Woo! Magazine

Menu

  • Home
  • Editorias
    • Filmes
    • Séries/TV
    • Música
    • Geek
    • Literatura
    • Espetáculos
  • Especiais
    • SpotLight
      • Lollapalooza
      • D23
      • CCXP
      • Mostra SP
      • Festival do Rio
      • Rock in Rio
      • The Town
      • Bienal do Livro
      • Game XP
    • Entrevistas
    • Premiações
  • Streamings
    • Netflix
    • Amazon Prime Video
    • HBO Max
    • Disney+
    • Apple TV+
  • Listas
  • Colunas
    • Curiosidades
    • Terror
    • Internet
    • Business
    • Tecnologia
    • Esportes
    • Gravellizar

Siga nas Redes

Woo! Magazine

A imaginação ao seu alcance

Digite e pressione Enter para pesquisar

Woo! Magazine
  • Home
  • Editorias
    • Filmes
    • Séries/TV
    • Música
    • Geek
    • Literatura
    • Espetáculos
  • Especiais
    • SpotLight
      • Lollapalooza
      • D23
      • CCXP
      • Mostra SP
      • Festival do Rio
      • Rock in Rio
      • The Town
      • Bienal do Livro
      • Game XP
    • Entrevistas
    • Premiações
  • Streamings
    • Netflix
    • Amazon Prime Video
    • HBO Max
    • Disney+
    • Apple TV+
  • Listas
  • Colunas
    • Curiosidades
    • Terror
    • Internet
    • Business
    • Tecnologia
    • Esportes
    • Gravellizar
Instagram Tiktok X-twitter Facebook Pinterest
CríticaFilmes

Crítica: Era o Hotel Cambridge

Avatar de Paulo Olivera
Paulo Olivera
23 de outubro de 2016 3 Mins Read
A ficção e a realidade lado a lado

10-era-o-hotel-cambridge-7-9Muitos já tentaram, mas poucos tiveram o real sucesso em realizar um filme ficcional onde a realidade e o estilo documental andassem lado a lado de forma igualitária e próxima à perfeição. Para realizar tal feito, além de trabalhoso, é preciso ter muito cuidado com o conteúdo e a forma apresentados, mas em “Era o Hotel Cambridge” esse resultado salta da tela para nossas mentes de forma memorável.

Na obra, nos tornamos observadores da vida de refugiados recém-chegados ao Brasil que se uniram a um grupo de sem-teto e ocupam o prédio de um antigo hotel abandonado em São Paulo. Mediante a organização para uma boa convivência, as ameaças recorrentes de despejo fazem com que eles lidem com seus dramas pessoais e de convivência, para que juntos possam se ajudar e superar os obstáculos que lhes são apresentados.

A direção de Eliane Caffé para essa ficção nos lembra muita outra produção que ela assinou. Em 2003, ela lançou “Narradores de Javé”, que também misturava personagens reais a outros ficcionais para contar a trajetória de uma vila, no interior, que seria destruída pela construção de uma usina hidrelétrica. Em ambos os trabalhos Caffé consegue construir uma narrativa interessante e socialmente questionadora, que nos serve de reflexão em tempos de ódio e omissão.

O roteiro estruturado pela diretora, ao lado de Luis Alberto de Abreu e Inês Figueiró, dá um grande foco aos refugiados que são “acolhidos” pelo governo, mas quando chegam ao Brasil não possuem nenhum incentivo estatal para se estabelecerem, aprenderem a língua e buscarem uma vida digna. Assim, eles se veem marginalizados e se juntam às pessoas dali, pois são acolhidos e conseguem a ajuda delas, que são socialmente excluídas, para se estruturarem aos poucos no país.

485823-jpg-r_1920_1080-f_jpg-q_x-xxyxx

Entre os personagens ficcionais estão Apolo, vivido por José Dumont, e Gilda, vivida por Suely Franco. Dumont serve de ponte para conectar as muitas culturas presentes no hotel. Ele monta uma cia de teatro onde os moradores possam representar suas próprias identidades culturais, trocar experiências e ali é apresentado um dos momentos mais emblemáticos do longa. Suely, por sua vez, vem carregada de enigmas de sua espevitada Gilda, que aos poucos vamos nos descobre a profundidade de sua personagem, assim como o peso das memórias afetivas, que podem nos transformar como humanos.

Mais do que uma estrutura questionadora, que levante tabus sociais e humanize aqueles que são socialmente excluídos, a montagem do longa é sem dúvida sua melhor proeza. Como já havíamos falado, realizar juntas as estruturas ficcional e documental ao mesmo tempo é um trabalho complicado e requer um trabalho clínico para dar veracidade a toda narrativa. Mesmo tendo pequenos problemas de ritmo, o trabalho de Márcio Hashimoto Soares é extraordinário.

“Era o Hotel Cambridge” não é nenhuma obra de apego pessoal. Ela transporta sua visão para algo que nos faz calar. Existe uma urgência de se questionar o que fazemos de bom para nós e para aqueles que nos rodeiam. Exemplifica o ódio ao desconhecido que julgamos sem conhecer, estabelecendo um pré-conceito. Mais do que um longa, o filme é um retrato vivo de alguns dos acontecimentos sociais atuais e recorrentes, no qual escolhemos fechar os olhos e ficar calados. Um banho de realidade feito pelo ótimo cinema nacional.

Reader Rating2 Votes
7.7
7.9

Quer estar por dentro do que acontece no mundo do entretenimento? Então, faça parte do nosso  CANAL OFICIAL DO WHATSAPP e receba novidades todos os dias.

Tags:

Cinema NacionalDocumentárioDramaFicção

Compartilhar artigo

Avatar de Paulo Olivera
Me siga Escrito por

Paulo Olivera

Paulo Olivera é mineiro, mas reside no Rio de Janeiro há mais de 10 anos. Produtor de Arte e Objetos para o audiovisual, gypsy lifestyle e nômade intelectual. Apaixonado pelas artes, workaholic e viciado em prazeres carnais e intelectuais inadequados para menores e/ou sem ensino médio completo.

Outros Artigos

Escape 60 oficial
Anterior

60 minutos para escapar

Festival do Rio Page
Próximo

Festival do Rio: Um pouco do que vi, ouvi e achei

Próximo
Festival do Rio Page
23 de outubro de 2016

Festival do Rio: Um pouco do que vi, ouvi e achei

Anterior
23 de outubro de 2016

60 minutos para escapar

Escape 60 oficial

Sem comentários! Seja o primeiro.

    Deixe um comentário Cancelar resposta

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

    Publicidade

    Posts Recentes

    Apresentação do AC/DC em Gelsenkirchen, em maio de 2024.
    AC/DC | Vendas de Ingressos Têm início Nesta Sexta-Feira
    Cesar Monteiro
    Pôster horizontal de divulgação da DLC "Mega Dimension" de "Pokémon: Legends Z-A". A nova personagem Ansha pode ser vista com um Hoopa. No canto inferior estão os protagonistas, à esquerda Paxton com um Mega Meganium, e à direita Harmony com um Mega Emboar, ambos com expressão de surpresa, bem no fundo estão Taunie e Urban, um de cada lado, ele com um Mega Feraligatr. Harmony tem um Mega Emboar. À esquerda, superior esquerdo, Korrina aparece com nova vestimenta e com seu Lucario. Personagens estão em fundo cromático, como um portal para uma nova dimensão, ao centro na parte de cima há uma bola prata em alusão às mega evoluções.
    Pokémon Mega Dimension | Novas Mega Anunciadas: Chimecho, Baxcalibur e Mais
    Nick de Angelo
    No Other Choice
    No Other Choice | O Homem Comum em uma Jornada Criminosa Macabrabramente Bem Humorada
    Rodrigo Chinchio
    O Agente Secreto
    O Agente Secreto | Quando o Estilo Grita Mais Alto que a Substância
    Rodrigo Chinchio
    No Caminho
    No Caminho | Um Romance Homoafetivo em Meio à Violência dos Cartéis
    Rodrigo Chinchio

    Posts Relacionados

    No Other Choice

    No Other Choice | O Homem Comum em uma Jornada Criminosa Macabrabramente Bem Humorada

    Rodrigo Chinchio
    5 de novembro de 2025
    O Agente Secreto

    O Agente Secreto | Quando o Estilo Grita Mais Alto que a Substância

    Rodrigo Chinchio
    5 de novembro de 2025
    No Caminho

    No Caminho | Um Romance Homoafetivo em Meio à Violência dos Cartéis

    Rodrigo Chinchio
    5 de novembro de 2025
    Foi Apenas um Acidente

    Foi Apenas um Acidente | Vingança Contra o Estado Torturador

    Rodrigo Chinchio
    5 de novembro de 2025
    • Sobre
    • Contato
    • Collabs
    • Políticas
    Woo! Magazine
    Instagram Tiktok X-twitter Facebook
    Woo! Magazine ©2024 All Rights Reserved | Developed by WooMaxx
    Banner novidades amazon