Para quem não conhece, Badsista é um artista multifacetado, que atua como DJ, produtor musical, compositor, cantor e baixista. Ele é uma das figuras mais importantes da cena eletrônica brasileira contemporânea, e seu trabalho é conhecido por sua mistura de gêneros, o uso de samples e sua abordagem política. Nasceu em São Paulo, em 1986, e começou a tocar baixo aos 12 anos. Aos 16 anos já estava tocando em bandas de rock. Em 2008, se interessou por música eletrônica, e começou a produzir suas próprias músicas.
Em 2010, lançou seu primeiro álbum, intitulado “BADSISTA”. O álbum foi um sucesso de crítica, e foi considerado um dos melhores lançamentos de música eletrônica do ano no Brasil. O álbum foi seguido por “BADSISTA II”, em 2012, e “BADSISTA III”, em 2014.
Além de sua carreira solo, BADSISTA também é um artista muito requisitado por outros artistas. Ele já colaborou com nomes como Elza Soares, Baco Exu do Blues, Liniker, e muitos outros.
Badsista realmente está sempre inovando e explorando novos territórios. Seu trabalho é uma mistura de gêneros, que vai do rock ao eletrônico, do hip-hop à música brasileira tradicional. Trata-se de um artista político, que usa sua música para falar sobre temas como gênero, raça e desigualdade social.
Falamos brevemente com ele durante o The Town, um pouco antes de sua apresentação no palco New Dance Order, e abordamos as questões políticas e sociais que fazem parte da sua obra, como as ações que o governo Lula pode tomar para que mais artistas das periferias surjam (ele se formou pelo Prouni e teve seu acesso ao primeiro computador através de um programa de Lula no passado). Ele foi direto ao dizer que “[O caminho é] focar no poder de compra para as pessoas pobres. Foi desse jeito que a gente comprou o computador, por exemplo. [Também] continuar com esses programas de educação e também ter um lance que seja depois da Universidade também você entende? Porque você pode conseguir a bolsa, você pode estudar os quatro anos e aí o que vem depois sabe?”
E quando perguntamos se ainda há homofobia no cenário musical brasileiro e mundial, Badsista deu uma longa resposta: “Olha, eu acho que sempre vão ter esses espaços, entendeu? É meio inevitável. E também são espaços onde existem esses códigos, entendeu? Mas eu também sinto que quando eu vou me apresentar, há pessoas completamente aleatórias. Quando você bate o olho, você lê a pessoa e vê que ela não faz parte da minha bolha, etc. Isso pra mim é muito prazeroso, entendeu? Porque significa que atravessa um pouco todo esse rolê. Eu acho que nos últimos anos, principalmente na cena underground em São Paulo e acho que na cena brasileira, a gente tem se fortalecido muito, sabe? Tipo, toda a comunidade. Eu acho que hoje em dia a gente pode citar aí, sei lá, vários DJs, hoje mesmo toca a Paulette e a Valentina Luz, né? Depois de mim também tem “Mamba negra”. Artistas LGBT recebem esse holofote e tudo mais, então é meio trabalho de formiga, mas quando eu paro pra ver, o hoje é muito diferente de quatro anos atrás ou até sete anos atrás, entendeu? Onde a gente ainda tinha que ficar contando o beabá? É, hoje em dia acho que às vezes você pode partir da segunda etapa, né? O bê-á-bá já passou.”
Badsista então rumou para o palco, o lugar onde ele se sente melhor.
Para conhecer mais do artista, veja os vídeos no seu canal do YouTube e depois escolha a plataforma preferida para ouvir as suas músicas pelo link.
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