Cada vez mais técnicas tem sido usadas no cinema, na televisão e nos games para possibilitar produções com efeitos visuais mais realistas, fazendo com que projetos impensáveis há alguns anos, hoje, sejam possíveis. A tendência é que daqui para frente os sonhos mais loucos de muitos roteiristas e os projetos mais grandiosos de designers de games não estejam mais limitados pela tecnologia.

Uma das técnicas criadas para fazer das grandes produções o que elas são hoje é a captura de movimento, ou mocap, que é basicamente um processo de gravação de movimento e transposição deste para um modelo digital.

A captura de movimento é usada em militarismo, entretenimento, esportes, aplicações médicas e principalmente em produções cinematográficas. O termo refere-se a gravar ações de atores humanos e usar tais informações para animar modelos de personagens virtuais em animação 3D.

Com o crescimento do número de filmes que exigem caracterizações exóticas, também aumentou a demanda por atores e atrizes cada vez mais capacitados a viver esses papéis, o que acabou gerando uma leva de profissionais extremamente versáteis na área da captura de movimentos.

Separamos aqui uma lista das atrizes e dos atores dessa área que não podem ficar sem o reconhecimento que merecem.

Lupita Nyong’o

Lupita é uma atriz mexicana que já possui um Oscar de melhor atriz coadjuvante pelo filme “12 Anos de Escravidão”.

Seus trabalhos mais recentes incluem a voz da loba Raksha para o filme live-action “Mogli” e a rainha pirata Maz Kanata em “Star Wars: O Despertar da Força”

Josh Brolin

Brolin é conhecido principalmente pelo seu papel no clássico “Os Goonies”, como o irmão mais velho do protagonista interpretado por Sean Austin. Brolin também atuou em “Homens de Preto III” e atualmente o Universo Cinematográfico da Marvel gira em torno do provável grande trabalho de sua carreira, o titã louco Thanos.

Benedict Cumberbatch

O “Doutor Estranho” que a Marvel esperou tanto tempo também possui habilidades na área de captura de movimentos, um trabalho que ele faz com muita dedicação e empolgação. Além de ser o homem por trás do Dragão Smaug da trilogia “Hobbit”, Benedict empresta seu rosto ao seu próprio vilão em “Doutor Estranho”, a ameaça extradimencional: Dormammu. O curioso é que o ator fez questão de ser o responsável pela captura de movimento.

Abaixo um vídeo que demonstra um pouco do trabalho de Cumberbatch como Smaug:

Zoe Saldaña

Zoe ganhou algum destaque por seu papel como Anamaria em “Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra” de (2003), mas foi em 2009, no papel da tenente Nyota Uhura em “Star Trek” e como Neytiri em “Avatar” de James Cameron que ela caiu nas graças do público. Atualmente Zoe é mais conhecida por seu papel como Gamorra em “Guardiões da Galáxia”.

Toby Kebbell

Toby é um ator inglês que já trabalhou em diversos filmes como: “Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo”, “Fúria de Titãs” e “Quarteto Fantástico” de 2015. Ele também já participou de um dos episódios da série “Black Mirror“.

Toby já possui uma carreira em captura de movimento que inclui papéis como Koba, o símio antagonista em “Planeta dos Macacos: A Origem”, “Planeta dos Macacos: O Confronto”; o orc Durotan em “Warcraft” e o novo King Kong.

Andy Serkis

Sem dúvida nenhuma, Andy é o maior expoente da captura de movimento. No entanto seus trabalhos no cinema incluem papéis em filmes como: “De Repente 30”, “O Grande Truque” e até mesmo “Vingadores: Era de Ultron”, onde fez uma pequena aparição.

Suas atuacões através da captura de movimento incluem, mas não se limitam ao: Smeagol/Golum em todas as suas aparições na trilogia “Senhor dos Anéis” e “Hobbit”, “Kong” no filme de 2015, César na trilogia “Planeta dos Macacos”, e mais recentemente foi a pessoa responsável por dar movimento e expressão ao misterioso Supremo Líder Snoke em “Star Wars: O Despertar da Força”.

É importante lembrar que além do movimento corporal, os atores aqui listados também são responsáveis pelas expressões faciais dos personagens. O conjunto desses trabalhos é o que dá vida aos seres mais estranhos e fantásticos do cinema.

Por Raoni Vidal