O professor de Simbologia de Harvard, Robert Langdon (Tom Hanks ) está de volta na adaptação para o cinema do quarto livro do escritor Dan Brown, Inferno.
Em 1998, o escritor Dan Brown lançou seu primeiro livro, Fortaleza Digital (sem adaptação para o cinema), que deu sequência aos outros três, porém, foi em 2003 que surgiu o que ficou marcado como o grande sucesso da saga, O Código da Vinci, logo adaptado para o cinema (2006) e conquistando um considerável público de aficcionados pelos mistérios da trama. Três anos depois, Anjos e Demônios veio com a proposta de instigar ainda mais, porém, ficou longe de seu objetivo, com um roteiro que era de se esperar mais. Com estréia prevista para 14 de outubro, Inferno chega aos cinemas de todo o Brasil com uma grande expectativa de todos que acompanham a franquia. Ron Howard que assinou as outras duas mega produções, continua na direção do longa.
Com uma atuação sempre fantástica, Tom Hanks volta como o professor de simbologia que se envolve em muitos mistérios, resolve enígmas, corre contra o tempo e dessa vez, “luta” com sua memória. Na trama, Robert Langdon (Tom Hanks), que depois de ser sequestrado, enfrenta o tempo para se lembrar do que aconteceu, se envolvendo novamente com obras de arte, passagens secretas, enígmas e tem como pano de fundo “O Poema Sagrado de Dante”, séculos após registrado como A Divina Comédia. Inferno é a primeira parte do poema, que é dividido em três: Inferno, Purgatório e Paraíso, escrito por Dante Alighieri no século XIV.
Inferno continua com a combinação enígma, arte e tempo, mas se distancia bastante das adaptações anteriores, no que diz respeito a trama central. Se em O Código da Vinci e Anjos e Demônios podíamos nos deparar com temas já ouvidos antes como teorias da conspiração, a vida de Cristo, igreja católica e os Iluminatti, em Inferno acompanhamos o professor Langdon tentando evitar que um milionário fascinado por O Inferno de Dante espalhe um vírus mortal pelo planeta.
Com muita ação, suspense e uma pitada de humor (em algumas cenas) o filme consegue entreter e envolver o expectador, mas vai se tornando previsível ao longo do roteiro. Flashbacks e desfoques de câmera criam as sequências e o desenrolar do filme pela visão do protagonista em um ritmo acelerado em cenas filmadas na Itália e Turquia.
Se Tom Hanks volta no papel principal com uma atuação que faz diferença ao longa, a atuação de Felicity Jones como Dra. Sienna Brooks, que ajuda a desvendar os mistérios ao lado do professor, embeleza o filme dando um certo toque de romance, mas que não passa disso, mesmo tendo uma grande reviravolta em sua personagem. O vilão, Bertrand Zobrist, o cientista milionário e obcecado com o Inferno de Dante, interpretado por Ben Foster, é quem cria toda a narrativa do filme, porém, não recebe o destaque merecido na trama.
“Inferno” traz algumas surpresas se comparado ao livro, poderia seguir uma fórmula menos previsível, mas acaba sendo uma boa continuação.
Por Bruna Tinoco
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