Hermes Carpes protagoniza junto com Miguel Nader o espetáculo “Dois Perdidos Numa Noite Suja”, que terá apresentação única, em 8 de outubro no Rio de Janeiro
Protagonista de espetáculos como “Sabe Quem Dançou“ e “Não Sou Gordo, São Seus Olhos“, Hermes Carpes volta aos palcos do Rio de Janeiro em única apresentação ao lado de Miguel Nader com a peça “Dois Perdidos Numa Noite Suja”.
O espetáculo que tem o texto original de Plínio Marcos já foi adaptado para o cinema e teatro em algumas versões diferente. Agora, Hermes traz suas nuances para a história e contou um pouco para a Woo! Magazine do que a gente pode esperar dessa versão.
Confira abaixo a entrevista
Dan Andrade: Pra você Hermes, o que o público que vai assistir essa nova montagem da peça “Dois Perdidos Numa Noite Suja” pode esperar?
Hermes Carpes: Pode esperar uma explosão de vontade cênica pouco vista nos palcos atualmente. Eu e o Miguel decidimos trazer diversão para o público sem perder a essência que o Plinio Marcos quis passar com sua história. O que o público não vai encontrar é monotonia e mais do mesmo. Todos que acham que já viram este espetáculo vão se surpreender com o que conseguimos fazer juntos com a mente de moleque do Ronaldo Spedaletti, nosso diretor.
![Entrevistamos Hermes Carpes, que estará em cartaz na peça "Dois Perdidos Numa Noite Suja" 1 Dois perdidos creditos Ronaldo Spedaletti 11](https://woomagazine.com.br/wp-content/uploads/2022/09/Dois-perdidos-creditos-Ronaldo-Spedaletti-11.jpg)
D.A.: Onde você buscou inspirações para compor o seu personagem em especial?
H.C.: Os personagens são muito bem escritos pelo Plínio Marcos, mas deixa uma liberdade incrível para a gente criar. Como trabalho com muitas pessoas especiais, resolvi trazer um pouco destas crianças para o Paco. Ele tem muito dos meus alunos, muito do meu irmão, muito da minha filha que é Ariana e muito de um brabo chihuahua. hehehehhe
D.A.: Na sua opinião, quais nuances uma trama que foi escrita há tanto tempo traz como reflexo da sociedade atual?
H.C.: A história está cada vez mais viva, infelizmente. Eu fiz muito laboratório e a vibe egoísta da sociedade está cada vez maior. Assim como no espetáculo, hoje vemos pessoas que ainda pensam que pra ser dar bem, precisam pensar só em si mesmo. Enquanto o mundo não aprender a ser mais generoso com todos, este texto não vai ficar ultrapassado. Graças a Deus, como sou voluntário do Fundo Social de Osasco, eu sei que tem muita gente que se preocupa com o próximo. Mas são poucos. Dividir é tão bom. Toda a trama do espetáculo se resolveria com apenas um gesto de generosidade. Assim como os maiores problemas do mundo.
D.A.: Essa adaptação traz algo de novo para esse texto de Plínio Marcos?
H.C.: Além de trazer para os tempos atuais, trás um humor 5° série b e uma agilidade que não vão deixar a plateia piscar os olhos. A maioria das montagens optaram pela lado dramático e nas desgraças dos personagens. Nós trouxemos o bom humor dos trabalhadores brasileiros, marginalizados que conseguem trazer bom humor e esperança, apesar de todos os obstáculos que tem que quebrar todos os dias.
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D.A.: E o que você leva de você para o seu personagem?
H.C.: Como este é o meu espetáculo de número 50, decidi beber um pouco na fonte dos meus personagens anteriores, mas trazendo o frescor de algo novo pra mim. Fazem mais de 20 anos que sonho montar este texto, mas quis o universo que só agora fosse possível. Eu sempre quis um parceiro em que eu pudesse me jogar, mas com a certeza que eu estaria protegido. E com o talento do Miguel, que além da experiência gigantesca e uma generosidade cênica maior ainda, podemos brincar no palco, como se estivéssemos na hora recreio.
![Entrevistamos Hermes Carpes, que estará em cartaz na peça "Dois Perdidos Numa Noite Suja" 2 Dois perdidos creditos Ronaldo Spedaletti 2](https://woomagazine.com.br/wp-content/uploads/2022/09/Dois-perdidos-creditos-Ronaldo-Spedaletti-2-1024x769.jpg)
D.A.: Além desse espetáculo, você também traz experiências em novelas, clipes e outros. Você tem algum outro projeto sobre o qual possa falar que esteja por vir?
H.C.: Estou estreando uma comédia clássica italiana, traduzida e dirigida por Paolino Raffanti com o Guilherme Uzeda e o Leão Lobo que estou me divertindo muito. Acabei de estreiar minha versão de A Bela e a Fera, que era um sonho antigo. No ínicio do próximo ano estarei em uma comédia romântica de casal, escrita pelo Pedro Fabrini. Tem o filme O calibre e a navalha, inspirado no espetáculo Sabe quem dançou?. Um curta metragem que eu escrevi e estou produzindo e dois longas metragens que vem por aí, mas estes ainda não posso falar o nome. Mas produtores de elenco, ainda tem espaço pra fazer novela, ok? Hehehehe Tá faltando só uma novela pra gabaritar 2023 que já vai começar lindo.
D.A.: E com as palavras de Hermes Carpes e como forma de convite: por que o público precisa assistir “Dois Perdidos Numa Noite Suja”?
H.C.: Bora!! Só vem!! Estamos fazendo tudo com muito carinho para que o público possa ver uma versão de Dois perdidos, como nunca foi feito na história. Será a abertura de um Festival de Teatro que está cada ano crescendo mais. Ano passado eu saí com o Prêmio de melhor ator de lá. Mas o mais gostoso, que depois do espetáculo, encontrei mais da metade da plateia se divertindo na Lapa e comentando sobre o espetáculo. Foi bom demais ouvir este feedback. Nossa estreia nacional será no Rio, dia 8 de Outubro, depois partimos em viagem pelo Brasil. Então Cariocas, não percam a oportunidade de serem os primeiros a se apaixonarem e se divertirem com estes DOIS PERDIDOS.
Confira a sinopse:
O texto é inspirado no conto O terror de Roma do escritor italiano Alberto Moravia. Paco e Tonho dividem um quarto numa hospedaria barata e durante o dia trabalham como carregadores no mercado. Todas as cenas se passam no quarto durante as noites. As personagens discutem sobre suas vidas, trabalho e perspectivas, mantendo uma relação conflituosa. O tema da marginalidade permeia todo o texto. Tonho se lamenta constantemente por não possuir um par de sapatos decente, fato ao qual atribui sua condição de pobreza. Ele inveja Paco que possui um bom par de sapatos e este, por sua vez, vive a provocar Tonho chamando-o de homossexual ao mesmo tempo que o considera como um parceiro. Paco, que já havia trabalhado como flautista, certa noite teve sua flauta roubada quando estava muito embriagado, entorpecido. No final, na tentativa de melhorar suas vidas, ambos são compelidos à realização de um ato que modificará radicalmente suas vidas.
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