A comédia romântica é um dos clichês mais explorados no cinema. A leveza que esse tipo de filme traz, em conjunto com a idealização de relacionamentos amorosos, costuma trazer deleite ao público. Acrescentamos à isso histórias rápidas, de fácil compreensão e com produções baratas, esse conjunto praticamente garante o sucesso comercial. Contudo, nos últimos anos, existe uma tendência em agregar valores atuais para trazer algum significância para o clichê batido, percebemos um pequeno esforço em “Um Casal Inseparável” nesse sentido e, ao menos, há uma certa originalidade no enredo.
O longa traz a jovem Manuela (Nathalia Dill), uma professora de vôlei, de personalidade forte, que não leva desaforo para casa, seja de quem for. Enquanto Léo (Marcos Veras), é um médico que atrai olhares, mas que acaba se encantando por Manuela. Contudo, após iniciarem a relação, eles irão perceber que a vida a dois é recheada de atritos e isso os separa. Mas eles continuam se gostando e não devem desistir fácil um do outro.
Aqui, temos um longa que sabe utilizar dos artifícios disponíveis no clichê, sem necessariamente perder a própria originalidade. Com personagens bem marcados em suas características – ao nível de caricatos – o roteiro guia a história sem prender-se em uma dinâmica que já é batida desse tipo de filme: A conquista. Assim, aposta está em ir direto ao relacionamento e mostrar trazer nos erros e interpretação dos personagens a dinâmica.
É interessante como a forma que se desenha faz com que o filme não fique cansativo, tão pouco previsível. Ainda assim, falta um pouco de desenvolvimento dos protagonistas. Isso é amenizado pelo elenco de apoio, que cria as principais situações cômicas.
Assim, destaca-se Esther (Totia Meireles) e Isaías (Stepan Nercessian), pais da protagonista e que possuem papel fundamental para juntar o casal. Nesse núcleo, a comicidade consegue trazer algo ainda mais interessante, que é um aspecto familiar muito natural. Ao tempo, a direção consegue trazer para Marcos Veras, comediante de origem, um aspecto menos forçado na piada e para Nathália Dill, uma atriz dramática, algo mais para a comédia. E a química entre os protagonistas acontece – algo imprescindível para uma boa comédia românica.
Por fim, ainda que não seja uma história de argumentos elaborados, ou mensagens significantes, “Um Casal Inseparável” tenta fugir de aspectos comuns, ou despista-los pela forma que desenha a sua história. Isso fica claro em como a relação do casal de protagonistas e desenhada, sem príncipes encantos ou mocinhas indefesas. Assim, temos um longa nacional divertido, original e gostoso de assistir.
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O filme é muito bom. Só não gostei do comentário do Stefan nercesian no final no final.achei desnecessário dizer que a criança que estava na barriga poderia decidir o que seria quando crescesse