O Palco Bentô é o mais novo membro da família da CCXP, um anúncio de última hora que mostrou ter vindo muito a calhar. Apesar da estrutura menor e com algum tom de improviso, as atrações do primeiro dia acenam para voos maiores no ano seguinte, como é o caso do debate que inaugurou o palco de cultura pop oriental: “mangás brasileiros”.
Primeiro dia de Bentô
Já não era sem tempo da administração ouvir essa demanda do público; afinal, o que há de mais pop no universo dos quadrinhos senão o mangá? Com apresentação de Moh e Tati Mafort (Otaminas, Anime Awards Brasil), quem mediou a conversa, a CCXP trouxe quatro autores para falar de suas experiências publicando mangá no Brasil.
Israel Guedes, iaraNaika, Hataoh e Cah Poszar contaram para a plateia sobre suas inspirações, dificuldades e dicas para aqueles que querem trilhar o mesmo caminho, além de divulgarem seus trabalhos mais recentes e tirarem fotos com o público ali presente — Cah Poszar inclusive também está com sua própria mesa (A40) no Artists Valley neste ano.
Ao longo do dia também ocorreram as conferências “Lifestyle otaku com podcasts de anime” (15h), “Vida de cosplayer” (16h), “Crunchyroll apresenta: as vozes de My Hero Academia” (18h) e o favorito pessoal do editor que vos fala: “Jornalismo de anime e mangá no Brasil”, com Gusta (Anime Awards), Fábio Garcia (Mais de 8000/Coisas de TV), Laura Gasseruto (Jbox) e Teke (Jbox/Crunchyroll Notícias) — onde contaram, com muito humor, sobre algumas pérolas do jornalismo voltado ao público otaku.
Pelo bom resultado do experimento, é possível que o projeto ganhe maior robustez na CCXP23, e que o próprio Concurso de Cosplay não dependa de outros palcos para sua exibição senão um próprio e temático, bem como atraia um escopo maior de artistas, como seiyuus e bandas de anison.
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