Ela ficou conhecida por interpretar a famosa Princesa Leia na trilogia clássica “Star Wars” e no estrondoso sucesso do retorno da franquia em 2015, “Star Wars: O Despertar da Força”. Entretanto, era uma artista completa, chegando a trabalhar como escritora e roteirista, além de atriz. Carrie Frances Fisher ou simplesmente Carrie Fisher, como era conhecida, marcou a vida de muita gente dentro e fora da indústria do entretenimento. Foram mais de 45 filmes e 50 participações na televisão, sem contar trabalhos que desenvolveu em outras áreas, como dubladora por exemplo.
Nascida em uma família de artistas, filha do cantor Eddie Fisher e da atriz Debbie Reynolds, e irmã das também atrizes Joely Fisher e Tricia Leigh Fisher e do ator e produtor Todd Fisher, ela sempre esteve envolvida com o mercado. Desde criança já pensava em ser atriz e não largava um livro de lado, o que a fez ganhar o apelido de “rato de biblioteca”, levando-a também se interessar pela escrita rabiscando algumas poesias no começo. Aos 15 anos conquistou seu primeiro papel na Broadway, participando do musical Irene, em 1973, ampliando ainda mais seu interesse pela atuação, chegando a estudar no mesmo ano em Londres na “The Royal Central School of Speech and Drama”.
Diferente do que muitos acham, “Star Wars” não foi o seu début no mundo do cinema. Antes disso, ela encarou a comédia “Shampoo” que também trazia os atores Warren Beatty, Lee Grant, Jack Warden, Goldie Hawn e Julie Christie. Todavia, o sucesso apontou de vez na trilogia de ópera espacial assinada por George Lucas. Sua participação na franquia, até hoje, é louvada e aplaudida pelos fãs da saga.
Os anos 80 foram responsáveis por levantar ainda mais a vida e carreira da artista que esteve envolvida em diferentes grandes projetos, como os musicais da Broadway “Censored Scenes from King Kong” e “Agnes of God” (posteriormente, esse foi adaptado para as telonas com Jane Fonda no papel principal) e as aguardadas continuações de “Star Wars” (“O império contra-ataca” e “O Retorno de Jedi). Na época, ela ainda deu o que falar ao sensualizar (e marcar a cultura nerd) com o seu conhecido ensaio para a revista Rolling Stones, no qual posava com o famoso biquini de metal da princesa Leia.
No final da década de 80 ela lança seu primeiro livro “Postcards from the Edge”, considerado por muitos uma espécie de semi-autobiografia. O livro tornou-se um bestseller, e fez tanto sucesso que ganhou o prêmio Los Angeles Pen de melhor livro no mesmo ano e uma adaptação cinematográfica em 1990, com direito a Meryl Streep, Gene Hackman, Shirley MacLaine, Richard Dreyfuss e Dennis Quaid no elenco. Durante os próximos anos ela viria ainda a escrever outros livros, bem como participar de diversos roteiros de filmes e séries de tv, incluindo “O Jovem Indiana Jones” criado por George Lucas e Steven Spielberg. A série mostrava a juventude e as peripécias de um dos personagens mais conhecidos da cultura pop.
A atriz chegou ainda a fazer inúmeras participações em seriados de sucesso como “Entourage”, “30 Rock” e “The Big Bang Theory”, além de escrever e atuar no solo teatral “Wishful Drinking”, um divertido relato de sua própria vida que veio a ser lançado também como livro e áudio livro, recebendo uma indicação para Grammy nesse último caso. Na peça ela fala abertamente sobre seus relacionamentos passageiros e conturbados ao mesmo tempo que não esconde o seu vício em cocaína e em analgésicos, muito menos o diagnóstico que recebeu mostrando que ela sofria de transtorno de bipolaridade.
Como já foi abordado no início dessa matéria, no ano passado, ela voltou a dar vida a icônica Princesa Leia no filme “Star Wars: O Despertar da Força”, com uma participação elogiada pelo público e crítica especializada. Já, em seu finado ano, ela conseguiu lançar o livro “Memórias da Princesa – Os Diários de Carrie Fisher” que aborda o que aconteceu nos bastidores de “Star Wars”, como seu romance com o ator Harrison Ford quando esse ainda era casado.
A vida de Carrie foi marcada por altos e baixos, muitas vezes envolvendo seu abuso de álcool e drogas, mas apesar dos pesares Carrie Fisher conseguiu que seu nome fosse além disso, ou de suas personagens, transformando-a não só em uma artista completa, mas também em um ser humano notável transformando sonhos de outros em realidade enquanto desempenhava o maior papel de sua vida, o de ativista pela conscientização da saúde mental.
No dia 23 de dezembro de 2016, durante uma viagem para Londres, Fisher sofreu uma parada cardiorrespiratória e foi socorrida pelos passageiros e funcionários do avião. Ao desembarcar, os paramédicos cuidaram dela até o hospital Ronald Reagan UCLA Medical Center, no qual os médicos do local a mantiveram estável. Entretanto, hoje, quatro dias depois, às 8h55, a atriz veio a falecer. A confirmação partir de Billy Lourd, filha de Carrie.
“É com muita tristeza que Billie Lourd confirma que sua amada mãe, Carrie Fisher, faleceu às 8h55 dessa manhã.”
O último trabalho da atriz foi uma breve participação no Spin-Off “Rogue One: Uma história Star Wars”, e ela já tinha cenas gravadas para o próximo próximo filme da saga “Star Wars – Episódio VIII”. Confira abaixo uma seleção de fotos da atriz, disponibilizada pelo site IMDB.
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