Filme de terror é bom e eu gosto

Nada de clássicos. Nesse post você não verá nada sobre “O Iluminado”, “Bebê de Rosemary”, “Massacre da Serra Elétrica”, “Psicose”, “Poltergeist”, “O Exorcista” ou até mesmo os mais recentes “O Chamado”, “Anabelle” e/ou “Invocação do Mal”. Esses nomes já são conhecidos por boa parte das pessoas, mesmo aquelas que não gostam de filmes do gênero. A importância desses filmes para a solidificação da classe de filmes de terror é indiscutível, e talvez por serem filmes tão bons, seja tão difícil superá-los atualmente.

Dos últimos anos para cá, a produção de filmes que optam por tratar de temas assustadores caíram em assuntos clichês. A saturação de filmes sobre exorcismo, fantasmas e jovens que vão para alguma casa de férias e são perseguidos por algum ser bizarro, acabou tornando o gênero banalizado e pouco valorizado. Os amantes do terror continuam a procura de produções surpreendentes e que toquem em assuntos pouco explorados. Por isso, aí vão algumas opções:

1- A Visita

Do diretor M. Night Shyamalan, conhecido por “Sexto Sentido” e o recente “Fragmentado”, “A Visita” é um filme estadunidense, protagonizado por Olivia DeJonge e Ed Oxenbould e conta a história dos irmãos que vão passar alguns dias na casa dos avós, com quem a família não tem muito contato. Ao chegar à casa, a única regra imposta pelos avós é de que as crianças não saiam do quarto após 21h3o. Mas crianças não gostam muito de regras, não é mesmo? A partir daí, só assistindo.

O longa une o terror psicológico com o mais clássico e a fotografia é feita para dar a sensação de câmera na mão, através do celular e notebook, com o intuito de trazer um ambiente bem atual.

2 – The Babadook

O filme foi o primeiro longa da diretora Jennifer Kent, e teve como base o curta-metragem “Monster” também dirigido e escrito por Kent. O título é um trocadilho, a ideia é relacionar “Babadook” com “A Bad Book”. A história é sobre uma mãe viúva e seu filho de seis anos que são assombrados por uma criatura maligna. Mas a graça está na escolha da representação da entidade, um monstro imaginário. Tão assustador para as crianças na infância, o clássico monstro é tratado de forma inovadora e assusta até os adultos.

O filme foi exibido do Festival de Sundance e teve sucesso de crítica.

3 – A Chave Mestra

O longa estrelado pela versátil Kate Hudson, que não deixa nem um pouco a desejar em sua atuação, é dirigido pelo diretor Iain Softley. O filme é centrado da vida da enfermeira Caroline, que cansada de presenciar mortes no hospício onde trabalhava, resolve ir cuidar de um idoso que sofreu um derrame. O senhor morava com a esposa Violet Deveraux em uma fazenda afastada na região sul do Estados Unidos repleta de mistérios.

A produção explora um assunto pouco retratado no cinema, os rituais de hoodoo, forma tradicional de magia popular afro-americana.

4- O Orfanato

Dirigido por Juan Antonio Bayona e produzido por Guilherme Del Toro, de “Labirinto do Fauno”, o filme é hispano-mexicano. A história é construída baseada na vida da personagem Laura, que morou em um orfanato e resolve voltar lá com o propósito de abrir uma residência para crianças deficientes. Porém, seu filho adotivo, Símon, começa a fazer parte de jogos estranhos e desperta preocupação em sua mãe. Até que então ele some e ela precisa revirar o passado para buscar pistas para encontrá-lo.

5- Corra! 

O mais recente da lista, é o incrível “Corra!”, dirigido por Jordan Peele. O filme conta a história de Chris, estrelado por Daniel Kaluuya, um homem negro que vai visitar pela primeira vez a família da namorada. O comportamento que inicialmente é bem receptivo e até exagerado, torna-se estranho e suspeito ao longo do tempo, terminando com um desfecho inacreditável. O longa trata sobre racismo de uma forma inovadora.

Depois dessa lista, concluímos que ainda se produzem bons filmes de terror e que a saída para o gênero é renovar os assuntos ou experimentar utilizando temas já muito batidos de maneira diferente.

Por Manuella Neiva