Desde do anúncio da homenagem à Neil Gaiman na CCXP Worlds, esse se tornou um dos painéis mais aguardados do evento, ainda mais com a presença do próprio Neil. O autor falou de algumas de suas grandes obras como “The Sandman”, que atualmente recebeu uma adaptação para as telas, “Deuses Americanos” e “Good Omens”.
Questionado sobre o que ele considera a razão da imensa popularidade de “Sandman”, Gaiman comentou que além de ser uma história mais diversa em relação aos personagens, ela contou com excelentes trabalhos de edição ao redor do mundo. Inclusive, ele considera a edição brasileira de “The Sandman” como uma das melhores, por conter notas, glossário e outros materiais de apoio para a compreensão da história. Ele considera que o principal legado que a obra deixou, foi a popularização da forma de escrever em graphic novel.
O longo caminho de “Sandman” até as TVs
Quando questionado sobre o porque da série Sandman ter demorado tanto para sair, o escritor disse que o principal foi a dificuldade para conseguir financiar o projeto. Segundo Gaiman, nos anos 1990 era muito mais difícil conseguir dinheiro para fazer uma série, pois as grandes redes de televisão, como a BBC, já tinham suas prioridades. Em seguida, contou ainda que ter feito um bom trabalho como produtor executivo e showrunner em “Good Omens” e “Deuses Americanos” fez com que valesse a pena investir em mais um trabalho seu, e a Netflix foi a que melhor entendeu como ele queria desenrolar a história.
Ainda sobre “Good Omens”, Neil Gaiman contou que toda vez que tinha que lidar com alguma limitação para filmar cenas, ele sempre tentava reescrevê-las de uma forma ainda melhor e não adaptar o que já tinha. De acordo com Gaiman, essa foi uma sugestão Steven Moffat, de “Doctor Who” e “Sherlock”.
Seus projetos e a COVID-19
Quando o assunto foi a COVID-19, Gaiman afirmou que além do cenário triste que vivemos, filmar nesse período foi um desafio logístico imenso, ainda maior do que os problemas orçamentários relacionados à pandemia. Foi muito difícil garantir o distanciamento no set de filmagem do piloto de “Sandman”. Além disso, ele contou que tentou aprender coisas novas na pandemia. Tentou fazer pães em casa mas descobriu ser péssimo nisso. Mas contou que adquiriu um interesse novo, que é a arqueologia.
Uma parte engraçada da conversa foi quando ele contou histórias de suas passagens pelo Brasil. Ele disse ser um apaixonado pelo país desde sua primeira visita, em 1998. Além disso, contou como foi incrível a tarde de autógrafos na livraria FNAC em 2002. Na ocasião, o público presente foi muito maior que o esperado, o que o deixou sem voz, fazendo com que ele abraçasse muitas pessoas naquele dia. Disse que sente falta de estar no Brasil, junto aos fãs e está muito triste por não poder estar presencialmente no evento por causa da COVID-19.
Esse é só o começo da cobertura especial da Woo! Magazine para a CCXP Worlds! Fique com a gente!
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