As escolhas de Adam Sandler nas produções que costuma participar é, por muitas vezes, de gosto duvidoso. O ator, que recentemente quase foi indicado ao Oscar, é reconhecido por suas comédias, muitas que marcam época, mas outras que é melhor que esqueçamos. Ultimamente, Adam vem lançando diversos projeto para a Netflix. O ultimo a sair foi “O Halloween do Hubie”. O longa temático traz figuras carimbadas em filmes do ator. Entretanto, o que era para ser um passa tempo divertido, se tornam tortuosos minutos em frente a tela da tv, contemplando piadas ruins em uma sátira a filmes slasher de terror, mas que aqui aterroriza negativamente.
A história gira em torno do personagem Hubie, um sujeito de meia idade, que é motivo de piada de uma cidade inteira. Ele costuma atuar como vigilante durante o Halloween. E em um ambiente onde até as crianças são hostis com ele, Hubie tenta se enquadrar, fazendo o que mais sabe: proteger a cidade.
A história é, sem dúvida, do começo ao fim ruim. A direção de Steven Brill, se quer consegue encaixar os clichês de forma viável. Não há argumento de criação da história, ela não tem sentido, muito menos os seus personagens. Assim, o roteiro é um amarrado de coisas aleatórias e péssimos diálogos. Séria típico de uma comédia pastelão, porem, o mesmo roteiro não consegue fazer uma piada que funcione durante toda trama. Com isso, é possível assistir essa “comédia”, do começo ao fim, sem esboçar um sorriso.
Para além disso, os personagens, extremamente estereotipados, não possuem desenvolvimento algum. São charlatões postos em situações bobas, que, a todo momento, tentam fazer piadas ácidas, mas, no máximo, conseguem parecer mais ridículos do que já são. Enquanto as atuações não ficam para trás, com Adam tentando passar um tom cômico em um personagem, no mínimo estranho, com um sotaque de aparente lingua presa que é incomodo. Ao tempo que os outros atores se esforçando para trazer algo relevante em personagens tão ruim quantos, que não possuem uma fala se quer que não os ridicularizem. A cena final é um amarrado e tudo isso, com requintes de drama forçado.
A produção da história, visivelmente dispunha de vasto material cenográfico e humano para desenvolver o filme, contudo, não soube utilizar nenhum deles a favor da obra.
Os únicos momentos que o longa tem passagens que soam um pouco mais agradáveis – tanto esteticamente, quanto na criação de um tom certo para as cenas – é quando flerta com cenas de terror, que remetem a clássicos do gênero. Por sinal, observamos referências sub utilizadas a filmes de terror, com “Halloween” e outros diversas vezes durante o filme. Afinal, mesmo que não explicitamente, “O Halloween do Hubie” é uma sátira do gênero.
Por fim, é desagradável para o espectador que espera o mínimo de diversão ao assistir um longa desse tipo, se deparar com algo tão destemperado. Fazendo comparação a filmes comédia, que apesar de serem enquadrados como ruins, ainda assim, conseguiram fazer o mínimo que se espera deles: arrancar gargalhadas do público (vide “Norbit” e “As Branquelas”, onde você desliga o cérebro para realidade e se diverte com piadas) “O Halloween do Hubie” consegue ser infinitamente inferior a qualquer um deles, sendo o filme, em si, a própria piada e de mal gosto. Então, se ainda quer tirar suas próprias conclusões sobre, confira o longa na Netflix, mas há grande chance que ao final você considere que perdeu tempo.
Imagens e vídeo: Divulgação/Netflix
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