Jean Perdu é dono de uma livraria muito badalada em Paris.
Até aí, tudo bem! Não há nada de anormal nisso, não é mesmo?! Porém a opinião pode mudar quando se descobre o lugar inusitado onde está acomodada. Simplesmente ela funciona dentro de um barco que fica ancorado no rio Sena. Condição no mínimo peculiar para se manter uma livraria, não é?! Mas é exatamente por isso que ela chama tanto a atenção e atrai dezenas de curiosos todos os dias.
“Memórias são como lobos. Não se pode encarcerá-las e esperar que deixem você em paz”.
O livreiro Perdu tem o dom de perceber os problemas pelos quais as pessoas estão passando. Então ele indica um livro que toca direto na ferida de cada leitor. O seu barco-livraria – ou farmácia literária, como ele mesmo costuma chamar – vende romances e outras histórias como se fossem remédios. E o nosso livreiro-doutor consegue amenizar os sofrimentos da alma e confortar o coração de todos os que passam por lá.
“– Amado será aquele que amar… Mais uma verdade que foi completamente esquecida. Já percebeu que a maioria das pessoas prefere ser amada e faz de tudo para isso? Fazem dieta, ganham rios de dinheiro, usam lingerie vermelha… se amassem com tanto fervor, aleluia, o mundo seria tão belo e livre de cintas de compressão”.
Mas, como santo de casa não faz milagres, infelizmente o seu próprio sofrimento é o único que não consegue curar. Desde que a bela Manon o deixou, a desilusão amorosa o atormenta. Jean se perdeu e tornou-se um homem introspectivo, amargurado, monótono e não viu mais beleza na vida. E isso já se arrasta por mais de 20 anos. Enquanto ele dormia, ela foi embora. A partida de sua amada foi mais dolorosa do que ele podia imaginar. Tudo o que deixou foi uma carta, que Perdu não teve coragem de abrir com medo do que estaria escrito. Até chegar um determinado verão, o verão que muda tudo e ele resolve ler a carta e o que acontece é o inesperado. Em se tratando de uma grande paixão perdida, ele decide abandonar sua casa na Rue Montagnard e viajar por aí, embarcando em uma longa jornada, em busca de uma verdade que muda a vida completamente.
Monsier Perdu parte com sua Farmácia Literária para o interior da França junto do jovem escritor Max, que está sofrendo com um bloqueio criativo. Seu primeiro livro foi um sucesso, mas agora ele não consegue escrever o segundo. Então por isso, ele decide acompanhar Jean nesta jornada. Duas pessoas bem diferentes embarcam nessa aventura desconhecida e o que seria uma busca para a cura, agora também passa a ser uma procura de si mesmo. A partir daí uma grande amizade começa.
Durante a viagem eles encontram Salvo Cuneo, um cozinheiro italiano. Uma criatura fascinante, que conquista facilmente o leitor. A paixão que ele tem pela comida e pela vida é mesmo cativante. Ele está a procura de uma mulher instigante que roubou seu coração e agora também vai fazer parte dessa equipe de buscas.
Nessa jornada todos se transformam e as perspectivas de vida mudam. Sonhos, planos, tudo vai sendo refeito nesse trajeto. E no final todos são novas pessoas.
Sucesso de público e crítica, “A livraria mágica de Paris” foi escrito pela jornalista e professora alemã, Nina George e é um livro que fala sobre livros. É uma carta de amor ao livros. A narrativa é cheia de momentos deliciosos, sempre acompanhados de boas pitadas de aventura. É a pedida certa para quem acredita que as histórias contadas podem influenciar nossas vidas.
A autora fornece ao leitor a mesma fórmula que funciona em seu romance: remédios para curar as dores da alma.
Um detalhe muito interessante é que logo na parte interna da capa, encontramos o mapa com o roteiro da grande viagem que o protagonista faz em busca da sua verdade. Além disso, para não sair do clima parisiense do romance, vamos encontrar deliciosas receitas francesas. E no fim do livro tem indicações de outros livros, pela autora, para a cura da alma, seguindo a tradição da livraria.
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