Se você quer sair da Zona de conforto, essas séries são essenciais
Escolhemos de forma cirúrgica as séries marcantes que vão te ajudar sair da sua zona de conforto e confrontar a sua própria história, quiçá suas atitudes e preconceitos mais disfarçados.
Afora isso, revisitar situações que preferimos deixar sob o tapete: insatisfação sexual, questões familiares, a realidade além da nossa percepção, enfim, se você quer ser provocado, basta escolher uma dessas séries e pegar a pipoca!
1. A vida e a história de Madam C.J. Walker
Esta minissérie da Netflix narra a vida extraordinária de Madam C.J. Walker, uma empresária afro-americana que se tornou uma das primeiras milionárias nos Estados Unidos. Por meio de determinação, visão e talento, Walker superou adversidades e desafios sistêmicos para construir um império no ramo de cuidados capilares para mulheres negras. Sua história inspiradora é um lembrete poderoso do poder da resiliência, da determinação e da capacidade de transformar sonhos em realidade.
Sabe aquela tendencia de reclamar quando algo sai do esperado? Nesta série vemos o quanto isso é inútil, afinal Madam C.J. Walker, ao invés disso, foi à luta e se tornou uma das maiores empresárias americanas. O modo como ela criou o produto pode ser controverso, mas inegavelmente foi uma visionária. Precisa de um incentivo para as realizações? Veja!
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2. Império da Dor
Baseada em fatos, a trama é ambientada na década de 1990, e acompanha inicialmente Edie Flowers (Uzo Aduba), uma investigadora do Ministério Público dos Estados Unidos. Ao começar a questionar a introdução do novo medicamento OxyContin no mercado, uma pílula que passou a ser vendida em larga escala para o tratamento de dor e promovida como um produto não viciante, a profissional acaba se deparando com um cenário grave da epidemia de opióides.
O desconforto se dá pela constatação de que muitas vezes nos submetemos a medicações que apenas maquiam o problema real, a depender podem causar dependência e ainda assim não solucionamos o “X da questão”. Consequentemente somos apenas números para os grandes laboratórios.
3. House of Cards
Esta série política acompanha a ascensão implacável de Frank Underwood, um congressista manipulador e ambicioso que almeja o poder absoluto em Washington D.C. Ao longo das temporadas, os espectadores testemunham os intrincados jogos de poder, manipulações e traições que permeiam o universo político. “House of Cards” oferece uma visão sombria e provocativa do funcionamento do governo e das consequências do desejo desmedido pelo poder.
Tudo bem que a partir da 4a temporada a narrativa começa a “encher linguiça”, mas inegavelmente a série provoca um enorme desconforto por perceber que, em maior ou menor grau, podemos agir como o casal Underwood: interessados apenas nas próprias realizações e assim manipular, contar a verdade conveniente, usar e abusar do poder econômico para obterem êxito; e claro, qualquer comparação com a política nacional não é mera coincidência, especialmente se fizermos um paralelo entre o momento histórico da série e o nosso.
4. Uma advogada Extraordinária
Além das tramas jurídicas envolventes, a série também aborda questões éticas, capacitistas e de trabalho, permeada pela trama central da protagonista ser uma advogada brilhante e autista.
Não tem como “passar batido” pela forma que o capacitismo é mostrado na série. Woo Young-woo é brilhante, porém julgada apenas pela capa do autismo. Ela carrega consigo uma bagagem pessoal muito maior: a relação com o pai, a ausência da mãe, a dificuldade de expressar o que sente ao namorado.
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5. Goop: Muito Além do Prazer
Uma série documental que explora diferentes aspectos do bem-estar físico, mental e emocional. Liderada por Gwyneth Paltrow, a série aborda temas como sexualidade, saúde mental, espiritualidade e práticas de autocuidado. Embora algumas das abordagens possam ser controversas, “Goop“ desafia os espectadores a considerarem novas perspectivas e abordagens para alcançarem uma vida mais plena e satisfatória
Aqui você é levado a questionar se realmente se conhece e a buscar formas para isso, ao perceber que as sensações podem levar a descobertas profundas sobre si.
6. The Good Doctor
Esta série médica acompanha o jovem médico autista Shaun Murphy enquanto ele enfrenta os desafios do ambiente hospitalar e busca provar seu valor como profissional. “The Good Doctor” não apenas destaca as habilidades únicas de Shaun, mas também aborda questões de inclusão, empatia e aceitação. Através das histórias emocionantes dos pacientes e da jornada de crescimento pessoal de Shaun, os espectadores são inspirados a considerarem as diferentes formas de inteligência e talento.
Assim como em “Advogada Extraordinária” Shaun também sofre os impactos do capacitismo porem no caso de “The Good Doctor” há vários desconfortos além desse: questões raciais, de gênero, abandono familiar. Cada episódio é um convite a repensarmos a condição humana através das dores, amores que nos conectam em nossa humanidade.
7. Eu, tu e Ela
Uma série de comédia romântica que explora a dinâmica complexa de um relacionamento poliamoroso entre um casal e uma acompanhante. Que surge de forma natural e aos poucos vão se envolvendo. Ao longo do tempo formam um trisal.
Essa série leva à tomada de consciência sobre as diversas formas de relacionamento afetivo e pode provocar desconfortos ao se deparar com a desconstrução da heteronormatividade e monogamia. Inclusive esses desconfortos aparecem na série, seja no ambiente profissional ou familiar das personagens.
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8. Sex Life
Uma série dramática que segue a vida de uma mulher casada que começa a reavaliar suas escolhas e desejos sexuais ao reencontrar um antigo amor. Ao explorar temas de desejo, intimidade e monogamia, “Sex Life“ convida os espectadores a considerarem a complexidade das relações sexuais e emocionais.
O grande motivo de expansão de consciência aqui é ver uma mulher expressar os seus desejos livremente e arcar com as consequências dele no seu casamento, relacionamento com a mãe e os seus filhos pequenos. Você pode até discordar da Billy, mas a coragem dela é admirável.
9. Sob Pressão
Esta série brasileira retrata o cotidiano estressante e desafiador de uma equipe médica em um hospital público. Além de abordar questões de saúde pública e acesso à saúde, “Sob Pressão” também mergulha nas vidas pessoais dos médicos e enfermeiros, explorando temas como ética, moralidade e o impacto emocional de lidar com a vida e a morte diariamente.
O melhor de “Sob Pressão” é humanizar a figura do médico. Afinal, médicos também são pessoas com as próprias questões que muitas vezes se chocam com as situações profissionais. Isso é visível em todos os personagens. Isso claro sem contar com a exposição da realidade da saúde pública brasileira.
10. Sessão de Terapia
Esta série dramática acompanha as sessões de terapia de diversos tipos de pacientes. Iniciada com Zé Carlos Machado, como o terapeuta Théo, e continuada com Selton Mello, como terapeuta Caio Barone.
Mostra como os psicólogos também se envolvem, se espelham com os pacientes, especialmente o Theo. Explora variedade de questões emocionais e psicológicas. Ao mergulhar nas histórias pessoais dos personagens, “Sessão de Terapia” oferece uma visão profunda e reflexiva sobre a natureza humana, os desafios da vida moderna e a busca pela felicidade e realização pessoal.
Os desconfortos veem da identificação com os pacientes, ainda que se negue, mas todos temos alguma questão que merecem pelo menos uma sessão de terapia.
Imagem Destacada: Divulgação/Netflix
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