A Cantora inglesa, Dua Lipa, fechou o Palco Mundo no “Dia Delas”
O último dia do Rock In Rio 2022 foi o “Dia Delas”, com todas as atrações nos palcos Sunset e Mundo serem do sexo feminino. E a principal atração, encerrando as atividades do palco principal nessa edição, foi a inglesa Dua Lipa. Ela foi precedida do show de Meghan Thee Stallion.
A cantora despontou na cena musical em 2017 com o disco que levava apenas seu nome no título, e hoje pode ser considerada indubitavelmente um dos nomes mais relevantes da música pop. O show apresentado no Rock In Rio faz parte da turnê de divulgação do (ótimo) álbum Future Nostalgia, lançado em 2020, que deixa nítida a sua maturidade artística.
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Com um certo atraso (de 20 minutos, longo para os padrões atuais do festival), o telão começou a exibir a divertidíssima introdução do show, como a abertura de um filme em seus créditos iniciais, na qual seus músicos e bailarinos apareciam como o elenco.
Em seguida, Dua Lipa surge no palco diante de seus fã (que já podemos chamar de súditos) que, em catarse coletiva, cantam junto com ela a irresistível “Physical”. Nesse primeiro segmento do show, com muitas cores, efeitos arrojados de luzes e coreografias bastante pesadas, há um domínio das músicas de “Future”, tendo apenas “New Rules” (a segunda da noite) e “Be The One” – o primeiro grande sucesso da cantora – como intrusas.
O segundo ato – em que entram “We Are Good”, “Good In Bed”, “Fever” e “Boys Will Be Boys” – segue um clima mais viajante, remetendo ainda mais fortemente à psicodelia e ao Pop Art.
Chega o terceiro ato, o mais dançante, com mais peso no groove, e fica instaurado o bailão. A Cidade do Rock se transforma em uma pista de dança gigante, com a iluminação do palco ajudando a compor o clima. “One Kiss”, “Electricity” e “Hallucinate” colocam a massa para sacolejar numa sequência que termina com “Cold Heart”, single lançado no ano passado, colaboração de Elton John (que aparece no telão em suas linhas da música). trata-se de um misto dos clássicos “Sacrifice” com “Rocketman”.
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A reta final da apresentação se dá com três faixas de grande sucesso do Future Nostalgia: a faixa-título, “Levitating”, em que bolas gigantes imitando a lua saltitavam pela plateia, e “Don’t Start Now”.
Aos 27 anos, Dua Lipa já mostra bastante domínio de palco dentro de uma proposta artística mais sofisticada e esbanja beleza e simpatia. Agradeceu em português, chamou os fãs de “meus gatinhos e minhas gatinhas” – arrancando urros da plateia que aguentava firme na fria Cidade do Rock durante a madrugada dessa segunda-feira – e, em pelo menos boa parte da apresentação – demonstrou boa voz. Sobre o uso de playback, ele é irremediavelmente atrelado a esse tipo de apresentação, mas quando a voz era (pelo menos ao que parecia) natural, soava satisfatória.
Por fim, o show de Future Nostalgia faz jus à qualidade do álbum, trazendo uma vibrante e épica jornada disco pop, e, polêmicas à parte (a já bastante criticada exigência de transmissão televisiva com meia hora de atraso), Dua Lipa provou ser uma escolha mais que acertada para encerrar a segunda noite do pop, que também fecha com chave de ouro o festival de música mais amado do Brasil.
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