O filme “O Dublê” é pra quem gosta de ação! Não, espera… de romance! Ops! Comédia?!
E se desse pra ter tudo isso em um só filme? E mais: se conseguissem equilibrar esses gêneros sem ficar pastelão? (tá ok, talvez um pouquinho). No novo filme do diretor David Leitch, “O Dublê”, temos uma boa opção para quem adora uma ação bem produzida, com aquele amor possível guiando uma história divertida. O filme, estrelado pelos maravilhosos Ryan Gosling e Emily Blunt, chega aos cinemas garantindo um pouco mais de duas horas de um bom entretenimento.
O longa, originalmente intitulado “The Fall Guy”, tem como inspiração uma série estadunidense homônima (Aqui no Brasil chamada de “Duro na Queda”) que esteve no ar por boa parte da década de 1980, e, assim como filme, aborda a vida de dublês. Na série, os protagonistas são caçadores de recompensas. No filme, a recompensa do herói é a reconquista da sua amada.
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Vivendo um romance com sua colega operadora de câmera Jody Moreno (Blunt), Colt Seavers (Gosling) sofre um acidente de trabalho enquanto performa uma queda no lugar do super famoso astro Tom Ryder (Aaron Taylor-Johnson). Em seu processo de recuperação opta por se afastar de todos de seu então antigo trabalho, inclusive de Jody. Um ano e meio depois – sim, a recuperação dele foi em tempo recorde – ele é convidado para voltar a fazer as cenas de ação de Tom em um filme dirigido por sua amada Jody – que subiu na vida também num ritmo acelerado. Voltando ao set de filmagens, se inicia o desenrolar da trama que envolve romance, traição, tiros e muita explosão.
A profissão dublê é o assunto central aqui. O filme traz uma homenagem (merecida) aos profissionais que tornam a magia do cinema de ação possível, mas são completos desconhecidos do público. O filme nos apresenta a essa profissão como algo que preenche a vida de pessoas que vivem com desejo de adrenalina, mas rígidas em protocolos e segurança. Em uma narrativa hiperbólica que mistura momentos de ficção e de vida dos personagens, momentos de aventura no set de filmagem, e super aventuras na vida do nosso protagonista Colt, o filme nos mostra o duble quase como um super-humano. Mas, super-humanos com seus medos e inseguranças.
David Leitch sabe fazer um bom filme de ação! E nesse caso, o diretor encaminha o longa com vasto conhecimento de causa: ele também foi dublê e coordenador de dublês. A sua direção com o roteiro de Drew Pearce traz para as telas duas horas – que não cansam – de um filme com uma estética atual, sem perder as inspirações oitentistas, seja na trilha sonora (assinada por Dominic Lewis), ou em algumas sequências excepcionais de ação.
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Lembrando um pouco o método “Clube da Luta” sobre “como criar mensagens subliminares”, o filme, de uma forma mais didática, nos apresenta algumas possibilidades cinematográficas na teoria e, na prática. Os personagens discutem as sensações que tais escolhas trazem ao expectador, enquanto o filme nos mostra como funciona, nos fazendo sentir exatamente da forma que narram. Fica evidente que quem entende de cinema sabe como conduzir o público para as emoções que desejam causar. O didatismo entre por trás das câmeras e o que queremos com cada escolha se mostra presente ao longo do filme e é muito interessante de acompanhar. Já o uso do treinamento de dublê na vida do personagem é um tanto exagerado, mas, acredite, você quer muito ver o Colt resolvendo seus problemas pessoais como um personagem resolveria em um filme de ação.
O elenco está muito bem em cena. Os protagonistas Ryan Gosling e Emily Blunt, em especial, são excelentes em diversas naturezas de seus personagens, e aqui, como de costume, dão verdade a um tanto de absurdos que o filme nos vende, e compramos contentes. Mas além deles, o trabalho de Aaron Taylor-Johnson, Hannah Waddingham (que vive a agente do super astro, Tom) e Winston Duke (coordenador de dublês e amigo de Colt) também são ótimos e estão divertidíssimos.
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“O Dublê” é um filme que cativa e diverte. Uma daquelas produções que pode atender aos gostos da família (atenção para classificação indicativa de 14 anos). A trama tem boas reviravoltas e promete prender a atenção do começo ao fim, e, certamente, deixará os fãs – do gênero, dos atores ou do diretor – empolgados.
Imagem Destacada: Divulgação/Universal Pictures
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