Programação ampla e deliciosa para os cinéfilos
Em apresentação à imprensa, Renata de Almeida, Presidente da Mostra, discorreu amplamente sobre a 48ª Mostra de Cinema em São Paulo, que ocontecerá entre os dias 17 e 30 de outubro. Ao lado dos patrocinadores tradicionais, ela enfatizou o foco no cinema indiano, que receberá uma homenagem a Satyajit Ray. O renomado diretor, artista gráfico, compositor, roteirista, publicitário, escritor, diretor de arte, de fotografia, de som e editor será reverenciado com uma retrospectiva de sete de suas obras. Serão exibidos longas-metragens realizados por Ray entre 1955 e 1966. Destaca-se, inclusive, um dos storyboards criados pelo cineasta durante a preparação de “A Canção da Estrada” (1955), seu primeiro longa, que ilustra o cartaz desta edição.
Além do cinema indiano, haverá uma seção dedicada a filmes estrelados por Marcello Mastroianni, em celebração aos cem anos de nascimento do ator italiano. Serão apresentadas cópias restauradas de seis filmes com ele, produzidos em diversos países: “Dois Destinos” (1962), de Valerio Zurlini; “Um Homem em Estado… Interessante” (1973), de Jacques Demy; “O Apicultor” (1986), de Theo Angelopoulos; “Olhos Negros” (1987), de Nikita Mikhalkov; “Três Vidas e Só uma Morte” (1996), de Raúl Ruiz; e “Viagem ao Princípio do Mundo” (1997), de Manoel de Oliveira. Adicionalmente, será exibido “Marcello Mio”, de Christophe Honoré, estrelado pela filha de Marcello, Chiara Mastroianni. No filme ela busca reviver a experiência de seu pai, e começa a se vestir e a agir como ele.
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Haverá também uma homenagem a Rogério Sganzerla, cineasta marginal brasileiro, com a exibição da versão digitalizada do longa “Abismu” (1977). A nova cópia do filme foi apresentada no Festival de Locarno em 2023. A Mostra ainda comemora os 40 anos do lançamento de “Paris, Texas” (1984), de Wim Wenders, vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes, com a exibição da restauração digital do negativo original.
Outros destaques incluem uma seleção de filmes do Oriente Médio, em resposta aos crescentes conflitos na região, e a primeira edição da Mostrinha, que homenageia os 30 anos do programa “Castelo Rá-Tim-Bum”, da TV Cultura, assim como os 25 anos do filme homônimo de Cao Hamburger, inspirado na série. O escritor e cartunista Ziraldo, falecido este ano, também será celebrado com a exibição de duas adaptações sobre o “Menino Maluquinho”.
No âmbito internacional, a 48ª Mostra traz uma rica programação, com títulos como “Anora” de Sean Baker, “Tudo que Imaginamos Como Luz” de Payal Kapadia, “Dying – A Última Sinfonia” de Matthias Glasner, “Grand Tour” de Miguel Gomes, “Dahomey” de Mati Diop, “O Brutalista” de Brady Corbet, “Vermiglio” de Maura Delpero, “Sujo” de Astrid Rondero e Fernanda Valadez, “Memórias de um Caracol” de Adam Elliot, “Happy Holidays” de Scandar Copti, “Os Malditos” de Roberto Minervini, “Holy Cow” de Louise Courvoisier, “Vira-Lata” de Chiang Wei Liang e You Qiao Yin, “Esta Minha Vida” de Sophie Fillières, “Ao Contrário” de Jonas Trueba, “O Maior Bocejo da História” de Aliyar Rasti, “No Other Land” de Basel Adra, Hamdan Ballal, Yuval Abraham e Rachel Szor, “O Banho do Diabo” de Veronika Franz e Severin Fiala, e “O Vidreiro” de Usman Riaz.
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A cerimônia de abertura ocorrerá na quarta-feira, dia 16, na Sala São Paulo, com a estreia de “Maria Callas”, um longa-metragem de Pablo Larraín, protagonizado por Angelina Jolie.
Para mais informações sobre a programação e os valores dos pacotes de ingressos, que começarão a ser vendidos em 12 de outubro, acesse o site da 48ª Mostra.
Veja abaixo a vinheta da edição deste ano
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