Woo! Magazine

Menu

  • Home
  • Editorias
    • Filmes
    • Séries/TV
    • Música
    • Geek
    • Literatura
    • Espetáculos
  • Especiais
    • SpotLight
      • Lollapalooza
      • D23
      • CCXP
      • Mostra SP
      • Festival do Rio
      • Rock in Rio
      • The Town
      • Bienal do Livro
      • Game XP
    • Entrevistas
    • Premiações
  • Streamings
    • Netflix
    • Amazon Prime Video
    • HBO Max
    • Disney+
    • Apple TV+
  • Listas
  • Colunas
    • Curiosidades
    • Terror
    • Internet
    • Business
    • Tecnologia
    • Esportes
    • Gravellizar

Siga nas Redes

Woo! Magazine

A imaginação ao seu alcance

Digite e pressione Enter para pesquisar

Woo! Magazine
  • Home
  • Editorias
    • Filmes
    • Séries/TV
    • Música
    • Geek
    • Literatura
    • Espetáculos
  • Especiais
    • SpotLight
      • Lollapalooza
      • D23
      • CCXP
      • Mostra SP
      • Festival do Rio
      • Rock in Rio
      • The Town
      • Bienal do Livro
      • Game XP
    • Entrevistas
    • Premiações
  • Streamings
    • Netflix
    • Amazon Prime Video
    • HBO Max
    • Disney+
    • Apple TV+
  • Listas
  • Colunas
    • Curiosidades
    • Terror
    • Internet
    • Business
    • Tecnologia
    • Esportes
    • Gravellizar
Instagram Tiktok X-twitter Facebook Pinterest
Crítica de TeatroEspetáculos

Crítica: Suassuna – O auto do Reino do Sol

Avatar de Lorena Freitas
Lorena Freitas
2 de agosto de 2017 4 Mins Read

O universo de Ariano Suassuna traz às páginas e cenas que compõem a sua obra o retrato de um Brasil resiliente: A imagem de um povo que lida com as agruras da seca, da concentração de riqueza, da fome, do solo rachado… com força, coragem e senso de humor. A narrativa trazida por esse dramaturgo e poeta paraibano descreve (além da realidade sertaneja) a forma como as relações de poder se delimitam, e é uma crítica contundente a um Brasil que (infelizmente) se mostra atemporal.

Em uma homenagem ao trabalho de Suassuna, a cia Barca dos Corações Partidos traz aos palcos um espetáculo que mostra a magia por trás do universo do autor, não sendo a representação de uma obra específica, mas fazendo alusão a diversos personagens, em uma mistura interessante. A cia formada por rapazes multi-instrumentistas super talentosos (nós já conferimos isso no espetáculo AUE) encenam em “Suassuna – O auto do reino do Sol” um musical de qualidade ímpar, especialmente por ser completamente autoral.

Suassuna
Imagem: Divulgação

Na trama uma companhia circense desbrava o sertão nordestino, guiados pela solar e poderosa Sultana. Enquanto avançam com a excursão se deparam com a realidade dos retirantes, que em situação de extrema pobreza vagam pela superfície árida. Alí, em meio à tamanha falta de perspectiva, a trupe monta sua lona para colorir com arte dias tão sofridos. E são então surpreendidos pelo pedido de abrigo de um desconhecido casal em fuga. Vindos de famílias rivais, Lucas e Iracema decidem, em um momento trágico, lutar pelo amor que sentem. E, como é de se esperar, os capangas da família da jovem partem em sua busca (e da cabeça de seu amado).

O espetáculo é muito feliz em retratar os costumes do sertão de outrora (tão bem narrado por Suassuna): Não só os aspectos culturais ficam evidentes nos figurinos e na sonoridade, mas também fala-se sobre o céu sertanejo – que de tão lindo embala tantas canções da nossa cultura popular – sobre a luta diária na seca, e também sobre a violência por essas bandas. É interessante perceber a forma como a honra familiar era capaz de dizimar a juventude: na base do facão jovens era mortos em um ciclo trágico. Bem como nas obras do autor, por trás de toda cor e alegria, existe uma realidade dura. E no desenvolver da narrativa este equilíbrio foi sendo estabelecido em cena.

Suassuna

Um ponto alto do espetáculo (como é uma característica da cia) é a parte musical. O trabalho apresentado é completamente autoral, com músicas desenvolvidas por um grupo de musicistas nordestinos e cariocas em longos processos de pesquisa em busca de uma maneira particular de desenvolver essa musicalidade tão cultural e regional. Chico César, Beto Lemos e Alfredo Del Penho assinam as músicas junto aos designers de som Gabriel D’angelo, André Garrido e Bruno Pinho. Este grupo consegue tornar sonoro sensações, sentimentos e histórias. Brincando com ritmos como caboclinho, toré, coco, ciranda, aboio… o musical consegue levar o público a uma viagem no tempo e no espaço, e isso se dá muito em função do bom trabalho desempenhado por estes rapazes.

O visagismo realizado por Uirandê de Holanda e Angélica Ribeiro completa o trabalho de transportar a plateia para os contos de Suassuna. Um trabalho baseado no cordel, trazendo símbolos que se associam a personalidade dos personagens (realçando-as). A indumentária de Kika Lopes e Heloísa Stockler tem papel fundamental na criação da atmosfera que todo número propõe. E o conjunto de tudo isso com a dinâmica cênica dispensa a necessidade de um cenário complexo – que é o que de fato acontece: Um cenário dinâmico e ao mesmo tempo simples, associado a uma iluminação precisa, não tornam o espaço cênico poluído.

O uso de técnicas circenses em cena agregara um grande valor ao espetáculo. Não só pelas pinceladas acrobáticas, mas (e principalmente) pela opção de trazer a palhaçaria à cena. E aqui vai também o destaque ao trabalho dos palhaços Eduardo Rios (na pele – dentre outros personagens – do aéreo Escaramuça) e Renato Luciano (como Cabantõe – também entre outros). A leveza da trágica história se dá em boa parte associada ao trabalho dessa divertida dupla. Por outro lado, os tons mais densos são dados pela atriz convidada Rebeca Jamir (que vive a apaixonada Iracema), e os rivais Major Antônio de Moraes (vivido por Ricca Barros) e D. Eufrásia (interpretada por Adrén Alves, que também encarna – brilhantemente – Sultana). O elenco afinado funciona bem tanto como conjunto quanto individualmente.

O espetáculo concorre com record de indicações ao prêmio Cesgranrio, incluindo melhor espetáculo, melhor texto (de Braulio Tavares) e melhor direção (Luiz Carlos Vasconcelos ). Ficam em cartaz (em dobradinha, clique aqui para entender melhor) no Teatro Riachuelo, no Rio, até o dia 20 de agosto. Depois tocam para Sampa.

Suassuna
Crítica: Suassuna – O auto do Reino do Sol
Sinopse
Prós
Contras
4.7
Nota

Quer estar por dentro do que acontece no mundo do entretenimento? Então, faça parte do nosso  CANAL OFICIAL DO WHATSAPP e receba novidades todos os dias.

Tags:

Rio de JaneiroTeatro

Compartilhar artigo

Avatar de Lorena Freitas
Me siga Escrito por

Lorena Freitas

Geógrafa por formação, bailarina por amor e crespa por paixão, Lorena é uma estudante carioca que passa a vida em busca de soluções capazes de melhorar a qualidade de vida. Como boa taurina: é boa de garfo (e como come!) e amante das artes. Por isso se aventura em danças e circos para deixar a vida mais leve! Tem uma cabeça grande que nunca para de trabalhar e divide aqui na WOO suas loucuras e delícias.

Outros Artigos

6043013 x720
Anterior

Tryo Eletryco reúne música, teatro e improvisação

14
Próximo

Crítica: Fica Comigo

Próximo
14
3 de agosto de 2017

Crítica: Fica Comigo

Anterior
2 de agosto de 2017

Tryo Eletryco reúne música, teatro e improvisação

6043013 x720

One Comment

    Deixe um comentário Cancelar resposta

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

    Publicidade

    Posts Recentes

    Ryn e seu parceiro Abram Finlay de costas em uma paisagem com árvores douradas ao redor e diante de uma paisagem com uma construção em arquitetura no estilo clássico meio a uma cadeina montanhosa, de dia, no jogo "Echoes of the End".
    Echoes Of The End | Trailer Tem 17 Minutos e Gameplay Limpa
    Nick de Angelo
    Olivia Rodrigo, cara blasé, segurando os braços com suas luvas compridas de látex pretas, e uniforme de colegial em um corredor de highschool no clipe de "Good 4u".
    20 Músicas Internacionais que Viralizaram no Tik Tok
    Cesar Monteiro
    Caleb, Will, Dustin, Finn, em refeitório na quinta e última temporada de "Stranger Things", encarando a câmera.
    Stranger Things – 5ª Temporada | O Final Definitivamente Está Próximo
    Roberto Rezende
    Imagem Destacada: Divulgação/Tony Iommi (via Instagram/Fotografia: @rosshalfin, @yvette_uhlmann, @metal__dave)
    Black Sabbath | Tony Iommi Revela Músicas que Ficaram de Fora na Despedida
    Cesar Monteiro
    Himmel, Frieren, e Heiter, do anime "Sousou no Frieren", de noite ao redor de uma fogueira. Os rapazes conversam enquanto a elfa come pão.
    Frieren | Mangá Retorna do Hiato Após 6 Meses
    Hugo Santiago

    Posts Relacionados

    Donna, vestida com uma jardineira, e amigas no primeiro filme de "Mamma Mia", dançando pelas ruas acompanhadas de uma multidão.

    Por que “Mamma Mia!” Ainda Faz Tanto Sucesso (Mesmo Depois de Tantos Anos)?

    Joanna Colaço
    6 de maio de 2025
    Beth Goulart como Clarice Lispector na peça "Simplesmente Eu, Clarice Lispector", caracterizada como a autora, com um vestido vermelho, saia e sapatos escuros, pernas cruzadas, e segurando um cigarro.

    Simplesmente Eu, Clarice Lispector | Espetáculo Encerra Temporada e Já Tem Retorno Confirmado

    Joanna Colaço
    30 de abril de 2025
    Teatro lotado para apresentação da peça "É disso eu que tô falando", do humorista Marco Luque.

    Marco Luque: É Disso que Eu Tô Falando | Peça Resgata o Melhor da Carreira do Humorista em 4 “Atos”

    Roberto Rezende
    13 de março de 2025
    Foto de carro alegórico da escola de samba "Acadêmicos de Niterói", campeã da Série Ouro do Carnaval do Rio 2025. Há um galo gigante em destaque na frente.

    Carnaval 2025 | Acadêmicos de Niterói é a Campeã da Série Ouro do Rio de Janeiro

    Amanda Moura
    6 de março de 2025
    • Sobre
    • Contato
    • Collabs
    • Políticas
    Woo! Magazine
    Instagram Tiktok X-twitter Facebook
    Woo! Magazine ©2024 All Rights Reserved | Developed by WooMaxx
    Banner Prime Day Amazon