
    • Literatura
    • Espetáculos
  • Especiais
    • SpotLight
      • Lollapalooza
      • D23
      • CCXP
      • Mostra SP
      • Festival do Rio
      • Rock in Rio
      • The Town
      • Bienal do Livro
      • Game XP
    • Entrevistas
    • Premiações
  • Streamings
    • Netflix
    • Amazon Prime Video
    • HBO Max
    • Disney+
    • Apple TV+
  • Listas
  • Colunas
    • Curiosidades
    • Terror
    • Internet
    • Business
    • Tecnologia
    • Esportes
    • Gravellizar
Instagram Tiktok X-twitter Facebook Pinterest
CríticaFilmes

Crítica: Mulheres do Século 20

Avatar de Rita Constantino
Rita Constantino
19 de junho de 2017 5 Mins Read

1233Antes de começarmos, por favor, dê o play aqui.

Com uma música. Só assim dá para começar a falar sobre “Mulheres Do Século 20”, um ensaio sobre a vida em forma de filme, concebido pelo cineasta norte-americano Mike Mills, que com o cotidiano de seus personagens carismáticos, embalado pelo Pop-Punk dos anos 1970, consegue nos lembrar como o cinema é uma janela para a história da gente.

Santa Bárbara, 1979. É nesse recorte de espaço e tempo que somos apresentados a Dorothea (Annette Bening), uma mulher que cria sozinha o filho de 15 anos, Jamie (Lucas Jade Zumann). Fazendo de sua casa uma espécie de pensão, ela aluga quartos para Abbie (Greta Gerwig), uma jovem fotógrafa que está em recuperação de um câncer cervical e para William (Billy Crudup), um homem gentil que tira seu sustento trabalhando como mecânico e carpinteiro. Sentindo-se desconectada do garoto depois dele ir parar no hospital por causa de um jogo de desmaio, ela pede ajuda a sua inquilina e a Julie (Elle Fanning), melhor amiga de Jamie, para guiá-lo, possibilitando que ele se torne um bom homem.

“Não importa como você acha que será sua vida, só saiba que ela não vai ser nada parecida com isso”, é um dos conselhos que a garota de cabelo vermelho dá ao adolescente. Conselho que Mills, responsável pelo roteiro e direção, dá ao espectador nessa narrativa que parece simples, mas que, além de muito bem executada, consegue ser delicada, divertida e nostálgica.20th Century Women 1200x600 c default

Da concepção do script às escolhas estéticas da direção, é invejável como tudo no projeto dialoga entre si. Indicado a prêmio de melhor roteiro original pela Academia este ano – perdeu a estatueta para o também excelente “Manchester À Beira Mar” -, o filme compõe um retrato de uma época ao mesmo tempo em que constrói figuras atemporais. Sensível ao contar essa história, seus personagens são multifacetados, cada um com suas motivações, interesses e conflitos bem estabelecidos. Para isso, o roteirista dedica alguns minutos a introduzi-los e a dar-lhes voz através da narração em off; Eles mesmos nos contam qual será seu futuro.

Para enriquecer o texto afiado e os personagens complexos, está o trabalho exemplar do elenco. Na pele da matriarca, Annette Bening encarna uma mulher de espírito livre, mas que, em contrapartida, naturaliza alguns comportamentos conservadores dos que nasceram em meio aos costumes pré-Segunda Guerra Mundial. Assim, a atriz consegue evocar força e suavidade, trazendo as nuances de alguém que não quer dar o braço a torcer, mas na realidade se sente frágil.

Já o estreante Lucas Jade Zumann é carismático ao interpretar um adolescente cabeça-dura como a mãe, mas que não esconde a admiração pelas mulheres que estão a sua volta. Ao lado da atriz veterana, Greta Gerwig e Elle Fanning mostram o porquê de ocuparem o hall das jovens atrizes mais talentosas da atualidade, enquanto Billy Crudup traz sabedoria e serenidade a esse homem, que segundo Dorothea, é “pouco comum”.

Na direção, Mike Mills materializa a atmosfera idealizada em seu roteiro. Oscilando entre o intimista e o energético, o diretor nos aproxima psicologicamente dos personagens com o movimento delicado de Zoom In e com planos em que a câmera suavemente se aproxima dos cômodos em que eles conversam – técnica de aproximação chamada dolly shot -, somos posicionados no centro de sua dinâmica. Em contraponto, incorporando a vibração de um período de turbulência política nos Estados Unidos, em sintonia com a rebeldia  juvenil do movimento Punk e com os embates entre os próprios protagonistas, fast motion acelera cenas e jump cuts as tornam mais ágeis. Agilidade que também ganha corpo com a montagem de Leslie Jones, que intercalando imagens de arquivo em cortes rápidos, não só ajuda a estabelecer a origem e interesses dos personagens, como construir a aura setentista, com sua ética e singularidades.

Sem falar que aqui música é quase um personagem. Talking Heads, David Bowie, Black Flag, The Raincoasts, Devo, além de clássicos como Louis Armstrong e a canção de “Casablanca”,  “As Time Goes By”, não só dão o tom a narrativa, como criam episódios que a desenvolvem. Como não ficar encantado pela cena em que Dorothea e William resolvem ouvir “Nervous Breakdown” da banda Black Flag, mas acabam  gostando – e dançando – mesmo é de “The Big Country” do Talking Heads?mulheres século 20 8

Bem, “Mulheres Do Século 20” é fantástico, mas infelizmente é preciso falar do elefante na sala. Com um título desses, espera-se um projeto em que as mulheres sejam o grande centro da história e de alguma forma elas são, mas com um porém: sua experiência enquanto mulher está a serviço de uma figura masculina. Todas as personagens femininas são bem escritas, têm profundidade, entretanto mesmo que a relação entre elas se modifiquem com o que uma tem a acrescentar e ensinar a outra, o ponto de convergência entre elas é Jaime.

De fato, é uma situação problemática, mas que o longa consegue contornar com certa dignidade. Primeiro, é importante pensar que enquanto existirem homens no mundo, mulheres também farão parte de sua constituição enquanto indivíduo. Segundo, é menos grave Mike Mills, enquanto pessoa do gênero masculino, contar uma história em que as protagonistas sejam vistas pela perspectiva de um jovem garoto, do que ele ter a pretensão de narrar a experiência de ser mulher, diretamente por uma personagem feminina.

Além disso, o cineasta em momentos pontuais abre espaço para provocação: “Homens sempre sentem que tem que consertar tudo para as mulheres, mas eles não estão fazendo nada demais. Certas coisas não podem ser consertadas”, diz a mãe ao filho. “Mãe eu não sou todos os homens. Eu sou só eu.”, ele responde. “Bem, Sim e Não”, é a resposta final de Dorothea. Não importa o quão queridos sejam os homens próximos a nós, eles continuam fazendo parte do grupo homens, indivíduos privilegiados por um sistema historicamente opressor.

Problematizações à parte, “Mulheres Do Século 20” é daqueles tipos de filmes que precisam ser vistos. É uma delicadeza que traz uma visão muito querida – e real – dos laços que construímos com nossos amigos e familiares. Um lembrete de que a arte às vezes é fuga, mas não há como escapar: ela é e sempre será uma forma de representação da vida.

Reader Rating1 Vote
7.8
8.5

Quer estar por dentro do que acontece no mundo do entretenimento? Então, faça parte do nosso  CANAL OFICIAL DO WHATSAPP e receba novidades todos os dias.

Tags:

DramaElle FanningGreta GerwigOscar

Compartilhar artigo

Avatar de Rita Constantino
Me siga Escrito por

Rita Constantino

1995. Cobra criada em Volta Redonda. Um dia acordou e queria ser jornalista, não sabia onde estava se metendo. Hoje em dia quer falar sobre os filmes que vê e, se ficar sabendo, ajudar o Truffaut a descobrir com que sonham os críticos.

Outros Artigos

raul seixas raulzito
Anterior

Diversos olhares sobre Raul Seixas, o pai do Rock Brasileiro

Ao cair da noite
Próximo

Ao Cair Da Noite estreia essa semana, confira o trailer!

Próximo
Ao cair da noite
20 de junho de 2017

Ao Cair Da Noite estreia essa semana, confira o trailer!

Anterior
19 de junho de 2017

Diversos olhares sobre Raul Seixas, o pai do Rock Brasileiro

raul seixas raulzito

Sem comentários! Seja o primeiro.

    Deixe um comentário Cancelar resposta

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

    Publicidade

    Posts Recentes

    Colagem com duas fotos de apresentação do espetáculo "República Lee", em homenagem à obra de Rita Lee.
    República Lee — Um Musical ao Som de Rita | Um Tributo Cinematográfico em Forma de Peça
    Thiago Sardenberg
    Noel Gallagher, camiseta social branca levemente rosada, tocando guitarra em show dia 16 de agosto de 2025 em Dublin. Imagem colorida.
    Noel Gallagher Pode Estar Preparando Novas Músicas em Meio à Retomada Histórica do Oasis
    Cesar Monteiro
    Travis Scott estará no The Town 2025
    The Town 2025 | Travis Scott Estaria Planejando Sua Própria After Party
    Amanda Moura
    Colagem com duas fotos. À esquerda, autora Claire Douglas assinando livro em sessão de autógrafos, cabeça reclinada, escrevendo, com uma blusa rosa claro de tom neutro e jeans em uma mesa de madeira. À direita capa de seu livro "A Outra Irmã", no Brasil pela Editora Trama.
    A Outra Irmã | Best-seller Que Promete Fisgar Fãs de Suspense Chega ao Brasil
    Nick de Angelo
    The Town 2025 está chegando!
    The Town 2025 | Saiba Como Baixar o Seu Ingresso
    Amanda Moura

    Posts Relacionados

    Criança de "A Hora do Mal" vista apenas por sua silhueta preta abrindo uma janela de noite, de costas.

    A Hora do Mal | Terror Grotesco Com Julia Garner e Josh Brolin Prende do Início ao Fim

    Pedro Mesquita
    13 de agosto de 2025
    Irmãos de "Faz de conta que é Paris" (2024) de braços dados com o pai fingindo estarem em uma viagem a Paris em um trailer. Estamos diante de uma paisagem campestre.

    Faz De Conta Que é Paris | O Afeto a Partir de Falta Dele

    Roberto Rezende
    13 de agosto de 2025
    Crianças em sala de aula em "A Hora do Mal", de cabeça para baixo. Um garoto, ao fundo, é o único de cabeça erguida, com um sorriso desconcertante e maquiagem à Coringa.

    A Hora do Mal | O Maior Terror É O Desconhecido

    Roberto Rezende
    12 de agosto de 2025
    Protagonistas de "Os Caras Malvado 2" vestidos prontos para o assalto, a maioria deles com roupas ninja.

    Os Caras Malvados 2 | Filme Surpreende na Ousadia do Roteiro e Complexidade dos Conflitos

    Joana D'arc Souza
    12 de agosto de 2025
    • Sobre
    • Contato
    • Collabs
    • Políticas
    Woo! Magazine
    Instagram Tiktok X-twitter Facebook
    Woo! Magazine ©2024 All Rights Reserved | Developed by WooMaxx
    Banner novidades amazon