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Crítica

Crítica: O Predador – A Caçada

Predador 2
Imagem: Divulgação/Star+ Brasil

O personagem Predador foi sendo desgastado com o passar dos anos. Após os clássicos filmes de 1987 e 1990, estrelados por Arnold Schwarzenegger e Danny Glover respectivamente, houve algumas tentativas de releituras que não deram certo, como os dois “Aliens Vs Predador” e “O Predador”, de 2018Mesmo com esses fracassos recentes, os produtores não desistiram do alienígena caçador, e logo encomendaram “O Predador: A Caçada”, que quando foi tomando forma, logo gerou desconfiança e alguns sentiram cheiro de bomba, já que se tratava de um filme feito para passar diretamente no streaming e que não contava com nenhum astro ou estrela em seu elenco. Para a alegria dos fãs, contudo, o filme responde bem aos desconfiados ao entregar uma boa qualidade cinematográfica. 

Imagem: Divulgação/Star+ Brasil

Mas o que faz de “O Predador: A Caçada” superior aos seus antecessores modernos? Bom, há alguns elementos a se destacar, porém, o principal deles é a época em que se passa o filme e como ela dificulta a luta dos humanos contra um inimigo que possui grande superioridade tecnológica e de força. A história se passa dentro da nação Comanche, há 300 anos, e direciona sua atenção a uma guerreira, Naru (Amber Midthunder), que só possui arcos e fechas, lanças e machados para se defender das lâminas afiadas, camuflagem, armadura e lasers do Predador. As chances de sobrevivência de Naru são ínfimas, e sua situação piora ainda mais quando ela começa a se sentir incapaz como caçadora. Essa falta de confiança, inclusive, dificulta drasticamente a sua jornada em certos momentos do segundo ato. 

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O roteiro é construído com a disparidade tecnológica e com a insegurança de sua protagonista como focos, e usa momentos de terror para mostrar os frágeis mortais frente a uma criatura praticamente indestrutível e que está cheia de ferramentas feitas exclusivamente para matar. Se defender com paus e pedras é extremamente dificultoso, e por isso as soluções que o texto traz para as batalhas precisavam ser criativas. Felizmente, elas são, como no tenso embate final. A criatividade também é usada para construir as cenas de ação, principalmente quando elas envolvem Naru. A garota é bem menor que seus adversários, mas usa de sua agilidade, rapidez e inteligência para equilibrar os embates. As várias maneiras que o Predador usa para matar são outros destaques, principalmente para aqueles que gostam de ver sangue e vísceras expostos na tela. 

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Imagem: Divulgação/Star+ Brasil

Há ainda a bem-vinda escolha de usar uma mulher como guerreira principal, colocando-a em pé de igualdade com as figuras interpretadas por Arnold Schwarzenegger e Danny Glover no passado. A qualidade do filme no qual ela é protagonista também é comparável com os seus antecessores, e Midthunder consegue superar em carisma Schwarzenegger e Glover, e isso não é uma tarefa fácil. No quesito interpretação, no entanto, pode-se dizer que ela faz o suficiente para convencer como uma membra da tribo Comanche, sem mais, sem menos. 

Por fim, “O Predador: A Caçada”, consegue dar um respiro a uma franquia que estava relegada ao esquecimento, e mostra que é possível ser comercial e bom ao mesmo tempo, o que é um grande feito, já que Isso é muito difícil de se ver hoje em dia.

O longa já está disponível no Star+ Brasil.

Vídeo: Divulgação/Star+ Brasil

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Predador 2
Crítica: O Predador – A Caçada
Sinopse
A origem do Predador no mundo da Nação Comanche, há 300 anos. Naru, uma guerreira hábil, luta para proteger a sua tribo contra um dos primeiros predadores altamente evoluídos a aterrar na Terra.
Prós
Criatividade nas cenas de ação e luta
Acerto ao levar a história para o passado e assim criar um desbalanceamento entre as tecnologias
Filme comercial, mas sem infantilidades
Contras
3
Nota
Written By

Formou-se como cinéfilo garimpando pérolas nas saudosas videolocadoras. Atualmente, a videolocadora faz parte de seu quarto abarrotado de Blu-rays e Dvds. Talvez, um dia ele consiga ver sua própria cama.

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