Crítica – Entre idas e vindas

Embarcando em histórias sobre a vida

Pai e filho, quatro amigas e um motorhome. “Entre idas e vindas” é o novo filme do diretor José Eduardo Belmonte e traz em seu elenco Alice Braga, Ingrid Guimarães, Roseane Mulholland, Caroline Abras e Fábio Assunção, que contracena com seu filho João.

O longa já começa com um ponto interessante que é uma roadtrip em uma motorhome pelo Brasil. É claro que não faltam filmes do gênero em nosso país, mas dessa vez contamos com um veículo que não é comum ver em nossas estradas, mas com certeza é o sonho de muitos.

A atriz Ingrid Guimarães, que aprendeu a dirigir o veículo para o filme, mostra um lado diferente em sua atuação, quebrando a comicidade com os conflitos internos de sua personagem nessa comédia dramática. Ela faz parte de um dos dois núcleos de personagens que se unem no começo do filme e aos poucos misturam as histórias de suas vidas. São 6 personagens, mas um tão diferente do outro em personalidade que não deixa de prender a nossa atenção em nenhum momento. O elenco teve um entrosamento muito bom, inclusive o menino, João que mostrou boa química não só com o pai, mas com as outras atrizes.

A fotografia é muito bonita, repleta de tons quentes e dá um ar nostálgico ao mesclar imagens aparentemente saídas de uma câmera digital mais antiga a julgar pela baixa resolução, o que foi um toque muito bacana.

O filme é leve e com histórias de vidas diferentes que se encontram no caminho, com direito a um romance entre a personagem de Ingrid Guimarães e Fábio Assunção (deu certo). A trilha sonora é uma delícia e uma ótima sugestão para as playlists de viagem.

“Entre Idas e vindas” estreia dia 21 de julho nos cinemas.

Sinopse: Quatro amigas, Amanda (Ingrid Guimarães), Sandra (Alice Braga), Cillie (Caroline Abras) e KrisseRoseane Mulholland), embarcam em uma viagem pelo litoral sul de São Paulo a bordo de um motorhome. No caminho encontram Afonso e Benedito, pai e filho, que tentam chegar à capital paulista em um velho carro Lada. Benedito não sabe, mas Afonso está levando o menino para encontrar a mãe, que não vê há seis anos, desde que ela ganhou uma bolsa de estudos e se mudou para Paris. Quando o Lada de Afonso quebra na estrada, sem possibilidade de conserto, eles são socorridos pelas meninas.A carona acaba se transformando em uma viagem repleta de aventuras e transformações pessoais.